sexta-feira, 22 de maio de 2009
Restos de texto
Como é que vai ser quando eu tiver tudo que quero?;
Foi embora sem se despedir do mundo;
Todos esses restos de texto que não vingaram, por isso os joguei, todos, no lixo de meu esquecimento. Não há motivos para guardá-los em meus papeis ou bytes de memória, porque esses pedaços de inspiração são como as plantas ou galhos ou coisas que nascem e depois morrem antes do tempo, talvez nasçam também antes do tempo, por isso tão pobres de vida, por isso tão imprestáveis se não para serem jogados do solo de minha cabeça para decompor e se transformar, talvez, em uma bela planta ou restos num subsolo que um dia serão dispuitados, sangue jorrado, lágrimas e a busca por, enfim, mato ou petróleo, só muda a cor do ouro...
O ouro que sai de mim não é verde nem negro, é incolor, incógnito e simples. O que resta de mim e não serve vai para a decomposição para quem sabe, enfim, fazer bem a alguém...
quinta-feira, 21 de maio de 2009
O mundo dela
terça-feira, 19 de maio de 2009
Amo. Sim, a amo sim. MUITO.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
O último pedido
_Não é a sua presença ou não no decorrer de minha vida que marcará sua importância para mim mas, justamente, aquilo que construímos juntos e agora contemplamos. Muito bom se continuassemos esse belo jardim, mas até aqui ele já é tão lindo e isso é tudo, tudo de você em mim. Não tenho você agora, como não tenho a muitos, os quais gostaria que estivessem aqui, mas não tê-los me ensinou que estão sim, todos, por mais que não, porque é passado mas é, também, tudo aquilo que me trouxe até aqui, tudo aquilo que me ensinou a ser, minha estrada que não me envergonha em nada, apesar de todo o constrangimento...
E o mistério agora seria não mais perder ninguém, caso ainda houvesse tempo, mas esse é um mistério que levo para mim: tentei, sem sucesso, não mais deixar ninguém no meio do caminho. E fracasei. Mas, que bobagem... Há tanto dos outros em mim, há tanto também de você, há esse belo jardim que semeamos, boas lembranças, e o que sou, que bom ou não para o mundo, me agrada muito. E agora Adeus... eis a derradeira pá de cal.
Jogo de olhar
Terão meus olhos tristes perdido um momento em que olhastes para mim, apaixonada, como na minha fantasia e fantasia dos outros? Ou seria, mesmo, só uma fantasia minha?
Queria mesmo o fim de todas as fantasias, mágoas, timidez e achismos. Queria, enfim, o amor puro e sereno, para então, enfim, eu ser feliz.
Aeroclube
A viagem - peleja
E durante poucos longos segundos viajei com ele, cortando um céu claro de lua crescente , se escondendo atrás de uma núvem de chuva, dando piruetas e seguindo a mim.
Que diabos faz um avião a jato em cima de mim? Pensei em quem, a muitos pés de minha cabeça, navegaria aquela máquina, que emoções estaria sentindo ou só rotina, que visões deslumbrantes teria do mundo abaixo dele ou só mais um... pensei na Aeronáutica, na obrigação que eles teriam, naquele momento, de informá-lo que "por estar em território estrangeiro seria necessário indentificar-se"; aliás, seria ele estrangeiro? Seria ele? E se fosse ela? Uma mulher numa super máquina cabecinha machista! Pensei também, novamente na Aeronáutica, e no momento depois, ao disponibilizar na internet um comunicado completo informando que num dado dia de quinta uma certa máquina sobrevoou minha viajem, relatórios como os de Brasília, todos on line, mas sem nenhuma maquinagem, por favor!
Depois voltei para cá. Danou-se que tem mais aviões?
Olho direito, saio do transe e volto aos poucos para a realidade, não são caças super sônicos perseguindo o avião espião que não se identificou, são só mais umas estrelas brancas... o cruzeiro, talvez Tereza ou Ceci, Fortes, próximas àquela estrela vermelha, todas lindas, no meu céu de crescente...
Rodoviária
Sempre morro um pouco. E depois renaço, mais forte e mais homem, quando volto para o lugar do parto. E sonho o dia em que não parto mais. Amém!
Sábado, 9 e pouco da manhã
[não seria essa a expressão correta]
o coração na lua e a cabeça Nela, a existência descontente com o mundo e o espírito incomodado com tudo... Socorro! Eu quero sombra fresca e ar puro! Eu quero pessoas agradáveis, prazer, alegria, boa música e alegria. Eu quero mais do mundo, já disse a Outra. Pois eu também quero mais de tudo!
Elevador
Faltou a rima.
Ah meu ego de merda e essas pessoas a me chamar de poeta, a me enganar e me convencer de enganar também, perseguindo aquilo que não é meu e perdendo aquilo que era meu até então... mudar ou não, eis outra questão.
Ah, coração insatisfeito com o mundo... quer sempre mais da vida, das pessoas, das horas e de tudo, sempre mais um pouco, e sempre nunca de si. E para encerrar esse triste lapso de auto flagelo, um sopro de esperamça, nobre vagabundo, porque o maluco que tem noção das loucuras que comete é menos louco e mais humano, pelo menos para as almas menos sebosas, tenha certeza: um pouco mais homem, um pouco menos bicho.
Monstro para onde?
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Um fim de semana
sábado, 25 de abril de 2009
Ciúmes
Eu quis chorar, e você nem vai saber, porque você já não sabe de mim; há tempos você não sabe de mim, por isso desejo cada dia mais fugir para longe, longe, longe...
A inspiração que faltava para alguns versos tortos me veio agora, ao fervor do sangue... "na face lisa de meus olhos tristes, o que serão deles quando não mais nos vermos pessoalmente, ao fim dessa primavera? Nos veremos ainda, algum dia, ou agora só em outro plano, numa eternidade distante para mim ou para você? O que serão de meus olhos sofridos e dramáticos quando não mais vê-la, amada, se bem que já não nos vemos, e aí talvez já estejamos preparados. Aliás, preparado, porque de seus olhos lindos há tempos não vejo nada, a não ser umas passagens rasteiras de quarta em quarta-feira, quando assim nos encontramos. O que será de tua face lisa até o fim de tudo, menina?
Pois que morras, para que não sejas de mais ninguém a não ser de Deus, e se morreres, juro, morro junto, morro de verdade, para quem sabe mais um encontro, porque na vida, de verdade, já não me resta nada a não ser esse tal de amor".
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Emancipação
Durante a semana, 7 e pouco da manhã
Construindo
Não, saudades das coisas fáceis do passado, ingênuas, infantis. Saudade da tranquilidade e tudo...
Satisfação
Zumbi de província
Enfim: prenda-se e torne-se isso.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Mil idéias na cabeça...
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Synthtah Giselly
A mulher não largava Synthtah e Synthtah, que não é gato escaladdo, decidiu se livrar daquele verdadeiro "despacho" em plena sexta-feira à noite.
_É nesse que que eu vou! Exclamou a fogosa diarista.
_Mas o ônibus tá lotado, mulher de Deus... retrucou a desengonçada nova amiga, em vão, porque Synthtah já estava na catraca, suada, louca para atravessar aquela mutidão de pessoas desinteressantes. A gorda então subiu e submeteu-se ao impossível: atravessar um ônibus lotado até chegar à exuberante, que nessa altura já estava no fim da lotação.
_'Peraê' Amiga! 'Pera' que eu chego!, em vão, atolada em meio a donas de casa, operários, estudantes e classe média
Synthtah não se faz de rogada: entre uma parada e outra, talvez duas, depois de muitas reclamações, machucões e caos instalado não por ela mas, inevitavelmente, por causa dela, ela puxa a corda e manda um beijo à agora velha nova amiga que, perplexa e sem entender direito, acelera o passo [em vão], para a ira da peble agora definitivamente esmagada por aquele ser de muita massa adiposa e talvez sem muita noção do ridículo ou algo do tipo.
Synthtah chega a querer entender, mas desiste e desce às gargalhadas, para nunca mais ver a irmã que ela se quer sabe o nome. Ela desce e manda o motorista tocar, bota essa porra pra correr que hoje eu quero é sair só!; a gorda pede para que esperem, as pessoas gritam, a gorda não entende, o motorista cansado pisa no acelerador, o ônibus parte e a gorda esmaga mais alguns, a bíblia em punho e uma ovelha a menos, para o prazer de Synthtah que arruma os cabelos e sai a procura de uma cerveja.
_A noite promete, ri.