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sexta-feira, 12 de março de 2010

Amor e coragem

O amor me deixa forte?
O amor me deixa fraco.
O amor é para o quê?

Uma efervecência de sensações me toma a cada segundo que convivo e dou corda a esse sentimento; a cada segundo que alimento-o com esperança e paciência, e não acredito que seja ruim, na verdade é um misto amargo de sensações agradáveis e de grande aprendizados; de fato estou mais forte a cada novo segundo; mas a depressão também me abala, a tristeza, o saudosismo. O amor é para os fracos? O amor é para os fortes?
O amor é para quem tem coragem!
Nesses dias em que amei desesperadamente e sozinho a uma pedra cinza, meu coração em chagas dessa hora em diante só quer chorar, desesperado, por não saber o que dizer e muito menos o que fazer. Já não recrimino o romântico que queria a morte, porque é sim essa a vontade que dá - não quero a atenção dos amigos, não quero outras mulheres fáceis nem mesmo e mais embriagante das bebidas, não quero, nem mesmo, a coisa que mais me deu prazer na minha vida, até então, porque simplesmente nada mais tem gosto depois desse amor que eu deixei ser deste tamanho. Mas nesse exagero - perca - confusão de sentimentos, da única coisa que tenho certeza é que o amor é para quem tem coragem, e eu muito a tenho.

E à pedra de minha vida, se lhe restassem dúvidas de que não se deveria ter medo nem mesmo deveria ser assim, eu simplesmente me coloco, pela milésima vez, a sua disposição; a sua espera; a sua vontade. Eu que me adapte a você tem a mesma distância de você adaptar-se a mim, logo, porquê não adaptamos juntos um ao outro? Continuo, até não sei quando, a me adaptar.
E está doendo muito. Muito.
---
Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer como é grande o meu amor por você. E não há nada pra comparar, para poder lhe explicar como é grande o meu amor por você... Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor, nem mais bonito. Me desespero, a procurar, alguma forma de lhe falar como é grande o meu amor por você.
Nunca se esqueça, nem um segundo, que eu tenho o amor maior do mundo: como é grande o meu amor por você.
(Roberto Carlos)

Só bethânia salva


Lamentação
Meus olhos água, meu peito mágoa, minha boca vazia, igual minhas mãos, os meus ouvidos: cheios de lamentação...

O Nunca Mais
Você bem sabe que eu vivo triste aqui, e que a saudade que me invade corrói tudo em mim; vem meu amado e diz pra mim o que quer, eu te darei bem mais que o corpo e a alma de uma mulher.
Quando um amor devoto como o meu, entrega aos céus e ao tempo tudo que perdeu, espera mais do que pode esperar, uma mulher que te amou tanto como eu, resta sempre na lembrança uma esperança, de ter de novo o seu bem-querer, e é tão raro te querer como te quero, e suportar sem desespero o grito no cais, em silêncio sem saber aonde vais, na infinita janela do nunca mais, e o nunca mais quer fechar minha janela, o nunca mais quer amargar a minha fé, o nunca mais que te levou pro mundo, quer roubar também a paz de quem te quer...
Você bem sabe que eu vivo triste aqui.

terça-feira, 9 de março de 2010

Espero que você não me deixe

A frieza rápida de você contrasta com o calor intenso que sai de meu ventre quando ao menos te penso ou mesmo chego perto de você; gélido, e eu tão acalorado e apaixonado por não sei mais o quê em você nem mesmo se apaixonado, porque não é de hoje que me perco entre o sentimento e seu rescaldo; entre o que se vive a dois e o que poderia se viver caso ainda houvesse amor, ou sentimento equivalente... eu fico no meio do caminho, esperando o que mais quando há tempos não há mais nada...
Será esse noss caso?
Pois seu silêncio e agora essa frieza rápida, juro e já disse antes, me destróem, me dão medo, me deixam mais frágil e é inegável que eu vou sair disso tudo mais forte para a vida, mas talvez haja algo que não saibas, e acredito que essa seja a hora de dizer:
Não aguento mais aprender com a dor... são vinte e poucos anos de minha vida sofrendo para aprender a andar sozinho, a cozinhar e cuidar de uma casa, a ser um bom amigo, filho, colega de profissão e classe, a ser um ser humano responsável, consumidor consciente, cidadão respeitável... sem contar que aprendi bem, ou no mínimo estou a caminho de ser também um bom amante... Pois bem, não me faças sofrer mais e esperar mais quantos dias que nem sei, porque eu realmente não aguento mais, e também não quero deixar de gostar de você; se bem que, caso diga-me desistes, aí sim eu entrego minha toalha e, desesperado, tento esquecer de você; sofrer mais um pouco; aprender mais alguma coisa amarga - espero que você não deixe.

sexta-feira, 5 de março de 2010

SABOREANDO AS ESTAÇÕES DE UM OLHAR

Do blog Mil Pedaços de Saudade - http://izabelgoveia.blogspot.com/

Quero escrever esse texto com sabor de algodão doce.

Dar-lhe vida antes mesmo que a sua primeira respiração taciturna possa existir no meu ventre dando sintonia às palavras.
Pensar na sua existência completa é amar uma rosa vestida de vermelho desabrochando para o cortejo dos olhos tristonhos.
Quero aqui dizer que se falar em alma é brincar de ciranda. É também saber amar o desenho de uma criança como se fosse A Alegoria da Primavera do Botticelli.
É saber amar o amado que já partiu, como se ama a poeira cósmica que guarda o fulgor do espírito das estrelas que fecharam seus olhos.
Na plenitude quero alegrar minhas vestes para uma espera.
Quero presentear o mar com flores na esperança que o juramento se cumpra.
Quero regar as árvores secas e sem vida.
Quero também que o vento da noite semeie os meus desejos, para que as ervas daninhas não corroam meu coração.
Quero sentir uma lágrima alegre molhar meu sorriso.
Quero, espero, anseio que teus braços enlacem minha vida e nossas almas se encontrem como no sonho de balão voando no céu.
Sei o que sinto.
Somente.

Eu tive um sonho.

Um dia me disseram que era uma antiga maldição da família... que uma velha e mal amada tia do tio do sobrinho da cunhada condenou a décima geração por não ter sido convidada, veja só que ironia, ela não foi convidada para alguma coisa. Cresci com aquele medo estranho de que tudo fosse verdade, os fantasmas por trás de minha avó e tia, a casa da Volta escura e cheia de sombras, a passagem molhada que tantos corpos levou com suas enchurradas violentas e tristes, barrentas, rápidas, como o instante de medo que tinha antes de durmire sonhar com sonhos coloridos, mas sempre com uma sombra ao fundo, porque aqueles fantasmas ao menos me marcaram e estariam sempre presentes, disso eu não fujo.
Pois cresci, e nessa fase de crescimento, que continua em andamento, não foram poucas as dificuldades, mas a todas elas, de certa forma, encarei com força e coragem. Destino não era condenação acabada, era só uma série de futuros bons que estavam na porta da geladeira, no espelho do banheiro e na agenda: é isso tudo que quero para mim. E tudo hoje tenho, tudo que preciso, apesar da lista ainda ter muitos destinos ainda não possíveis mas à caminho.
Até uns dias atrás o amor era um deles. Juliana, as meninas da sétima série, Risoleide ou Risocleide, não lembro seu nome, mas suas cartas doces e infantis, bilhetes, essa é que é a verdade, eram ingênuos, puros e úmidos do tamanho de sua timidez que fazia a mão tremer e a voz falhar-lhe. Depois veio Neidjane, com sua loucura boa que me ensinou a ser o que sou; que me ensinou a coisa mais importante - humano pode ter lado mau, porque santo é Deus, e ponto. Homem é carne, tem meia dúzia de anos para pagar e se acertar com Ele. Por isso permmita-se, mesmo que isso signifique pecar... Santo é Deus.
Se hoje não estranho minha maldade, minha natureza ruim, meus pensamentos impensáveis para esse estilinho de vida burocrático e de fachada, é a ela, a mulher de minha vida, tão tristonha, dúbia e forte, que devo o que sou. Depois as tentativas de esquecer a mulher de minha vida, que como na minha infância tornou-se um novo fantasma, sempre às minhas costas, me rondando nas conversas com amigos, às vezes no cheiro da rua ou cruzados mesmo, na esquina daqui ou dali. E tentei amar Joelma, e tentei amar Elisa, e devo ter pago a outras tantas para me amarem... E acho que fui feliz esses dias, sempre à espera de um amor de verdade, porque estava lá, na porta da geladeira, agenda e tudo mais: era só uma questão de tempo.
À espera de amor? Talvez não. Amor em mim não falta, e ele me faz bem, apesar do ser romântico que sou, romântismo em excesso, exagerado e piegas, irritante para as vítimas. Amor também muito mal expressado, que por tanto colocou tudo a perder nesses últimos anos, talvez a prova verdadeira da bendita maldição. E nos dias de solidão profunda, à noite, quando me deito e não há um pé para enconstar o meu, um pescoço para encaixar meu nariz, quando não há alguém do outro lado da linha ou de minha cama para dar boa noite, nessas horas de fantasmas, sombras e maldições... por que não? A maldição foi verdadeira em uma única coisa: no amor. Como as tias e tios solteiros que tenho em minha vida, como os mal casados, a infelicidade no amor de minha família é a prova de que foi no amor que Enriqueta jogou sua saliva e estragou tudo.
E eis que um belo dia eu olho para o lado e encontro uma gota d'água em meu coração vadio, gota em direção a um jardim que há tempos estava sem flores. E essa gota trouxe vida à minha vida... Essa gota de vida trouxe uma nova enxurrada de amor em meu coração, um ser em meio a milhões de outros que pensava como a mim, um amor sem compromissos nem laços burocráticos, apenas os laços de nossas pernas e ponto, o amor perfeito.
Aí caiu por terra Enriqueta, sombras, fantasmas e solidão. Mas por tão pouco tempo e de maneira assustadora, porque quando menos se espera encontro-me novamente só e meio perdido, inundado de amor mas à espera de dizer-te que amo e, onde está você?
Esse silêncio profundo, já disse, só me atormenta e entristece... E as noites são mais vazias, mais quentes e mais salgadas, minhas lágrimas, pelo menos, nunca foram tão... e não diga que é exagero meu, romantismo e razão tanto se debatem dentro de mim que ambos estão ao chão, arrasados, mas ainda vivos em mim. Logo dessa vez que fiz tudo certo, exceto o exagero, admito, em mostrar-me apaixonado e romântico, dessa vez que me achava livre de certas condenações do passado, apenas tenho seu silêncio e distância, o que me destrói, porque como tamém já disse não lhe queria em compromisso mas, antes, respeitosamente em mina vida por cinco breves segundos diários...
E não quero sexo! Não apenas sexo, mas antes cinco minutos de carinhos seus...
Pois bem. Queria que visses a chaga em meu coração; queria que trocassemos de pele para ver se aguentarias minhas dores, e também gostaria muito de sentir as tuas e também teu medo. Queria, antes, que nada disso fosse sofrido e triste, porque o amor não está para nossa vida a esse propósito. Mas o tempo mostrará tudo que for necessário. Em verdade só posso dizer que são salgadas as minhas noites porque choro por você toda noite, perdido em seu silêncio e indiferença, que doem mais que um não seco mas verdadeiro que me dissesses.
Mas, se também for esse o caso, um dia passará. Melhor que dissesses, mas será essa uma fraqueza sua?
Que pena, seja lá o que escolhas, essas escolhas só me fazem sofrer... o que me leva a crer que talvez não sejas como achava que fosses... serás só mais uma em meio aos milhões?
De qualquer modo, ainda amo-te, perdidademente, desesperadamente e românticamente.
Este que lhe mostrei e mostro sou eu. E você, quem é?
Continuo a esperar...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Desculpas, pedido de fim, S.O.S.

Juro que não queria ser assim. Também não queria que as coisas fossem assim... queria que a vida fosse mais simples, já disse. Também gostaria muito que todos fossemos felizes sem dever a ninguém, quem sabe sem precisar de ninguém. Também não quis derramar todas as lágrimas que chorei nas últimas noites em que seu telefone apenas chamou, em que eu apenas te chamo para ouvir suas vozes e, dentre uma delas, achar aquela pela qual me perdi nessa tempestade de amor.
Tanto imperfeito todos esses pretéritos... às vezes sinto que fui condenado a isso: ao achar uma pessoa para amar, ficarei preso a 'gostarias', 'adorarias', 'queria', 'seria'... Se antes a dor também fosse imperfeita...
Também queria que não doesse, mas é uma chaga tão grande, vermelha, em brasa e carne viva, pulsante a cada segundo que dói mais e mais e mais.
É característica dos românticos o exagero, talvez você responda, e não digo que não, mas queria que sentisses o que sinto agora para definitivamente compreenderes enfim.
Pois digo que amor não é pacado, e reafirmo que meu sentimento puro não gostaria de cobrar nada de você, mas seu silêncio me desespera e entristece... a mesma vida que me trazes a cinco minutos que estás é roubada por completo quando... quando desapareces. E nessa confusão de incertezas, fico eu sempre insistindo, sempre eu pedindo desculpas, sempre eu me machucando enquanto aparece-me, dia a dia, altiva, ainda que pávida nesses poucos segundos que seus olhos não me mentem...
E me meio a tudo isso só queria pedir-te desculpas, dessa vez pela última vez... amor romântico é muito bonito, mas se não me queres em absoluto não há nada que possa, eu, fazer por nós. É amor o que vos sinto, mas se não lhe serve, não tem problema, ai de mim que sou assim.
Um dia passa. E que até lá, você descubra que a pressa não é necessariamente ruim quando se passa a vida a esperar. Se você pode, parabéns, mas eu já não posso mais.
Amo-te, como sempre.

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Uninvited

Like anyone would be
Como qualquer uma estaria
I am flattered by your fascination with me
Estou lisonjeada com sua fascinação por mim
Like any hot-blooded woman
Como qualquer mulher de sangue quente
I have simply wanted an object to crave
Eu sempre quis um objeto para desejar

But you
Mas você,
You're not allowed
você não é permitido
You're uninvited
Você é inacessível
An unfortunate slight
Um infeliz deslize

Must be strangely exciting
Deve ser estranhamente excitante
To watch the stoic squirm
Assistir o inabalável sofrendo
Must be somewhat hard-telling
Deve ser meio difícil dizer
To watch shepherd meet shepherd
Assistir o pastor precisar de ensinamento

But you
Mas você,
You're not allowed
você não é permitido
You're uninvited
Você é inacessível
An unfortunate slight
Um infeliz deslize

Like any unchartered territory
Como um território não mapeado
I must seem greatly intriguing
Eu devo parecer muito intrigante
You speak of my love
Você fala do meu amor
Like you have experienced love like mine before
Como se já tivesse experimentado amor como o meu antes

But this is not allowed
Mas isso não é permitido
You're uninvited
Você é inacessível
An unfortunate slight
Um infeliz deslize

I don't think you unworthy
Não acho que você seja indigno
I need a moment to deliberate
Preciso de um tempo para pensar...

terça-feira, 2 de março de 2010

Romântismo em excesso

Hoje e por todos esses dias que já nem lembro-me desde quando lhe estarei exatamente assim, errando nas doses de romantismo e necessidade de você... e me pergunto: isso é ruim? Melhor que não: viver, absolutamente, não é ruim!


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Angel Anjo
Spend all your time waiting Gaste todo seu tempo esperando
For that second chance Por aquela segunda chance,
For a break that would make it okay Por uma mudança que resolveria tudo
There's always some reason Sempre há um motivo
To feel not good enough Para não se sentir bom o bastante,
And it's hard at the end of the day E é difícil no fim do dia.
I need some distraction Eu preciso de alguma distração.
Oh beautiful release Oh, perfeita liberação
Memories seep from my veins A lembrança vaza de minhas veias...
Let me be empty Deixe-me vazia
Oh and weightless and maybe E sem peso e talvez
I'll find some peace tonight Eu encontrarei alguma paz esta noite.
In the arms of the angel Nos braços de um anjo,
Fly away from here Voe para longe daqui,
From this dark cold hotel room Deste escuro e frio quarto de hotel
And the endlessness that you feel E da imensidão que você teme.
You are pulled from the wreckage Você é arrancado das ruínas
Of your silent reverie De seu devaneio silencioso.
You're in the arms of the angel Você está nos braços de um anjo,
Maybe you find some comfort here Que você encontre algum conforto lá
So tired of the straight line Tão cansado de seguir em frente,
And everywhere you turn E para todo lugar que você se vira
There's vultures and thieves at your back Existem abutres e ladrões nas suas costas,
And the storm keeps on twisting E a tempestade continua se retorcendo.
You keep on building the lies Você continua construindo a mentira
That you make up for all that you lack Que você inventa para tudo que lhe falta
It don't make no difference Não faz nenhuma diferença
Escaping one last time Escapar uma última vez.
It's easier to believe in this sweet madness oh É mais fácil acreditar nesta doce loucura, oh
This glorious sadness that brings me to my knees Esta gloriosa tristeza que me faz reconhecer a derrota.
In the arms of the angel Nos braços de um anjo,
Fly away from here Voe para longe daqui,
From this dark cold hotel room Deste escuro e frio quarto de hotel
And the endlessness that you feel E da imensidão que você teme.
You are pulled from the wreckage Você é arrancado das ruínas
Of your silent reverie De seu devaneio silencioso.
You're in the arms of the angel Você está nos braços de um anjo,
Maybe you find some comfort here Que você encontre algum conforto lá
You're in the arms of the angel Você está nos braços de um anjo.
Maybe you find some comfort here Que você encontre algum conforto aí.

Não insista...

Íntegra: http://estoupensandomedespindodepreconceitos.blogspot.com/2007/10/no-insista_24.html
No meio de toda aquela situação embaraçosa, nada, pensou, poderia ser pior. Mas qual foi sua surpresa quando se viu de frente a ela, naquele lugar incomum, tentando achar dentro de si uma última gota de paciência para aguentá-la falar de suas dúvidas e seu blá blá blá conhecido de quem sabe que incomoda mas não perde a oportunidade de incomodar... Seria fetiche, pensou alto, mas os barulhos do mundo a impediram de ouvir; será fetiche, continuou, agora em pensamento, me falar todas essas coisas todo santo dia sem que...
Tudo bem até então, disse a outra com a voz seca, o que se há de fazer?
Ela permaneceu parada, como quem observa um horizonte imaginário. No fundo, procurava dentro de si e simplesmente não encontrava...
Os carros passando acelerados, as pessoas tristes, o sol, o calor, o barulho, todos os motores, todos os problemas do mundo, todo o mau cheiro, TUDO, e ela apenas pensa... O problema está em mim, não em você, continuou. Fazer o que? Talvez seja melhor não viver. Ou que tal esquecer... Sou eu, não você... Antes que a outra continuasse, ela levantou-se e saiu...
A outra continuou a falar sozinha.

Sem flores

Foi-se o último dia, tão derrepente e ao mesmo tempo tão previsível este último que ainda tinha na boca o gosto do meu quando derramei que "iria sair", mas quão maduro foi esse adeus!
Sem lágrimas minhas,
Talvez sem lágrimas dela também,
Já tão cansada dessa grande bobagem que é isso tudo,
Somente umas lágrimas lá dentro, mas nada para mostrar-se ao mundo...

E quão surpreendente sou em, dessa vez, não chorá-la nem senti-la em falta... sim musa, novamente já não és dona desse coração vagabundo, mas não te queixas nem pensas em mais nada que toda essa confusão minha de sentimentos muito me ensinou mas também muito me constrange. Aquele engano de sentimentos também me deixou só um pouco mais humano e seguro... Já não é justo que continues infeliz, tão bem que não é justo temer pelo fim dessa roseira tão linda que é nossa relação... Sim! Ainda sairão flores muito bonitas, e se não sairem de ação, sairão ao menos do passado bom que, sem dúvida, foi tudo isso até então, mesmo com pedaços podres e amargos.
No abraço apertado; esses olhos irresistíveis lado e outro da sala, sempre atentos, sempre discretos; é tudo, em resumo, que se vai para esse tão pouco que ficou - eu. Mas é também a condenação de fato que ainda por cima já sabes, ou ainda tens dúvidas que SERÁS FELIZ?

Texto corrido de saudade

Eu desperdicei ela mas acho que ela continua sendo minha razão de viver. Ou talvez não, na verdade a ilusão é minha razão, ou a pretensão, daí as saudades dela e o lamento por não a ter e nunca ter tido e talvez não ter e reticências...
Quem pode explicar?
Eu gosto dela, ela ainda rainha meus sonhos, ela é passado com esperança de futuro, mas cada vez mais saudade, cada vez mais distância, cada vez mais bonita e eu aqui cada vez menos e menos.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Palavras de coração

Não me interprete mal porque à aquele que der meu amor, de nada em troca cobrarei, porque amor não deve ser cobrança nem chatiação nem qualquer sentimento ruim em nossos corações. Mas a ansiedade que sinto por nosso próximo momento também não é de bom tom, então é como se você sim agisse de má fé comigo, mas não acuso ninguém sobre isso; digo que apenas pareces me causar ansiedade, mas se esse é um sentimento meu, segredo meu controlar saudade, ansiedade, desejo e tudo mais.
Culpa minha amar demais , querer novamente, desejar?
Mas honesto como sou, e mutante, há uma unanimidade na qual devemos concordar, e isso digo agora na esperança que saibas assim que puder: o meu sentimento, se ainda não ficou claro, não cobra nada de você se não cinco minutos. E o seu, ser de minha gastrite amorosa?
Decide e avisa, porque não sei se sobrevivo mais dez minutos a esse déjà vu que é a minha vida, de olhos fechados e volto para aquela quinta-feira à noite...
O que aconteceria mesmo se eu ficasse com você?
Nada não é resposta. Nada. Espero que essa não seja a resposta...


Disapear                                       Dessaparece
If I begged and if I cried                                                            Se eu tivesse implorado ou chorado
Would it change the sky tonight                                          Isso mudaria essa noite sombria?
Would it give me some light                                         Isso me traria alguma luz?
Should I wait for you to call?                                   Devo esperar que você ligue?
Is there any hope at all                                      Há alguma esperança no fim das contas?
Are you drifting by?                                                                    Você está passando por aqui?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

RECADO - sem título

...pode ser saudade também, mas esse sentimento que realmente é um aperto no coração de quem o sente, é dor realmente das que mais machucam, quase uma droga que inebria mas depois te destrói as entranhas... a saudade é impossível que sintas igual à que sinto por ti, podes até sentir por mim e torço que sintas, mas não no estágio em qe estou, porque é dolorosamente sofrível e entristecedora... Desejo, no fundo, que saibas de minha saudade verdadeira e entendas que se tudo aquilo, enfim, não for amor ou paixão ou desejo é, no mínimo, estima, da mais honesta e berrante, cedenta de nada mais que cinco minutos diários teus, um pouco de sua boca, teu peito e pernas. E mais nada sou egoísta de pedir!

Ama-me

Deve ser amor mesmo a expressão que desejas utilizar, e antes que te assustes com tal constatação, alegra-te que esse sentimento venha de alguém tão especial em circunstância igualmente iluminada. O sentimento em si já é belo e digno de louvor, mas do coração que brota esse amor, antes apenas algumas pequenas rosas tristes brotavam, lindas é verdade, mas poucas ou nada perto desse jardim que é esse novo amor, oásis, simples e singelo, e medroso de fazer errado e já desperdiçá-lo como às rosas poucas que outrora brotaram.
Crê que este sentimento é puro num sentido que nenhum dicionário poderá descrever sensação comparável, apenas ao teu gozo extravagante e longo que assusta esse amante inesperiente e enche-o de orgulho: há vida em mim, é possível comigo alguém ser feliz...
Pois bem, tua existência é minha semente que regenera vida nessa existência apagada e faz brotar alegria de onde nada era vivo antes de você...
Só pode ser amor, deve ser. E não te assustes porque daqui nada se cobra, apenas ama-se.

Sim, eu amo.

Ontem à noite não tive tempo de sonhar com você, preferi você hoje, mas você em minha cama, o que não foi possível só o destino 'brincoso' explica porque... A paciência que me resta é a de que ainda me queiras para quando, assim que der, sonhar ACORDADO novamente, com você bem por entre as minhas pernas, em minha saliva e eu em ti.
Sim, eu amo.

Romântico

A minha saudade de você é tanta que chegará uma hora que produzirei meu mais belo texto do mundo para você... voltar!

Devaneios de celular

Relatos de um náufrago nas areias da paixão

Dizem os psicólogos de plantão que o maior desespero de quem começa a amar obcessivamente é a ligação, ou a falta dela. Ligação telefônica mesmo, fixo ou celular, à cobrar ou até uma sms mesmo, o importante é o contato. Até então pouco tinha sentido falta da coisa... tinha até superado a falta das ligações, mas dava força a quem queria se arrepender depois... Foram alguns poucos, que não conto só com a mão esquerda, os que incentivei a ligar e todos eles argumentaram, metade deles com pelo menos uma dose se álcool, 'por que só eu ligo?' E eu, romântico, respondo 'porque a vida é agora', 'metade das chances de dar certo, metade das chances de dar errado', 'tentar' enfim... E justamente o tolo, eu, me encontro agora com o celular em punho
ARMA DE DESTRUIÇÃO EM MASSA
fazendo dos sacos soração para não ligar e dizer boas verdades [e são todas boas, de fato]... e o que me mata é não ter dito na hora certa, porque o erro não está em ligar ou não, mas em falar tudo que se precisa dizer olho no olho, para não ter o que de importante falar depois, via celular, sms ou afins.
Agora espero ansioso uma nova chance de fazer certo... quem sabe quando sair voando dessa ilha de indecisão e medo?

Apaixonado

Porque não sei quando começou, nem necessariamente se é, só sei que estou, e é muito bom.

Passado PRESENTE Futuro

Passado matado que volta presente, embriaga de medo e coisas ruins mas, à Porra, eu quero é saber de FUTURO!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Relato de vítima

Quando o destino brincar de coincidência com você não haverá para onde correr!
Quem mais se não o destino para transformar passado enterrado, pretérito imperfeito, em presente vivo e encaracolado? E é presente com perspectiva de futuro, pelo menos futuro pelos próximos cinco meses e poucos dias... O mesmo destino que já me deu tantas ideias nos recéns engarrafamentos me enganou no crepúsculo desta última noite com uma intuição de encontrar, talvez, alguém que pudesse amar mas quando me cai a realidade, a quem vou encontrar
?
Engraçado esse tal de destino: terminei o dia em mais uma história de amor, sem dúvida a mais dúbia, um amor de homem para homem que não é amor convencional mas, antes, um amor fraterno que perdeu-se ao meio do cotidiano desses dias cinzas de Recife; depois as pontes aéreas e, por último, lembranças estranhas e risadas ao lembrar-se de tudo que foi aquilo... mas rir de tudo aquilo é fácil quando o passado é passado.
E quando o passado está presente? E aqueles olhos com o ódio sem razão de sempre, como se explica? Há amor, mas também há dor e rancor, há sentimentalidade ruim que atrasa, definitivamente, tuto.
Também não se explica a minha cara de ironia, orgulho e cinismo, é fato, mas aqueles olhos são os mesmos de sempre, e esses meus olhos um tanto cansados agora já não tem ódio mas apenas bem querer... Desejar o que mais? Eu ainda tenho muito medo mas não desses fantasmas, porque eles não deveriam mais me dar motivos para se assustar.. Não!
O amigo que  me inspirou o primeiro texto. O passado que eu acreditei estar para sempre superado. Unir as duas pontas da vida - o passado esquecido com hoje. Parece que tudo foi só uma pausa no tempo que agora se iniciou; ou antes, foi novamente o amor de sempre, estranho como ele, que uniu o lado do passado com essa velhice que não deixo de estar quando os sentimentos ruins me tomam...
Pois bem, o laço se desfez do nó e novamente está solto. Ao estimado amigo do passado só há o mais nobre e sincero desejo de que seja feliz e fim. Seja aqui, no inferno ou paraíso, é certo que somente  no fututo definitivamente resolveremos tudo que se há para resolver... por  hora é o meu silêncio e o seu que é, em definitivo, muito mais que oportuno - necessário. E sim, é verdade: ainda não passou!

Livremente inspirado em:
sexta-feira, 28 de setembro de 2007

quarta-feira, 26 de setembro de 2007