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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Flerte

Eu olhava para o mesmo lado dela, mas ela olhava o lado oposto; eu ouvia ao mp3, ela ao celular; eu, ao desviar a vista via o seu olhar como que de direção ao meu, que em seguida se voltava ao seu, que por sua vez estava, novamente, ao outro lado, como que para me provocar, com aqueles lábios cor de rosa e olhos tristes, meio mortos mas ainda muito vivos, atentos, com brlho.
Engana-me, foge e baixa o olho, perde tempo, miserável: aquilo que poderia ser tão lindo, se perde no momento em que se puxa a corda da parada.
E aí não tem final feliz, nem beijo, nem fim, porque não começou, porque não existiu, porque, pela puta que me pariu, ela não olhou para mim?

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