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terça-feira, 27 de abril de 2010

Dois pesos e duas medidas

É o que dizem da vida, e o que dizem de nossas escolhas e de outras meia dúzia de coisas, e às vezes meia dúzia de clichês, quando não se os suam como  O Clichê para explicar aquilo que é complicado ou difícil de pensar... Pois pra mim é quase uma filosofia, simplista, é fato, mas absurdamente significativa e esperançosa:
Na vida não se pode viver em cima do muro, porque existem somente duas escolhas - sim ou não, e isso tudo é mais complexo do que aquilo que minhas rasas palavras podem expressar... mas é nessa simplicidade das coisas que me apego, como o ser que precisa de luz para sobreviver, e coloco essa ideia todos os dias em minha frente, na cabeceira, na porta da geladeia e nas mensagens de celular - sim ou não, não queira talvez.
É absurdo; é relativo; é complexo pra cacete; é mais do que eu posso dizer hoje, está em construção!  - é uma maneira de viver melhor, de facilitar as coisas, de doer menos, porque a espera pelo sim ou não, essa sim dói e muito. Mas eu não quero mais que doa; muito menos que o meu amor se transforme em rancor ou qualquer sentimento ruim... De agora em diante meu amor será sempre amor.
E o peso das escolhas é outra - saiba deles, mesmo que não se tenha como; se bem que não se saiba deles, mas saiba que eles virão, e você terá que arcar com cada um deles...
Pois nesses dias cinzas, e às vezes felizes, tudo que me resta é acreditar naquilo que meus passos tortos me ensinaram, e abraçar essas ideias e vivê-las, antes de tudo, porque é minha vida, é minha alegria, e daqui para frente, eu quero minha vida vivida, não uma vida que arrastou-se pelas horas de alguns poucos anos.
Pois eu escolhi me jogar de cabeça nos amores e me quebrar todas as vezes, e igualmente eu escolhi fazer loucuras, eu escolhi escolher a quem amar e entregar meu coração embrulhado num papelzinho enfeitado, eu escolho - se a vida me questiona [a todo segundo!] eu respondo; eu penso um milésimo e digo sim ou não... tudo isso por um simples motivo, claro e puro como aquelas lágrimas que minha cama já presenciaram: eu preciso viver, eu escolho respeitar a decisão de quem não me quer amar, eu não quero ter tempo para sentimentos ruins, eu quero ser feliz.


"...mas se eu me apaixonar, vê se não vai debochar da minha confusão", disse-me. E eu respondi: "se você quiser, se você me quiser, pra você eu digo sim...". E serão felizes para sempre?

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O texto mais romântico do mundo

Talvez nem meus olhos souberam te dizer o tamanho de minha felicidade, talvez minha febre significasse alguma coisa, ou mesmo a vista baixa, olhando sempre qualquer lado que não seus olhos; ou o coração pulsante, a mão trêmula, a voz baixa... mas você sabe, enfim?
Pois eu queria achar a combinação perfeita de palavras e sons que soassem em teus ouvidos e minha boca e denovo em sua boca, passando por sua língua e costas, teu corpo todo, enfim, para dizer que nem mesmo a sujeira que meus bons amigos deixaram em minha sala, nem o cheiro de alho, nem a falta d'água, nem meu elevador quebrado, as ruas sujas, as poças d'água, acordar cedo, calor, nada, absolutamente nada tira de mim a alegria de ter você, de amar você, de ter você me minha cama, em meus braços, em minha boca.
O que vale mesmo nessa vida é ser feliz?
Pois se não acho a rima certa para dizer tudo que sinto de maneira bonita e poética, que eu diga então simples e direto: estou apaixonado, e estou feliz da vida por esse sopro de vida que é você ter trazido à minha vida o equilíbrio certo para não errar novamente, para dessa vez fazer bem feito...
And yes we've just begun, como diz uma boa música.
Um texto em construção para um sentimento tão bonito para dizer que sim, estamos vivos, e mais: nós apenas começamos. Se quiser seguir, pegue minha mão.

FÉ no futuro (passado)

...porque errar por amor não é pecado. Pecado é não viver; pecado é não amar; pecado é isso que temos, mas esse pecado é só seu...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

CONTECEU COMIGO!

_on the streets


abril, 2010 por luctavares em http://serenndipity.wordpress.com/2010/04/18/_on-the-streets/


Foi então que eu descobri. Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredon lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito. A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?


Tati Bernardi
E foi quase isso… Mas aconteceu que, no dia que os dois decidiram reduzir o nível de preguiça e tédio num lugar cheio de gente sorridente-suada-barulhenta, se encontraram.
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Nota deste blog: saiamos o quanto antes; celebremos, VIVAMOS!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Sopro de vida

rebelde - desesperado com o mundo - solitário - medroso - carente - é de quase um ano atrás mas parecia ser de semana passsada

Nesses dias em que tudo deveria ter dado certo, me desespero por me pegar pensando que uns dias serão bons e outros dias serão, inevitavelmente, ruins. Mas não deveriam ser assim. Os dias deveriam ser sempre bons ou, no mínimo, os dias deveriam ser menos doloridos por essa dor de tudo aquilo que deixei de fazer por medo, mais uma vez indo contra a minha natureza e, aí, morrendo mais um pouco na frente dos outros e debruçando-me em sofrimento quando estou comigo mesmo - sozinho - e minha consciência gritante mais que qualquer outra coisa morta ou viva na face desta triste existência...
É tudo tão superficial! Foi preciso, apenas, uma pequena perca para o paraíso ir embora e o mundo cair, o cinza tomar conta, o coração voltar a doer apertado e tudo mais.
Drama - teu nome é drama, nobre vagabundo.
Poderia dizer "que decepção com o mundo", mas não posso antes de dizer que a decepção é contra mim. A dor é contra mim, a frustração é por tudo que deixo de fazer por medo, incompetência, prudência com o outro... E a prudência com o outro é o pior de tudo: como é possível amar tanto ao próximo que não se pode ferrá-lo ou fazê-lo tomar no cu lindamente, sem pena nenhuma?
Ame a si, nobre vagabundo, ame a si, porque quem nasceu para Deus lá já está, lá já.
Até quando aguentarei sofrer pelos outros para que eles pisem em minhas costas cansadas? Não sei. Parece que já não há tempo. Há, ainda, o amor, que não se materializa por uma série de medos - mandingas de séculos atrás talvez - conspirações astrológicas físicas escatológicas, quem sabe, que fundidas fodem-me no mais profundo poço da solidão a dois, a três, a mil pessoas ao redor. Não falta amor; no fundo talvez faltem, apenas, seres humanos, artigo raro nesses dias cinzas coloridos por abraços artificiais, presentinhos de mentira e conveniências.
Sopra-me, oh vento que vem de não sei onde, e sopra-me vida, sopra-me coragem, sopra-me a luz divina para fazer o que é certo sem ter que sofrer mais um segundo... não morreu, Cristo, para me livrar de passar por isso?!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A caminho

É um caminhar com medo e no escuro, a passos curtos e milimetricamente tocados e trabalhados na ponta dos dedos de meus pés, e também na pauma, e no tato de minha mão quando houver alguma parede para me apoiar... e o aroma é de saudade mesmo, e de desejo, e de tristeza e essa dor fina em minha barriga; doem coração e barriga... Mas passa a dor e tudo mais - ora, passaram todos e novas coisas virão...
Hoje eu caminho sozinho, e isso significa que já não tenho a você, e tinha jurado para mim mesmo que não lamentaria isso muito menos procuraria por você... Bem, estou a caminho: até penso, mas não sei onde moras, muito menos teu telefone, e à hora que o coração chama, chá de capim santo, um bom livro, zapear a tv ou não - simplesmente me concentrar e não pensar em você. Ou pensar mas não ligar.
Essa máquina que é meu coração e o mistério que sou eu me surpreeendem a cada dia, e me alegram a cada dia - é possível manusear [ao contrário de você? - desculpe... eu não quero manusear você.]...
Pois bons dias a tudo e a todos - estou vivo, hoje acordei com um jeitinho no pescoço mas, que nada! Estou vivo, os problemas outros estão quase que no fundo da velha gaveta e você está na ponta de meus dedos, já entre eles e essa mesma gaveta, aberta, prestes a ser fechada, e você, guardada, talvez não na gaveta de problemas, porque já disse, você foi minha solução, mas antes numa gaveta especial, de passado; aquela de pretéritos imperfeitos.
Com a licença de todos que eu vou continuar meus passos no escuro, mas confioso e feliz por poder...

terça-feira, 13 de abril de 2010

"Até onde você iria para encontrar seu destino"

_perguntou-se...
"Até onde vão meus pés, e se eles cansarem, que sigam meus sonhos, até que me acabe a vida mas, ao menos, fique minha jornada..."?!
_respondi...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Nanda

Nanda - algum mês de 2009
Dentre tantas, a mais santa? Espoleta pequena, travessa? Uns olhos de cigarra, sempre atentos para o mundo e aquela tosse seca, o pigarro; uma pequena princesa.
Será feliz com aquele sorriso metálico?
Pernas secas, morena e cabelos repletos? A magrileza e voz igualmente fina, e aqueles cabelos vivos, cabelo de neguinha; olhar de questiono ao mesmo mundo, e sempre de olho, e sempre o cabelo solto, é melhor para disfarçar a vista? Ou será uma espiã pequena e não uma princesa?
É uma conspiração, imagino, é uma montagem, é uma miragem!!
Pois não, talvez antes seja só uma viajante com olhos de cigarra - que para tudo estão atentos, que para tudo estão ligados; por isso viajante, por isso aventureira... e ainda que seus olhos me digam que está sozinha, nanda de minha vida [!], morena pequena princesa, o quê mais nessa existência se não sua alegria?
Reina rainha desses segredos de não sei o quê, eu simplesmente não os quero entender... reina!
Nada sei, nanda, sei que muito me alegras, e basta. Reina!

Raivoso

Ao fim do corredor escuro, apenas da última porta havia uma fresta de luz, mas o som era nítido, uma voz bem mais ao fundo que o fim do corredor, e os socos na parede ou na porta, quem poderia saber... eles eram dele, certamente.
Procurou fechar os olhos, esse lado obscuro das coisas é melhor não dar ouvidos.
E bateu mais forte, e era sua voz que vinha do fundo do corredor; já não dava para rejeitá-la ou mesmo não ter interesse, era sua voz, dizia o outro ele... mas quantos de nós estão soltos? perguntou ao primeiro; vá até lá e veja quem é, respondeu um terceiro, e ele entrou corredor a dentro; e os gritos eram mais fortes, e a dor em seu maxilar também crescia, seu suor frio naquele ambiente quente era agora a umidade daquelas paredes tristes e sua voz ao fundo que faziam seu coração bater mais forte e por isso quente... Aproximou-se, abriu a janela, viu-se amarrado a uma camisa, de força?
_...porque eu queria rasgar você e achar os insultos mais violentos, e dilascerar sua carne com a minha unha roida e, absolutamente, fazer com que me vejas, fazer com que me sigas... Não entende que eu quero você da boca para dentro? Eu quero você, eu quero você, eu queeeeeeeeee...
Fechou a porta. Não aguenou encontra-se consigo, aquele era ele mesmo?! Fechou a janela e tapou os ouvidos, saiu correndo daquele lugar escuro, voltou a novamente fugir de si.
_Enfrente ele, dizia um dos outros;
_Vá lá e dê um jeito, disse o outro...
_Coragem, homem de Deus, dizia seu eu preso naquela sala clara e amoraçante, coragem...


terça-feira, 6 de abril de 2010

Rápido novo texto

Queria escrever o texto mais bonito do mundo para dizer que não amo mais você; uma grande bobagem para alguém que acredita num amor eterno em intensidades diferentes. Pois eu, que queria já não te amar na intensidade que hoje amo, queria também achar a rima perfeita para tocar seu coração e fazer-te sentir o que embriaga minhas veias e cabeças... mas hoje não tem rima, também não tenho inspiração, tenho somente esse desejo singelo de que passe logo essa 'profundidade' de você que eu tanto sinto para que, igualmente, tenha alguma inspiração e, aí, talvez, desenvolva a metragem perfeita para fazer o texto mais lindo do mundo e, enfim, partir para o próximo texto mais lindo do mundo; e também para o novo relacionamento mais bonito e também o mais romântico e, também, os relacionamentos e os dias, enfim, mais belos e apaixonados e felizes do mundo, e a dois, porque amar sozinho, já devo ter dito, só é bonito nas histórias e ão em meus dias cansados de estar à caminho.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Homenagem


Ao Cavelheiro Romântico- meu grande amigo poeta de Afogados da Ingazeira.


Tenho um sábio e jovem amigo, que cada dia me surpreende em me reconhecer melhor do que eu mesma.

Ele é de um senso crítico apurado, perspicaz, sincero até ao extremo...

Mas puro, nobre e um ser humano maravilhoso que me abre as janelas da alma com suas palavras que saem em tom de brincadeira ou não...

Contudo é a melhor pessoa que conheci até hoje, tem a coragem de me criticar na hora certa, abordando o tema "casquinha do dó-dói" na forma justa- leia-se aqui, que às vezes não aceito enxergar na hora, mas é só por fazer charme! No fundo, ele sempre tem razão, sou eu mesma quem me derrubo sozinha! Vejam, só do que ele foi capaz! Estou adimitindo um ponto fraco!

Esse cavalheiro romântico que se entitula assim mesmo "romântico" não tem reservas de si mesmo e nem com ninguém, é discreto, mas sabe temperar a amizade com gotas de felicidade e solidariedade, com olhos infantis, mas com a maturidade de um grande e humilde homem. Jovem, mas maduro!

Ele me mostra a cada momento, que devo sim viver a vida como ela é, como ela se mostrar para mim e como ela deve ser.

Com ele aprendo a cada instante, o sabor das traquinagens que nunca fiz- Mas veladamente, vivia querendo fazê-las!

Aprendo que eu sou a única pessoa que posso mudar e dar rumo ao que penso e acho da minha vida e ninguém tem nada a ver com isso, desde que eu seja fiel a mim mesma, não use meios excusos para exercer o direito de ser eu mesma e acima de tudo, está me ensinando a me amar, me aceitar como sou e a administar meus sentimentos, angústias e alegrias de forma leve e jovial.

Ele me devolveu o sabor da juventude através da sua amizade, do sorriso sempre maroto, mesmo com olhos de profunda tristeza, secretamente escondidos por esse mesmo sorriso; Quando seu peito arde e sua cabeça gira com tantos engasgos e ele mesmo quando silenciosamente grita ao mundo que ele também sofre... muitos não notam, então com muita classe, dignidade e aceitação, habilidade e acima de tudo, muita honra consegue dar a sua volta por cima e se sair vitorioso! Sempre que possível, pois nasceu vencedor, nasceu para brilhar no coração de Afogados da Ingazeira.

Meu menino poeta, meu amigo de todas as horas, ganhou minha confiança com uma baita bronca que me passou, mas se ele tivesse naquela hora sido omisso ou mesmo hipócrita e me acariciado ao ego, jamais essas palavras hoje saíriam de minha mente e seriam postadas nesta página.

Destesto gente falsa e bajuladora que fala de mim pelas costa! Que me torturem com a mais rude das verdades, mas jamais me iludão com a mais suave e doce mentira.

A você meu "Cavalheiro de Armadura Reluzente" - Salve Jorge! Seu Santo Protetor! E que digam os Caetaneadores:

"Vestido com as roupas e armas de Jorge!"

Suri.



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Nota deste blog: que honra!

sábado, 27 de março de 2010

Restos dos dias

Fiz tudo do jeito que você gosta, e também do jeito que eu achava que você gostava; e deixei a barba mal feita, e cheirava a suor, mas suor levemente salgado, e só um pouco, para o mundo não perceber seu cheiro preferido que é só seu e não está disponível para o mundo. Também amarrei as horas todas para que todas elas dessem em você; maestrei tudo, enfim, para que viesses a mim e amasses a mim como antigamente, mas você se foi e nem olhou para trás e minha segurança foi junto, e minha auto estima também, e a esperança e tudo mais que de bom me restava, inclusive a esperança, já disse... Foram-se, todos. Só ficou uma dor de fome enorme e eu acordei rodeado de migalhas; eu acordei? Mas ainda com tanta fome de amor que essas coisas poucas mas honestas que você me deu eu vomitei, não digeri, então a dor era fome e eu chorei por as coisas serem assim, eu não queria que as coisas fossem assim, e me envergonhei por as coisas serem assim, porque o amor romântico pode ser bonito nos livros mas não é tanto na vida real, e eu estou sofrendo. E aí eu concluí que o melhor é desistir de nós porque meu amor ingênuo e romântico, fresco, não está para sua alma elevada e calma, minha alma está para a revolução sem causa da juventude enquanto sua alma está para a burocratização de oito horas de expediente mais três de hora extra com duas para almoço, o que totaliza quatro horas de ônibus, duas para vir, duas para ir, o que proporciona cinco horas intensas e mal dormidas de sono, o que torna, finalmente, sua alma velha e cansada para a revolução fresca e passageira de minha alma jovem.
Você está velho,
você tem toda razão do mundo.
E o céu também chorou comigo quando eu senti a fome, nessas noites de quarta-feira que parecem não ter fim, malditos minutos pesados que se parecem com dias quentes e secos num deserto repleto de tempestades de areia e terra em meus olhos secos, sem horas para sono nem descanso, malditas horas em que estou sozinho; interminaveis quartas onde até o céu entendeu que eu desistir de você  é como me arrancar qualquer pedaço que muito me faria falta se arrancassem de verdade; mas tão bem o céu também entendeu que eu sobreviveria - sim, ele disse, dói mas você sobreviverá...
E a noite toda eu chorei... Também chorei ao rever-te, mas o amor vingativo só é bonito nas telas. Eu te dei um beijo na testa, mesmo distante quilômetros de distância como agora estamos, mas dei, por tudo que você me ensinou; e desejei que seus pais não morram tão cedo, para você tenha de quem cuidar por muito tempo; e que o outro igualmente não morra tão cedo, para você também ter mais de quem cuidar; e que o outro também te tenha mais tempo e igualmente tenha mais anos de vida que você, para que, caso morras primeiro, pelo menos não sintas o que é ficar só, e que já no céu voltes a cuidar dos teus e novamente faça o que te faz feliz; e dei um beijo, finalmente, para dizer que, se, um dia, finalmente, todos os outros forem primeiro que você e aí ficares só, inclusive o sono e o cansaço se forem - quando não houver mais desculpas e finalmente tiveres tempo para mim porque não terás com quem mais importante gastar tempo, aí me procure que eu vou abrir as portas de minha vida para você e vou amar você com gosto de saudade e abstinência na boca, e depois vou cuidar de você e vou tentar viver nessas horas futuras, restos dos dias, o que hoje não teve tempo de me oferecer, você; ou disposição ou qualquer coisa do tipo que agora não importa porque você ficou para trás como aquelas lágrimas de quarta-feira que eu chorei só porque amei você demais e por isso você não entendeu muito ou simplesmente teve medo.
Mas eu ainda amo você. Só não quero mais amar.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Mentira ou verdade?

Texto das antigas - dias de crise

Desisti de nós: desisti de esperar, desisti de te incomodar, de te ligar em vão e meia dúzia de coisas minhas em sua vida que te incomodam tanto... desisti de todas elas e de nós também. Desisti de tudo e, se quer, entreguei a Deus, entreguei antes a não sei o quê para ver se no meio do nada esse amor igualmente se perde, igualmante nada, e não volta. Também tirei a barba, e não vou deixá-la como gostas, nunca mais. Antes, deixarei do jeito que não tem que ser. Também vou rir mais alto para ver se não me ouço acabado por dentro, com fome; e vou rir para enganar você e você achar que es estou feliz quando eu estiver rindo alto para esquecer você. Você, sempre você!
Vou tentar a contra gosto, enfim, acordar um dia e não pensar se hoje terei você, porque é de conta gosto que deixo de viver esse que é meu melhor sentimento nesses últimos anos; você, sempre você, a pessoa mais querida; esse amor o que deu ânimo à minha vida, e nosso sexo um sopro bom de vida em minha vidinha mais ou menos, porque isso tudo é viver, não dormir, apesar que adoraria dormir com você... Ou não. Não quero mais, desisti, por um instante esqueci mas já lembrei: desisti.
Antes que te ligues também apaguei os celulares e messenger. E antes que te aceites quando me quiseres, ando rezando todos os minutos para que Deus pai todo Poderoso, Oxalá ou o capeta me dêem força para dizer-te não, nossas horas já se foram, há seu verdadeiro amor, família e trabalho que mais te necessitam do que eu, favor ir cuidá-los... E um dia, no fututo, se por acaso teu amor morrer primeiro e seus pais igualmente se foram e estiveres só, aí procura-me, porque juro, e amo assim a todas as pessoas que já jurei amor, apesar de nenhuma delas crer, mas juro a você como jurei a elas - voltas para mim quando não tiveres mais ninguém que eu vou abrir uma gaveta de meu coração e arrancar o amor do fundo dessa gaveta empoeirada e esquecida e vou dá-lo você, e você, sempre você, a mim, e cuidarei de você e vou querer-te bem e, ao menos, vou cuidar para que, emfim, ao menos de lá em diante sejamos felizes.

sábado, 20 de março de 2010

Resumo da ópera

Escrito a mão, num guardanapo em meio aos outros.

"é de um amor numa intensidade que me dá medo e, ao mesmo tempo, me faz sonhar ; é justamente por ser intenso que me amedronta: e se fizerem por desmerecer ao meu amor? 
Mas que nada, penso, tirando a ânsia de vivê-lo, o amor só me faz bem e me dá segurança de que estou vivo e esperança de que, bom ou ruim, como você, outras virão, e nas próximas vezes saberei fazer diferente e melhor; a esperança de estar vivo, de poder fazer mais, tudo me deixa feliz; estar vivo, sentir-se vivo me deixa feliz; e apenas é lamentável pela correspondência mínima de você, mas ainda assim, tudo é suficientemente doce para amar você e ponto!
O amor, já disse, é para os fortes, e somente não correspondê-lo pode me deixar fraco, mas por pouco tempo, pois se queres saber de verdade, eu te amo e ponto, e fora isso tudo mais que vem com esse amor, tudo é detalhe, tudo, e sem a menor importância, porque o amor é nobre, logo sou nobre de ter esse sentimento em meu coração; e mesmo que não o tenhas, só há dois caminhos: desistir ou ensinar-te - primeiro te ensino - se você deixar - depois te deixo.
Um bj"

Pequeno príncipe pode ser você ou eu - Hoje eu

Em construção

Não corra, pequeno príncipe! Muito menos te afobes ou esmureça... Essas coisas de coração são...

Ainda à velha Luc


No meio de uma crise de tristeza, em meio às calçadas tristes da rua da Saudade, a olhar todas aquelas flores rosas e delicadas...
Quem disse que da dor não se aproveita nada? E o que são, então, essas tão belas flores? Esses tão belos cachos carregados de espinhos floridos? Nossa experiência, nossa força a mais para aproveitar a vida e encarar o amor, acreditar no amor... Sim, hoje eu acordei um pouco mais forte do que ontem e incrivelmente carregado de flores e esperanças - são os frutos daquela semente amarga e espinhos das confusões passadas.

Depoimento

Abstinência de dez dias.
Iria começar pedindo desulpas, pela milésima vez,  pela insistência e ligações, mas antes queria tanto que saboreasses a dor em meu peito que é essa saudade sua para entender o que eu também não entendo direito se é amor ou obcessão ou doença ou engano; e, no mínimo,  teres pena minha e quem sabe me dar um pouco mais de você e do tudo que é teu...
É, eu confeço que deixei o orgulho de lado e quero migalhas mesmo, seu cuspe me basta, cinco minutos seus, já disse; eu me rastejo, eu me humilho, eu não tenho mais nada nessa vida se não tenho você.

Sou sua,
Só sua,

Sua e usa.

Ousa.

Modalidades de saudade

Esperei pacientemente suas ligações nessas horas de sexta que não vieram; também esperei um gesto qualquer, autorização tua para meu, mas você não veio, se quer mandou qualquer sinal, acho que mal nos pensamos, embreagados de trabalho, família, compromissos outros que não nós. É certo que meus olhos continuam a fugir dos seus, mas meu braço deseja o seu, minhas pernas as suas, minha boca você e tudo mais que é meu deseja o seu, sem delongas. E é mais um fim de semana de saudade, depois de mais uma semana de trabalho desgraçado e aulas enfadonhas, seguidas de noites quentes de calor mas frias de amor e solitárias, como tudo mais que tem sido essas coisas... essa casa, essa cama... Esses dias banhados de minha confusão esperançosa e desejosa, e saudade, acima de tudo...
Mas não é verdade, mesmo que pareça frio, é, antes de tudo, tudo mentira minha para ver se sobrevivo a essa saudade toda; o que eu queria mesmo era acordar esperançoso e bem de verdade, não na aspiração disso, mas em vias de fato, mas ainda eu não consigo, porque o meu acordar é como o do condenado à perpetualidade, é saudade que ele tem de algo que ainda é possível mas está longe e improvável, é amar abandonado e no escuro, incerto, amar com medo, vivendo de saudade e sofrendo pacientemente, enfim... Amar sozinho é definitivamente sofrível e destruidor, não amar sozinho mas amar a essa incerteza que é você, e eu que me contento com tão pouco.. Sim, é verdade, eu ainda sofro...

De saudade.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Boneca e pássaro - viva e deixe viver.

Por Nana Lima, em algum mês de 2002

Dedique-se ao trabalho como o pássaro dedica-se à liberdade de suas asas e fuja desse sentimento bom e amável que poderias viver; fugir, meu caro, é isso que é o seu viver, meu nobre amigo e amante de não sei o quê. E viva às migalhas de amor que somente o outro pode te dar, ou os outros, assim que queiras; e beba e dance em seus fins de semana, eterno fugitivo de problemas nossos; alimenta-te de migalhas, já disse. No olhar de poucos isso é viver mas, danem-se os outros, se o mais importante é o que sentes, e somente assim tu és feliz e ponto. Por isso, calo-me, e vivamos!
Eu, ao contrário de tu, sofro e me desespero porque quero sempre mais do mundo e de todos; é a sede da juventude, não foi isso que dissestes dias atrás?
Quem pode dizer o que é bom para a gente se não nós mesmos, que efetivamente sentiremos na pele a consciência de nossas escolhas? Eu escolhi amar e entender, e desesperar um pouco menos. E acreditar mais nos outros e tentar viver, puro e simplesmente, enfim, diferente de você que ainda tanto amo; viver é mais e mais e mais...
Mas trabalhe muito, ame seus papéis e planilhas, ame seu dicionário e tudo mais que de objeto tiveres, quem sabe eu não me encontro em meio a suas bonecas de luxo?

Dedique-se ao trabalho

solidão de AMOR.

Porque depois daquela inundação de vida em meu coração veio a calmaria de silêncio que partiu de dentro de sua boca, e nisso eu realmente estou...