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terça-feira, 2 de março de 2010

Sem flores

Foi-se o último dia, tão derrepente e ao mesmo tempo tão previsível este último que ainda tinha na boca o gosto do meu quando derramei que "iria sair", mas quão maduro foi esse adeus!
Sem lágrimas minhas,
Talvez sem lágrimas dela também,
Já tão cansada dessa grande bobagem que é isso tudo,
Somente umas lágrimas lá dentro, mas nada para mostrar-se ao mundo...

E quão surpreendente sou em, dessa vez, não chorá-la nem senti-la em falta... sim musa, novamente já não és dona desse coração vagabundo, mas não te queixas nem pensas em mais nada que toda essa confusão minha de sentimentos muito me ensinou mas também muito me constrange. Aquele engano de sentimentos também me deixou só um pouco mais humano e seguro... Já não é justo que continues infeliz, tão bem que não é justo temer pelo fim dessa roseira tão linda que é nossa relação... Sim! Ainda sairão flores muito bonitas, e se não sairem de ação, sairão ao menos do passado bom que, sem dúvida, foi tudo isso até então, mesmo com pedaços podres e amargos.
No abraço apertado; esses olhos irresistíveis lado e outro da sala, sempre atentos, sempre discretos; é tudo, em resumo, que se vai para esse tão pouco que ficou - eu. Mas é também a condenação de fato que ainda por cima já sabes, ou ainda tens dúvidas que SERÁS FELIZ?

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