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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Feliz ano novo!

Dizem alguns que cada um merece exatamente aquilo que tem, na carne crua e sem choro (nem vela):
Ajoelhou? Reze!
Planou? Colha!
Os meus dias já foram mais coloridos. Minha vida já foi mais fácil quando menos refletia sobre tudo, mas as consequências de tentar encontrar o que são você e seu redor são inevitáveis: dolorosas, porém proveitosas.

Hoje é meu aniversário, ontem foi sábado, e da varanda de meu refúgio o mundo piscava pra mim, a lua brilhava lindamente e os amigos, de longe, preparavam-se para sair. Alguns até me ligaram. Talvez os amigos de perto também se preparassem para sair mas, fazer o que? Eu, naquele momento solitário de contemplação e reflexão, decidi aceitar aquilo que me era oferecido: solidão, distância, nostalgia e o coração apertado, ao mesmo tempo que um leve desgosto de estar ali, mal acompanhado e longe de quem realmente importa para mim. Também triste pelos amigos e tudo mais que foi bom mas passou, e esperançoso, ainda, sempre!

Uma namorada, novos amigos, tesão naquilo que faço, coragem e verdade, e amor, muito amor, é tudo que necessito como presente para ser mais feliz e entender que a solidão está em mim e não me faz mal mas, ao contrário, me ajuda a melhorar, pensar, melhorar, respirar...

2008 começa agora, novo homem! Começa agora senhoras e senhores... Começou!

E o jorro de esperança que se renova, a poeira das percas que já baixou e a maturidade de 20 e poucos anos vestidos de 30 segundo alguns, 15 segundo outros... 22 segundo O Mutante. Novo homem, ser humano desgraçado, estás condenado a procurar-se dentro de si, ser malvado na hora precisa e amante nas horas de sempre, porque eis o que te espera ali na frente: a vida!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A fonte de esperança

Não tenha medo de chorar, novo homem!

O choro é digno, o choro é humano, o choro é salgado, é ardente, é o que há de mais cristalino seu ao dispor do outro: você, pelado, frágil e vulnerável, olhos vermelhos. O caminho da verdade é esse mesmo, e se as lágrimas insistem, talvez devam ser derramadas: limpar a vista, amenizar a bagagem.

Olhos vermelhos.

Derrotado

Eu queria escrever sobre lágrimas, de como a lua está bonita, de minha dor, mas a inspiração, bendita, pensa milhares de coisas ao mesmo tempo e não consigo me concentrar em nada; as dores surgem de menos espero, as idéias vem e vão, bonitas, bárbaras, nostálgicas...

Essas obra sem título está firmada num momento único de necessidade de amor, de verdade, de solidão necessária, de saudade boa e, talvez de saudade doentia, desesperada, ansiosa e sem querer: ingênua. E de recusas e aquisições também. Esse momento é único, e a lágrima que brinca não sair é, por um momento, um pouco de tudo isso, e de mais que ainda não se disse: o amigo que se foi? O amor que não existe? A vida que passa em branco? As dores de barriga? A dor na alma. E a piedade do alheio? Tudo me faz chorar porque esse novo homem eterno menino está triste, frágil, choroso, decepcionado e seco de esperança. É sensível, e sempre foi.

E quanto à esperança que contradiz a fonte de esperança em mim, suplico que Deus tenha de piedade de minha alma e de meu corpo, e que afaste as dores para encontrar meu vigor e lutar por aquilo que é meu...

E chora. Claro! O novo homem tem tanta esperança embutida que chora, talvez à espera de realizações, talvez à espera de milagres. Ou à espera do Cristo mesmo, que hoje está sombrio, vingativo e distante.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Doze meses, um ano

Há exato ano, talvez treze meses; há tempos já não sou o mesmo. Se há um minuto atrás já não era um, agora sou ainda menos. Tudo isso para dizer que escrevo há mais de ano; tudo isso para constatar que mudo desde sempre: repentino que não é derradeiro mas a espera do verdadeiro, que está subliminar, à espera da gota d’água para... Não sou o mesmo do começo desse texto, e no fundo nunca fui o mesmo, apesar de ser eu aquele do derradeiro, meio e fim. Escrevo há um ano, espero escrever mais mil.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Choro

Voz de minha consciência:

_Não tenha medo de chorar, novo homem. O choro é digno, o choro é humano, o choro é salgado, é ardente, e o que há de mais cristalino ao seu dispor para mundo: você pelado, frágil, vulnerável, olhos vermelhos. O caminho da verdade pode ser salgado mesmo, pode ser doído, pode ser difícil, mas o caminho e esse, o caminho...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Domingo de tarde

Rasteiramente, ela desliza pelos primeiros cômodos da casa e observa, astuta, a movimentação de um lar em decadência: o pai que sai para trabalhar, a mãe que também sai; o rapaz que só enxerga o próprio umbigo e o outro, coitado, mentira ambulante de não sei mais o que com não sei o que lá... Ela prepara, ela se monta, ela tenta o bote.

Tenta...
E não consegue!
A reação:

...a última apunhalada que não é a derradeira, mas só mais uma entre as tantas nessas costas pobres e sofridas.

A cruz que escorrega, o suor que se mistura às lágrimas e ao chão.

Poeira e vontade fina de chorar mas pra que se é tudo tão esquisito tudo tão triste, tão difícil?

O conteúdo que não entra, a hora que não chega, o diálogo que não tem fim e as injustiças, todas, refletidas nuns com tantos e noutros com tão pouco.

E o espírito de perdedor que rodeia meu coração solitário e ferido, sempre ferido, sempre sozinho, sempre esperança e fé, e força e coragem, apesar de não se ver.

Dê a última apunhalada, oh cruel e “qualquer coisa” destino, mas dê com força, porque a esperança que sei que tenho e algo mais que agora me faltam as palavras serão o combustível para bater a poeira e seguir em frente e cair de novo. E levantar: passo mais firme, dureza em contraste com o pé macio, mas sem dor!

Meu coração e eu somos carne viva, que permanece sempre, apesar de tão difícil que possa parecer; e não é o bem que vence, se é nisso que acreditas pobre serpente sem ventre, mas o homem de verdade.

De verdade!

Batalha perdida

As filosóficas memórias de um combatente num milésimo de segundo antes do próximo momento

A promessa, as batalhas, tiros de canhão,
Duelos de espada, sangue jorrado em vão.
Sonhos destruídos como nada
Vidas dizimadas
Corpos mutilados...
Histórias interrompidas em busca de uma glória suja de morte, desonra, inocência e mentiras.

O fio da meada que se perde e depois se acha
Os meus sonhos nessa jornada, onde esbarram?

Ferido no coração, mas minha guerra não é de território externo, novos povos ou tesouros. Ou é, mas não nesse plano. Minha guerra é por respeito! Minha guerra é por confiança. Minha guerra é por um pouco mais de verdade, porque eu simplesmente procuro futuro.

Hoje, por mais derrotado que saia dessa batalha, meu coração continua esperançoso e fortalecido para os próximos passos. Já não me soam as velhas dúvidas, as incertezas do poço de esperança... Me fortalecem tudo, e, inclusive, a revolta da injustiça e incompreensão, mesmo que por aqueles que se dizem meus amantes, mas não são...

Um beijo de perdão aos que me machucaram e um até logo que finde no dia do julgamento último, porque nesse dia tudo se revela e aí minha alma voa feliz, leve, ...(sem palavras).

Sol de cinco e quinze

_Abre os olhos, Leonardo! Abre os olhos...
A lágrima que cai.
_Fala alguma coisa, homem de Deus!
A lágrima. E a palavra...

A casca da ferida que cai por terra e a poeira da queda que se assenta dominada, morrente, sem forças.

O segundo round, a nova chance, a resposta “ao que vem depois?!”, o renascimento, a catapulta que me impulsiona a voar alto e o rompimento definitivo com o passado, com o atraso que me prende a fantasmas antigos mas já sem forças, sem graça, sem vida nem medo.

O cheiro bom de futuro e o frio bom na barriga de quando estamos prestes a entrar e fazer bem feito.

A flor que desabrocha preguiçosa, o raio de sol moleque que me acorda sexta feira de manhã.

Todo o mundo que muda de cor ao passo que floresce nesse coração a esperança do dia melhor, a certeza de que o caminho é esse, a hora é agora, você é simplesmente bom e amar é, sem dúvida, o melhor exercício...

O egoísmo de fazer o que der na telha, sem medo; e o melhor: bem vindo à vida, essa é à moda do freguês. Um bom chá de manhã, às quatro, e a liberdade almejada por simplesmente ser do seu jeito, fazendo do seu jeito. Sem medo.

E um beijo de esperança ao mundo. Enquanto todos correm apressados para ganhar um segundo ou não, eu me afogo em mm mesmo, minha fonte, Leonardo e eu.

Saudades de minhas nanadas

De você ficaram algumas poucas coisas que agora não sei enumerar de cabeça... Talvez o orgulho elegante, meio soberbo; também gosto pelo vermelho, e algo mais que agora me falha.
Mas aquele definitivamente não é esse, porque àquele há um copo d’água no qual o afogo todo santo dia, sempre que a mão treme ou a voz falha, sempre que desisto ou fracasso, sempre que me repito...
Bons tempos talvez fossem aqueles, mas na ânsia de viver, desisti de perder tempo, desisti de baixar a cabeça, desisti de... Do romantismo!