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terça-feira, 20 de abril de 2010

Sopro de vida

rebelde - desesperado com o mundo - solitário - medroso - carente - é de quase um ano atrás mas parecia ser de semana passsada

Nesses dias em que tudo deveria ter dado certo, me desespero por me pegar pensando que uns dias serão bons e outros dias serão, inevitavelmente, ruins. Mas não deveriam ser assim. Os dias deveriam ser sempre bons ou, no mínimo, os dias deveriam ser menos doloridos por essa dor de tudo aquilo que deixei de fazer por medo, mais uma vez indo contra a minha natureza e, aí, morrendo mais um pouco na frente dos outros e debruçando-me em sofrimento quando estou comigo mesmo - sozinho - e minha consciência gritante mais que qualquer outra coisa morta ou viva na face desta triste existência...
É tudo tão superficial! Foi preciso, apenas, uma pequena perca para o paraíso ir embora e o mundo cair, o cinza tomar conta, o coração voltar a doer apertado e tudo mais.
Drama - teu nome é drama, nobre vagabundo.
Poderia dizer "que decepção com o mundo", mas não posso antes de dizer que a decepção é contra mim. A dor é contra mim, a frustração é por tudo que deixo de fazer por medo, incompetência, prudência com o outro... E a prudência com o outro é o pior de tudo: como é possível amar tanto ao próximo que não se pode ferrá-lo ou fazê-lo tomar no cu lindamente, sem pena nenhuma?
Ame a si, nobre vagabundo, ame a si, porque quem nasceu para Deus lá já está, lá já.
Até quando aguentarei sofrer pelos outros para que eles pisem em minhas costas cansadas? Não sei. Parece que já não há tempo. Há, ainda, o amor, que não se materializa por uma série de medos - mandingas de séculos atrás talvez - conspirações astrológicas físicas escatológicas, quem sabe, que fundidas fodem-me no mais profundo poço da solidão a dois, a três, a mil pessoas ao redor. Não falta amor; no fundo talvez faltem, apenas, seres humanos, artigo raro nesses dias cinzas coloridos por abraços artificiais, presentinhos de mentira e conveniências.
Sopra-me, oh vento que vem de não sei onde, e sopra-me vida, sopra-me coragem, sopra-me a luz divina para fazer o que é certo sem ter que sofrer mais um segundo... não morreu, Cristo, para me livrar de passar por isso?!

terça-feira, 2 de março de 2010

Não insista...

Íntegra: http://estoupensandomedespindodepreconceitos.blogspot.com/2007/10/no-insista_24.html
No meio de toda aquela situação embaraçosa, nada, pensou, poderia ser pior. Mas qual foi sua surpresa quando se viu de frente a ela, naquele lugar incomum, tentando achar dentro de si uma última gota de paciência para aguentá-la falar de suas dúvidas e seu blá blá blá conhecido de quem sabe que incomoda mas não perde a oportunidade de incomodar... Seria fetiche, pensou alto, mas os barulhos do mundo a impediram de ouvir; será fetiche, continuou, agora em pensamento, me falar todas essas coisas todo santo dia sem que...
Tudo bem até então, disse a outra com a voz seca, o que se há de fazer?
Ela permaneceu parada, como quem observa um horizonte imaginário. No fundo, procurava dentro de si e simplesmente não encontrava...
Os carros passando acelerados, as pessoas tristes, o sol, o calor, o barulho, todos os motores, todos os problemas do mundo, todo o mau cheiro, TUDO, e ela apenas pensa... O problema está em mim, não em você, continuou. Fazer o que? Talvez seja melhor não viver. Ou que tal esquecer... Sou eu, não você... Antes que a outra continuasse, ela levantou-se e saiu...
A outra continuou a falar sozinha.