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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Delinquente

Fulana alma de meu coração, te chuparia as víceras e tudo mais que quisesses se retrinuísses uma migalha de meu amor mas, oh céus, o que é o preconceito, a moral e os bons costumes se não os freios que amarram nossos corpos e aprisionam nossas almas num eterno jogo de desejo e indiretas, fantasias, tudo, menos o ato!?
Amado ser de minha existência, amor borboleta que se acaba depressa, morre no próximo segundo; sentimento puro sebento apenas de desejo, amo-te como a ninguém nessa vida, porque meus amores esquisofrenicos são assim mesmo:inexplicáveis e exclusivos, mas amores.
E o que importa?
Amo-te e chuparia tuas bucetas todas para que nos levasse-nos aos céus e executar para sempre a força desse nosso sentimento puro, pelo menos até o próximo segundo, e antes que me enchesse de qualquer jogo duro e, por tanto, te desconjuro...
Virgem, o próximo trem! Adeus!

Palavra de consolo

Queria escrever que sou um garfanhoto que ama e depois vai embora, fica enquanto precisa, e depois some.
Também sou um pedaço de carne podre, vagando num pedaço de vida; sou o comedor de migalhas, o Policarpo Quaresma, a utopia, a contradição; sou um nada, um coitado, mal amado, tímido, vítima e bandido, contradição!
Sou um desequilibrado, a esquisofrenia, sou qualquer coisa que não se pode explicar, uma mentira, uma tentativa, a esperança; eu sou a vida!
Eu posso ser, seu, ser seu; ser; seu... infinitamente seu, e sob todas as formas de ser, sou, de todos, do mundo, porque de tudo eu sou a caixa de pandora, eu continuo a carne viva, continuo o poço, o esperançoso, a vida, continuo sendo: pra mim, para você; ser: para ser seu e meu; seu para satisfazer eu...

Oração de Sant'ana

Sant'ana concebida sem pecado original: rogai por nós, que recorremos a vós

Sant'ana de minha vida
Sant'ana padroeira
Sant'ana que meu coraão escolheu mas a cabeça teima em afastar e fugir, como que por medo, por orgulho, por fraqueza, por nada que justifique...

Sant'ana de meu amor, dona de meu coração, suplico paciência com esse nobre vagabundo, suplico uma gota de vida através de um gesto simples que seja... daqui a pouco amor, oh favorita; mas entrega-te ao amor e me darei a ti como a ninguém mais em minha curta existência. Serei para ti e me desfarei de tudo que tenho para que me reenvente, me reelabore, me faça, de fato, o novo homem e, por isso, finalmente feliz, ao seu lado, completamente, seu e para você, sem mais nada na vida se não a ti...

Sant'ana desprovida de pecado original: rogai por nós que recorremos a vós.

Versos perfeitos

Qual a métrica ideal até encontrar a composição genial?
O caminho a percorre até encontrar a trilha das flores?
De quais sentimentos se despir para tocar o outro pela emoção?
E quais palavras, finalmente, devem ser usadas para fazer Aquele que a todos vai agradar, a todos vai tocar verdadeiramente e amorosamente formidável, a ponto de acalmar o coração alheio, despir-lhe todo o receio, explodi-lo de admiração, simplesmente?

Vou mais fundo, do outro para mim: que sentimentos quereis que eu me dispa para fazer-me melhor e, aí, digno de qualquer sentimento seu, ainda que eu não concorde que seja assim mas, de que importa eu quando o amor é tão grande que sou capaz de amar só, desde que o tenha de meu lado?

O que interessa o resto?

O que interessa tudo?

em que importam as diferenças?

Diga-me: quais os elementos para meu soneto perfeito?

Romantismo incompleto

Pois se não sabes, digo a ti que morro hoje, e morro condenado, triste, uma grande mentira, tristeza profunda, farça, alegria de papelão: frágil e talvez já morto desde sempre, porque aos dias que realmente pude viver, terminei por ecepcionar aos outros e, aí, me afasto, fujitivo, com a capa de forte e todo poderoso para o quê?

Para o quê se, por dentro, estou mais morto do que antes?

Se bem que são tão escuras e improváveis as vielas que dão acesso ao dentro de mim que talvez ninguém consiga chegar e, aí, estamos seguros, eu e minhas mentiras, a felicidade de plástico e tudo que deverias saber...

Morro hoje, condenado a amar sozinho, amar estranho e muitas vezes egoísta, amar diferente e medroso, e assim sempre sozinho, sempre longe de você, à saudade, condenado a tudo que já disse dessa e das outras vezes... morro por amá-la e dizer aos pedaços, fugitivo e mentiroso, morro por não nos termos e morro por milhões de fraquesas minhas, humanas... humanas!

... Se você as perdoasse, seria prazer... será que amo sozinho?

Vômito de tudo!

Perdoem-me, meia dúzia de almas boas que lêem meu blog e vez ou outra comentam, perdoem-me pela demora, pelo pessimismo, pelo mais do mesmo, e pelo vômito de textos que deixei guardado mas agora exponho. É a bendita vida que toma meu tempo, meu tempo... Meu tempo. Perdoem-me...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O desejo de escrever

A inspiração é sentida, porém inteligível; existe, mas não se sabe como é. Deseja-se, desesperadamente, versos improvisados mas exitosos, gostosos, e talvez óbvios...

Qual foi?! Não me entendes se não sei dizer que te amo, e se afastas de mim porque sou um fraco medroso, meio mentiroso; complicado?!

Se me amas é assim?
Se me amas é isso?

E o olhar que não mente? A boca que sussurra desesperada por isso tudo, e a vida que está passando, amada? Triste, solitário mutante continua e insiste, mas ao mesmo tempo desiste, talvez espere, e deixe no olho, nos poros; talvez deixe a vista o maior desejo: viver. E aí eu te pergunto, amada minha: vamos fugir?!

Show da fé – o melodrama em dúvida e tentativas

No vai e vem da vida, a sede de passado me faz querer voltar para acertar o que não fiz, mas isso atrapalha meus passos e fico, sempre no meio termo, sempre no meio do caminho, sempre à espera, sempre esperançoso... e sozinho.

É sólido esse caminho por onde piso?
Onde está aquilo que me faz bem?
Deus não tem piedade de mim e, assim, sofro como o condenado, sempre me martirizando, sempre meio desconfiado, o coração apertado e a dúvida: estou em falta?
É castigo?
Deus perdoa?

Vão-se os minutos e depois os dias, e tenho medo que vá a vida: oro a Deus que me abençoe, fico eu em volta do passado ou espero calmamente mentiroso a chegada de alguma coisa que me preencha e complemente?

A dúvida instantânea para o dramático nobre vagabundo é a chance de cinco minutos de holofote mas, mesmo machucado em carne viva, esse mutante quer mais... esse mutante quer aprender, simplesmente, a digerir a vida e ter força suficiente para encarar os sonhos e ser feliz, simplesmente.

Baculejo

Já não me importo se não tenho ao meu lado quem tanto amo se amor é plural e momentâneo. O que importa que os outros não vejam o homem que floresce? O homem já sabe, e isso basta. Isso me basta!
É o papo com os amigos até as 2h e 30 da manhã, o ônibus que não passa mais e ainda assim tranqüilo, “de boa”, apesar da cidade grande que te come, te mata, te expõe a perigos, mata aqueles que ousarem não cair na cama cedo...
É a embriaguês de tudo que vale a pena, é parar de reclamar e, simplesmente comemorar, rir um pouco, olhar as estrelas e não mais temer...
O que me importa não é mais ouvir do outro mas surpreendê-lo, simplesmente, não com aquilo que ele quer, mas com aquilo que é bom para mim agora, nesse instante, sem dramas, nem mentiras, só prazer e vida.
E perdoem a falta de inspiração e as rimas pobres, perdoem qualquer coisa, enfim, mas saibam em alto e bom som que esse mutante é outro, pisa firme, já não tm medo, pelo contrário é uma fonte e tem muita sede de tudo que for preciso para viver e ter o que contar.

O que vem depois e a vontade de escrever...

...Ou o constrangimento de ter que dizer quando não há mais o que se dizer.
O vazio dos segundos sem diálogo num momento em que o silêncio incomoda mas, surpreendentemente, é preferível, já que ninguém fala e...
E o que vem depois?

Quem sabe?

Eu só queria escrever por cinco segundos para depois puxar assunto.

Duas Mensagens

O que me separa das pessoas que talvez mais ame são pouco mais de trinta e um minutos, entre uma mensagem de obrigado e outra de por favor, entre um amor de alma e um amor de carne, entre ele e ela, ela para casar, ele para ouvir Benjor.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O SENTIDO DE TUDO

Ninguém entende meus passos, meus desequilíbrios; ninguém me entende em nada, e, pelo contrário, muitos deixam de dizer-me e as coisas vão se acumulando e acumulando e acumulando...
Pensarão, as pessoas, que eu não sofro?
Pensarão, elas, que eu sou mau?
Um instante: pensarão, elas?
Sim, porque não sou o maior dos filósofos e pensadores mas, para não errar demais na vida, procuro pensar e respirar e reorganizar e pensar e... Sentido da Vida? Sentido de viver isso quando a seu redor as coisas são assim, coração desconfortável, pessoas e dias passando tristes e rápidos, tudo que se deixa de dizer e o amor que não se vive, e depois não é amor e depois não há mais tempo e aí passou?
É isso?
Quem observará meus próximos passos?
Eles serão mais firmes a cada dia, eu provarei àqueles que duvudam quão precioso é meu valor! Eu continuo e sei que vou errar, não sou perfeito, mas um dia eu chegarei: não à utopia, mas, antes, às pessoas que mereço, às pessoas melhores, aos que realmente quero... de meu lado.

Plágio - continuação do anterior

E as horas lá se vão loucas e tristes?
Ah, os segundos a menos que escorrem de nossa existência e, simplesmente, passam, perdem-se, fogem e fim!
Daqui a pouco o fim.
Não lhe desespera perder tempo, saldoso companheiro de existência?
Não lhe encomoda o fato de cada dia ter menos tempo e, ainda assim, perder mais tempo? Pois bem lhe digo, com a sede de meus 20 e poucos anos mal vividos, que aquilo que mais me atormenta é o fato de cada dia ter menos, ao passo que tenho sede e, por isso, quero sempre mais, de tudo, de mim mesmo, dos outros, TUDO!
A lágrima que de mim escorre por tantos "não sei o quê"; o cansaço, os problemas, os medos e os defeitos: tudo que cada vez mais nos distancia e nos penaliza com solidão e desejo, e sede, de tudo.
E os segundos passam, e cada vez menos, e daqui a pouco... FIM!

Flerte

Eu olhava para o mesmo lado dela, mas ela olhava o lado oposto; eu ouvia ao mp3, ela ao celular; eu, ao desviar a vista via o seu olhar como que de direção ao meu, que em seguida se voltava ao seu, que por sua vez estava, novamente, ao outro lado, como que para me provocar, com aqueles lábios cor de rosa e olhos tristes, meio mortos mas ainda muito vivos, atentos, com brlho.
Engana-me, foge e baixa o olho, perde tempo, miserável: aquilo que poderia ser tão lindo, se perde no momento em que se puxa a corda da parada.
E aí não tem final feliz, nem beijo, nem fim, porque não começou, porque não existiu, porque, pela puta que me pariu, ela não olhou para mim?

Cópia poética

O sofrimento é inevitável, amargura opcional. Mais ou menos isso disse o poeta, mais ou menos digo para mim todas as horas.
E já que é para manter o tom poético, por favor, nobre vagabundo: olhai os lírios do campo; OLHAI!

Apaixonado

_O quê?!
_O quê o quê?!
_Como assim "O quê o quê?!"?
_Ora, o quê?
_Não sei o quê o quê?

Pensa perdidamente.

_O quê?
_Completamente!
_"Completamente" o quê?
_Condenado, aprisionado, totalmente apaixonado e ainda medroso para dizer o que sente e, por isso, condenado a amar sozinho, a sofrer calado, a todos os clichês e ao mesmo tempo a toda a beleza de um sentimento puro, bonito, ingênuo...

Pausa.

_E... o quê mais?
_O quê!?
_O quê o quê?!
_Como assim "o quê mais"?
_Ora, o que mais, porra! Pagando bem, que mal tem?
_Vá pra puta que pariu, sua vadia!
_Ofendendo não, né, caralho! Cala a boca e fode, vai! Mas fode devagar...
_Puta que pariu.
_Cala a boca ou vou dormir...
_Pega ali um cigarro...

E assim caminha a humanidade.