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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Synthtah Giselly

A mulher não largava Synthtah e Synthtah, que não é gato escaladdo, decidiu se livrar daquele verdadeiro "despacho" em plena sexta-feira à noite.
_É nesse que que eu vou! Exclamou a fogosa diarista.
_Mas o ônibus tá lotado, mulher de Deus... retrucou a desengonçada nova amiga, em vão, porque Synthtah já estava na catraca, suada, louca para atravessar aquela mutidão de pessoas desinteressantes. A gorda então subiu e submeteu-se ao impossível: atravessar um ônibus lotado até chegar à exuberante, que nessa altura já estava no fim da lotação.
_'Peraê' Amiga! 'Pera' que eu chego!, em vão, atolada em meio a donas de casa, operários, estudantes e classe média em geral. A bíblia caiu! Acode! A nova amiga abaixa-se e pega, as pessoas reclamam, gera-se aquele empurra-empurra, o ônibus freia, confusão. Synthtah ri. Enquanto a gorda se reestabelece e continua sua jocosa missão, em vão, atolada e apenas machucando alguns pobres pobres ao seu redor, Synthtah contemplava aquele espetáculo da vida real: alguém que ela mal conhecia decide passar por tamanho absurdo - gorda, atravessando um ônibus lotado, para companhá-la a não se sabe onde.
Synthtah não se faz de rogada: entre uma parada e outra, talvez duas, depois de muitas reclamações, machucões e caos instalado não por ela mas, inevitavelmente, por causa dela, ela puxa a corda e manda um beijo à agora velha nova amiga que, perplexa e sem entender direito, acelera o passo [em vão], para a ira da peble agora definitivamente esmagada por aquele ser de muita massa adiposa e talvez sem muita noção do ridículo ou algo do tipo.
Synthtah chega a querer entender, mas desiste e desce às gargalhadas, para nunca mais ver a irmã que ela se quer sabe o nome. Ela desce e manda o motorista tocar, bota essa porra pra correr que hoje eu quero é sair só!; a gorda pede para que esperem, as pessoas gritam, a gorda não entende, o motorista cansado pisa no acelerador, o ônibus parte e a gorda esmaga mais alguns, a bíblia em punho e uma ovelha a menos, para o prazer de Synthtah que arruma os cabelos e sai a procura de uma cerveja.
_A noite promete, ri.

Confissões

...mas um dia decidi conversar contigo. Só que nesse dia talvez fosse tarde, e você não quis me ouvir. Não pode me ouvir. [Não soube me ouvir?!]

Você não quis me ouvir, simplista, naquelas poucas linhas de SMS.

Que desastre! A pessoa mais complicada da face da terra decide colocar tudo em pratos limpos e recebe um não. E aí a pessoa mais dramática do mundo recebe um não e o mundo caiu. E aí a pessoa mais apaixonada do mundo recebe um não e aí... aí se chora e sofre compulsivamente, até que um próximo novo amor venha e amenize a dor. E nesses momentos de solidão e recomeço, a pessoa mais arrependida do mundo lamenta e sobrevive, como pode, a tudo que lhe resta. E não é pouco! Nem é culpa sua, Amada. A culpa é minha, as faltas foram quase todas minhas e nada mais justo que, passados os dias, agora seja você quem decide não mais esperar.

Amo-a, amada Amada. E romântico como sou, permaneço nesse estado saudosista de presente com coração no passado, independente do que me digam os outros, que por sinal também disseram demais e aí, isso!

Amo-a. Ainda que tarde, saiba: amo-a.

Delírios saudosos

Sonhando:

_E os nossos lindos sonhos que nunca mais contamos nem mesmo dividimos, com aqueles olhos felizes e brilhantes, um ao outro, naquela atmosfera inexplicável de tempo parado e tudo para depois? Nossos sonhos, que nem sabemos mais quais são os meus ou seus? E o que mais não sabemos um do outro? Você, família, seus novos amigos, amores e festinhas... os sonhos de trabalho... quase nada, a não set nossos olhos tristes e cansados, cabisbaixos eu e tu, que não se cruzam mais e, pelo contrário, fogem um do outro quando olhamos apressado eu em direção a você. Restarão, porém, ainda, aqueles olhos seus que, em intervalos curtos, fitavam-me, medrosos, para que eu ou os outros não os vissem me olhar? Sim, porque em mim, juro, transborda um sentimento bom de veneração e desejo e carinho e amor e tudo mais que de bom existir nessa vida. Mas, existirá o que em ti?!

Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!

_Adeus! Acordou-me o despertador!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Bula médica

Não descobri a fórmula da loucura, mas se quer o caminho que percorri para chegar até aqui, basta começar a entender seus lados bons e ruins. Se você não fraquejar mas, ao contrário, mergulhar cada vez mais fundo em sua dicotomia crônica, logo descobrirá um ponto em que os leigos não te entenderão e, se persistires, eles te ameaçarão, depois tentarão a condenação e prisão, a jaula. Nesse momento, se você tiver tato, conseguirá a admiração de poucos aos quais a consiência não é totalmente abandonada. Ao resto, o ódio ou indiferença, ou piedade e ajuda barata que esconde preconceito, descriminação, inveja e outros sentimentos ruins que agora me faltam à memória. Bem, se você sobreviver, chegará, porém, a um estágio de loucura bom, agradável, e daqui para frente não sei bem o caminho porque nem eu mesmo ainda decidi. Mas loucura não é necessariamente isso: esse é o meu caminho até a loucura, muito pessoal e intrasferível. Porém, inspirador (sem restrições).

O desejo de escrever II

O desejo de escrever sobre o lirismo aos tempos que não vivi e o saudosismo pelo que ficou, sem que necessariamente tenha-o vivido, e por isso, talvez, a saudade.
Como entender?
O coração apertado é a eterna dependência a um tempo desconhecido, que não vivi; ou talvez tenha vivido mas só pela metade, daí a saudade, ou a vontade de fazer de novo, e dessa vez fazer bem feito, e tudo.
E como explicar ao meu coração que o tempo não para, que o amor é plural e que a vida é breve? Que um bom clichê explica bem sim pedaços de nossa vida? Que o medo é só mais um tempero, jamais prato principal, jamais a explicação perfeita que agora me falta para fechar meus versos com chave de ouro... como explicar?
Como explicar ao coração que se pode tudo, ao mesmo tempo que tudo tem seu tempo?

Mas, ora essas, e tudo tem seu tempo? Desde quando tudo isso tem seu tempo?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

As espumas de cerveja*

Minha solidão será contagiosa?
Ou não exatamente, será a minha solidão uma onda da praia em ressaca, que chega com força e toma-me todo, sem saída, sem palavras?
Ou meu espírito?! Será tão solitário que mesmo por entre os outros meu pensamento está longe, solitário, isolando-me em meio às pessoas, mutante sozinho apensar de tudo?

Socorro! O que há comigo e minha solidão?
Não a tinha deixado em casa, sozinha?



[*Feito após alguns goles de cerveja quente, ao fim de uma conversa fadonha com alguns bons poucos amigos]

Céu de brecha

Cinco estrelas
Sete estrelas
Dois.

Quantos astros mais conseguirei enchergar na brecha de céu de onde vi as minhas estrelas tristes, esperando por mim?

Coração partido

[Dedicado a Joelma]

Morro mais um pouco e sempre que me evitas, sempre que me penalizas com sua frieza ou felicidade, o amargo e doce que tanto me incomoda e mata, como já disse nesses dias e em tantos outros ensaios. E nesse momento de inspiração solitária e repentina, são exatamente as maravilhas que deixamos de faze que me destroem cada dia um pouco mais, até o dia em que morro por completo, e aí o mundo me achará, decomposto, jogado às traças, afogado num ciúme-obcessão apaixonado do mais afixionado dentre todos os loucos que desejou e não teve aquilo que sempre quis; ou aquilo que nunca foi seu...

E que agora não me venham nem os maiores papas da auto ajuda!

Que não me venham os clichês, aquelas músicas, nem mesmo os poemas mais belos e apaixonados: nada nesse mundo me tira do peito a coisa ruim que gera a sua indiferença. E como fio de esperança, apego-me à possibilidade de matá-la logo à minha morte, matá-la de desespero, arrependimento, tristesa, qualquer coisa que revele ao mundo o amor que me tenhas. Acredito... acredito sim que morras se morro.

Por isso morro a cada...

Silêncio

Meu silêncio para sua indiferença, adorável Amada.
Meu silêncio também a todas as indiferenças alheias.
Meu silêncio ao mundo que me substima, que desconfia de mim mas não exclarece as dúvidas e rancores e tudo que se tem.
Meu silêncio, enfim, para todos que me proporcionam minha maior dificuldade e prazer: [pausa para a definição]

Minha maior dificuldade e prazer...

Minha maior dificuldade e prazer não tem definição, porque simplesmente não consigo descrever o misto de solidão, indiferença, rancor, medo, indiferença e sentimentos outros do mundo para mim que, dicotomicamente, me entristecem e me alegram, matam e fortalecem, tudo em mim e nada, ao mesmo tempo...

Ao mundo, enfim, o modelo do homem que tanto quis e que, no final, foi interferência minha e vossas. Nossas...

Adeus, amor...

Se não posso tê-la do jeito que quero, então que não a tenha de nenhuma das maneiras, porque esse jogo de querer e não possuir poderia ser um mundo de coisas sofriveis e prazerosas ao mesmo tempo. Mas, no fundo, isso tudo, quando parado, é apenas um lamentável atraso romântico do qual não quero beber novamente. Mesmo que meu coração implore, porque na soma de tudo, ele é o que sofre menos perto do arrependimento e desespero que se encontra a razão, e para não dizer que isso é a derradeira pá de cal, digo que há sempre um lugar para ti em meu pobre coração mutante, sozinho, infinito...

Mensagem de otimismo

Que daqui para frente eu erre menos, peque menos, fale menos e fira menos. E que corra mais, verdadeiramente voe! Que erre também, porque o erro é relativo, e apenas o tempo pode curar as dores da alma. Que eu aprenda, supere qualquer coisa, as feridas fechem e poucas se encontrem novas. Para terminar, que eu viva, muito, profundo, desesperado e inconsequente, aprendiz...