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segunda-feira, 9 de junho de 2008

O sopro - as esperanças de domingo na mata de Brennand

Corro depressa e o vento brinca com minha barba de três semanas.

Que gostosa a sensação de liberdade e tudo, que agora se segue: minhas pernas finas correndo em direção a não sei onde, cheiro bom de terra molhada e planta, ninguém a não ser eu e os seres da mata, um sonzinho bom e o pensamento, arrependido pela coragem que não tive de dizer o que sinto:

_ Gostaria tanto de voar, mas meu vôo é breve; é rasteiro, é pequeno, é... O meu vôo é um sopro, é contorno em volta de sombras que não existem, que não vão nem chegam, porque simplesmente não são, pura e simplesmente não são.

Paro.
Continuo:

_Gostaria de mergulhar rasante na sua vida, na vida dela e do outro também, mas minha coragem, amor, minha coragem é medrosa, minha força é fraca, minha forma de amar é separada, solitária, distante, gelada, apesar de renegar todos esses fados, todos eles, amor...

Respiro.

_Me perdoe amor se passar pela sua vida como um sopro que passou e pronto...
"É só isso"?
Não amor... Poderia ser mais, quem sabe quando eu aprender a voar...

Um dia eu aprendo, amor...

Mau humor de sábado

O destino:

_Junte num coração confuso meio quilo de cansasso acumulado, mais algumas gotas de decepção, outras tantas de incerteza, uma pitada de saudade e só um pingo de decepção por o mundo não ser cor de rosa.

_Está feito seu sábado de manhã... Hahahahahaha!

Eu, a caminho do futuro, ou voltando dele (nem sei mais), mas de volta para o lar, no meio da rua, à chuva, sozinho, paro, olho para o céu e penso:

_O céu derrama as lágrimas que eu não tenho coragem de derramar.

Caminho calado, embaixo da chuva.

Recado

O celular está ligado;
O celular está sempre ligado;
O celular está diretamente ligado... a mim...

Você sabe muito bem disso, melhor até do que ninguém, melhor até do que eu mesmo.

Mas não cometa, como eu, esse erro absurdo: não dependa do aparelho para chegar a eu, porque esse mal, meu bem, só nos faz esfriar as relações...

A vida é tão viva no dia a dia, mas perde gosto e calor se vivida ao telefone.

Os meus poros estão abertos, bem, por isso não espere nada para manter-me perto de ti... O amor, por mais sereno, tem pressa, tem sede de ser vivido plenamente antes que... não tem mais tempo.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Confuso

_Não adianta perguntar o que vem depois, diz ela, meio sem graça enquanto observa o céu escuro de núvens carregadas de água.

_Não adianta! Agora ri para mim.

No pequeno espaço que percorremos, aliado aos dez minutos diários de contato que estabelecemos entre um intervalo e outro, restam-me as dúvida, todas, de que tudo isso não passa de amor reprimido. E eu, pobre criatura especialista em drama-melancolia, vítima de minha própria solidão e das brincadeiras da vida; eu não sei o que pensar. Se bem que sei o que fazer, mas com medo de uma nova ferida, termino por me perguntar: valeria a pena tentar?!

_Claro que sim, ainda que eu não saiba o que é. Tá pensando alto é, me conta! Diz ela, com seu sorriso de menina.

Eu e minha mania de pensar alto: termino me prejudicando e me entregando! Mas a malícia da vida me ensina também a pensar rápido e contornar as situações. Que paradoxo: do idiota que entrega de graça o que pensa ao espertalhão capaz de enganar o mais perito dos seres! Esse sou eu?

_Que nada! Estou um pouco preocupado aí com os rumos que minha vida toma. meus pais brigados, um mês sem fazer sexo, dois meses sem beber uma grande... Tá pensando o que, que eu sou de ferro, é?!

Que idiota me sinto agora! Expondo minha intimidade para uma mimada que mal conheço e que...

_É claro que vale. Tudo vale. Na busca pela felicidade, toda forma de tentar é válida! Agora ela me olha com aquele ar de "auto-ajuda" que me destrói não pelo olhar, mas pelo vômito pronto que era tudo que eu não queria ouvir. Engulo a gosma e emendo:

_Sabe que você tem razão?! Meu Deus, o que seria de mim sem você?! Eu disse isso, penso, enquanto que me dou conta: estamos parados no meio da rua, ela com a mão em meu ombro, eu com duas sacolas de plástico na mão, ela vermelha até a alma, eu começando a suar frio, sua mão escorrendo gelada em direção contrária a mim e eu esperando uma resposta. Esperando, esperando, esperando...

_O que vem depois?! Perguntei. Pronto! Não consigo me controlar mais, será a esquizofrenia?! Meu Deus, quero logo sair daqui...

Silêncio ensurdecedor.
Segundo de duração eterna.
Oxigênio que nos falta.
Olhares que fogem um do outro.

Que chão interessante, cadê o bendito celular que não toca?! Poderia passar alguém, um raio poderia cair, quem sabe se dissermos adeus, o que fazer, o que vem depois?! Muito confuso...

Silêncio.

A rua vazia, a chuva fina, os postes vermelhos que com a massa de chuva tornam tudo mais charmoso apesar do frio abafado que ainda nos faz suar. O gosto salgado que se concentra no lábio superior da boca, a língua sedenta de outra língua, mesmo os hormônios todos desejosos por amor. E aí ser um homem, que deseja desesperadamente comer para mostrar-se, saciar-se e mostrar que fez; ou ser um Homem e querer bem, querê-la bem, sem se preocupar com o que os outros vão pensar?!

_Melhor eu ir. E lá se vai depressa.

E aí eu pergunto: suas bolsas!
E aí eu penso: se não é amor...

E em ambos os casos, uma única resposta, ou melhor, a falta de resposta...

INVEJA BOA

Invejoso de uma pérola que acabei de achar (www.domingodelori.blogspot.com), dou esse presente para nós: Clarice.

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Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:

- E daí? Eu adoro voar!

Não me dêem fórmulas certas porque eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim porque vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual porque, sinceramente, sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre...

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(nota minha: quero muito voar...)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Explicação (inspiração por pedaços)

Por que não respeitas meus altos e baixos?
Longe de querer ser ditador
Quero antes de tudo um pouco de amor...

A esquizofrenia que embriaga e engana é nada se comparada ao mundo do qual venho e que mal conheces apesar de achares iludidamente que conheces...

Você não entende nada, mas não caia, porque não reclamo por seres assim, reclamo porque só preciso de afago e carinho.

Carinho... carim.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Instantâneo

Um passo e outro, desviando da chuva e das poças, todas; e na frente as pessoas queridas em meio às desconhecidas. Um segundo e o problema se resume a um: o que dizem, o que acham de mim, o que sinto agora, o que será de mim...

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Aquilo que flutua pesado na superfície fina que cobre o meu corpo e capta o mundo;
Meus poros e a pele seca e enrugada do sol do meio dia, de angústia, de melancolia;
O mistério de sentir o mundo estranho e não achar explicação;
O absurdo de querer crer em coisas que talvez seja melhor não crer.

A confusão desse coração solitário e eternamente machucado, carente e esperançoso de que o amor nos tome e vivamos felizes para sempre...

O que vem depois, pergunto, perplexo ao me deparar com a vida e o mais confuso de seus temperos: a crise. Seguida do medo e inveja e incerteza e solidão.
Deu-se o caldo desse caldeirão borbulhante de coisas inexplicavelmente dolorosas mas saborosas. Minto: coisas incômodas mas deliciosas.
E tudo que se segue mais a esperança, e também o celular, que vibra no bolso e que soa agora como a garantia de dias melhores para sempre; e depois o engano pela ligação ser qualquer uma menos a que se gostaria de ter, e aí os limites da loucura que te estressam e te fazem balançar na base...

Tudo conspirando para que nada fique certo e você naquele segundo de crise, sem palavras, esperançoso também pelo próximo momento?!?!

O que vem depois?
O que vem depois?

A lágrima salgada?
O suor pegajoso que brinca em minhas costas?
O frio na barriga?
A mão que treme inconsolavelmente?

A crise...

O limite da loucura é a lágrima doce e nua, já despida de qualquer preocupação, temor ou tudo.
A lágrima doce...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Adeus amor!

Apaixonado!

Apaixonado por Tereza, por Joaquina, por Marinês, por Justine.
Apaixonado por Maria, apaixonado até por João...
Apaixonado pela vida, apaixonado por estar agora
Apaixonado por tentar e às vezes acertar e outras vezes errar

Quantas vezes? Duas, três, cinco vezes ou mil?
De que importa que eu erre? Eu estou vivo!

Não veio com manual, amor; mas se serve de consolo, o manual se constrói.
Sabe aquela ferida, meu bem?
Está intacta!
Não a casca, porque essa o tempo sara, mas a marca, meu amor; ah, a marca!

A marca está marcada e para sempre marcará aquela hora
De certo que, de outro ângulo poderia ser acerto, mas a vida, minha amada, a vida tão ingrata nos faz cometer erros atrás de erros e, coitados, nos achamos tão certeiros, tão corretos, tão seguros do que acreditamos, que esquecemos de amar, que esquecemos de sentir, e perdemos o mais importante: viver.

Adeus meu bem. Já é tarde. Olhe pra frente, meu bem: veja! É a caravana da vida, qe lá se vai, e já é tarde por demais!

Adeus amor, nos encontramos, quem sabe, assim que der... Já errei tanto, meu bem, que não tenho mais paciência para passar um único segundo parado no passado!

Adeus meu bem. Um dia, se nos encontrarmos, quem sabe mais maduros ou mais sedentos de desejo, nesse dia que nos encontrarmos, quem sabe não retomamos de onde não tivemos coragem de partir? Ou se tivemos, quem sabe não retomamos o que amistosamente iria vir se não fossemos todos tão...

Adeus amor. Já é tempo.

O vidro da janela (A viagem)

Pingos humildes embaraçam o pedaço frio, a lâmina de vidro que me separa do mundo e embriaga tudo.
Os postes, ao fundo, e suas lâmpadas vermelhas contrastam com a fascinante brincadeira de quebrar a luz que a água faz e eu, protegido da água pelo vidro da janela agora aberta para que nada passe, nem mesmo as gotas singelas de água pura misturadas com poeira que não se confundiram nunca com minhas lágrimas de tão puras que ainda são, todas; tudo isso conspirando com o meu momento de contemplação singela, e de esperança:

_Se quebrar, oh Deus, àquela rajada de luz a simpática gota de chuva; se quebrar, um arco-íris há de criar?

Pra que a pressa?

O Trânsito não te deixa evoluir, apesar de tentares insistentemente e por todas as frentes.

O trânsito que não te deixa evoluir pelos sinais se fecham, todos, a cada momento que andas mais um pouco. Um pouco... e pouco.

o caos

deslizo calmamente pela vida, meio que sem vida, mas com um certa vida que vem não sei de onde... vivo, caminho, caótico, doloroso, feliz, triste.

Tudo junto, como sempre, meio dramático, meio inexplicável, meio inacreditável, meio desesperador e irreal para quem não sente na pele.

E subo...
E desço.

O TRâNSITO ENLOUQUECE
O CORPO DóI
AS COISAS PERDEM UM DIA A VALIDADE
OS APARELHOS QUEBRAM
O AMOR ACABA
NEM TUDO FUNCIONA DE VERDADE
O NOVO ENVELHECE
AS CARTAS ERRAM
A VIDA PASSA LENTA SEM VONTADE
OS APARELHOS QUEBRAM
O AMOR ACABANEM TUDO FUNCIONA DE VERDADE
A MáQUINA DESLIGA
A TINTA SOLTA
O ESPELHO PERDE UM DIA A VAIDADE
OS APARELHOS QUEBRAM
O AMOR ACABA
NEM TUDO FUNCIONA DE VERDADE
A MODA PASSA
A MALHA ESGARçA
ACABA A GRAçA E A NOVIDADE
O TEMPO CORRE
A ROSA MORRE
NEM TUDO FUNCIONA DE VERDADE
A ROUPA SUJA
O FERRO ENFERRUJA
A DOR SOBREPUJA A FELICIDADE
A BARRIGA CRESCE
A MAçã PERECE
NEM TUDO FUNCIONA DE VERDADE

...

(Nem Tudo Funciona de Verdade: Tenison Del Rey e Gerson Guimarães)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Insatisfação total - memórias de um fatídico domingo à tarde

As águas do rio correm tranqüilas apesar da violência da chuva de tudo que me inunda e me afoga, e me batiza acada dia: o novo homem, do novo homem, do já não mais novo...

De novo e de novo... e apesr da mutação, apesar do fluxo normal, apesar de tudo, a insatisfação com a vida é total e a solução de tudo se resume a um: amor.

E de um ao todo: preciso amar como antigamente.

Não inocente, mas profundamente, transparente, amar de alma, profundo.

Amar pelado, sem pudor, sem vergonha, sem pensar em depois: por hora. Agora!

Páginas do passado

Caminho perdido e triste
Em busca de inspiração
Depois que caiu meu mundo
Eu caminho mudo
Por monturos Sujos e tristes
Vazio


Em busca de sentido e ritmo.


E o singo... do passado constante, que bate a porta do muro e ameaça atacar-me a qualquer momento apesar da falta de coragem mútua... o passado volta? Ou passado é passado?

terça-feira, 20 de maio de 2008

Quero escrever...

Fluxo interrompido
Loucomotiva quase lotada
Calor friozinho apesar das chuvas abafadas

Sentado no fim do carro eu penso nas pessoas, penso na vida, penso na dor e na ferida.

Que sensação interessante é essa que sinto agora, esse misto de decepção e medo, vontade e desejo, tudo... Tudo!

O que me importa?
O que eu realmente penso?

Às vezes acho tudo insuportável, mas ainda tudo foi tão pouco que certamente suportaria mais.

Suporto mais.

Ainda esperançoso de que tentando vai ser gostoso e enfim, eu chego lá.
Eu chego?
Eu chego!
Eu só preciso de organização e tempo. Tempo. Tempo...

Tempo.

Pateta - Viagem à Disney

Deu vontade de escrever, simples assim, as baboseiras e cafonices dos outros; minha absoluta certeza e convicção, o castelo de areia que a onda vem e destrói em segundos. O choque térmico dos pés aquecidos à cama quente que pisam, assutados, o chão gelado...

As verdades do mundo
A mentira inocente
A carne crua e a lâmina fria que amedronta mas excita, embriaga, dá coragem suficiente para querer matar de dor. Ou de amor...

O limite do ódio
O passo para o amor

O mistério de saber as coisas mas, pra que querê-las prontas se o segredo é aprender... As feridas não são tão ruins apesar do sangue derramado.

Vermelho... Vermelho...

Eu

Não tenho VERGONHA de ser o que sou.
VERGONHA MAIOR sinto do tipo de gente que tenho que enfrentar no dia-a-dia: PESSOAS HIPÓCRITAS, que variam de OPINIÃO usando a desculpa de "METAMORFOSE AMBULANTE".

Mas O QUE É A VIDA se não a COLHEITA de coisas boas e ruins?

As PESSOAS são inevitáveis, mas me resta a opção de ESCOLHER... Por isso, ESCOLHER É O QUE ME ALEGRA... Descobrir com a convivência QUEM SÃO as pessoas e o que DE BOM (ou não) esconde-se por trás das máscaras; e mais ainda: REPUDIAR AQUELAS que disseminam o pior dos DEFEITOS: O PRECONCEITO.

VOCÊ está preparado para mostrar o que há por TRÁS de SUA MÁSCARA?
VOCÊ está preparado para ENCHERGAR o que se esconde por trás de MINHAS MÁSCARAS?

SOU O QUE SOU
Errando e aprendendo
E O QUE É A VIDA, Se não um amontoado de descobertasàs vezes TORTAS...às vezes DELICIOSAS...

O QUE NOS RESTA se não vivermos, aprendermos, e, DESESPERADAMENTE SERMOS FELIZES?

A vida é agora...O resto... OUTRORA!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Momento...

O que sinto nesse exato segundo?

Um frio denso e tenso que me toma a barriga, toda, e enlouquece tolo esse bobo. Bobo! Ansiedade pelo próximo segundo, o desejo de ter atenção e minutos... atenção... sentido. O próximo segundo, a ansiedade e o próximo, e o próximo e o próximo. Ansiedade: não tem fim?


O que sinto nesse exato segundo? Passos incertos acompanhados de uma divina solidão que é tão necessária quanto o ar que respiro e tão amedrontador quanto o bicho papão que embriagava minhas noites de sono enquanto menino..


Opa! Aprendi que o bicho papão não existe e eu sim, mas sem o ar eu não existo...

Bum

Engarrafado, ando cinco palmos por minuto.

Decepcionado,

Frustrado,

Abafado e cansado...


Queria estar bêbado de álcool, mas estou bêbado de sono, como todos esse pobres zumbis que trabalham para dormir e dormem em qualquer lugar pra mais tarde trabalhar... Que infelizes, somos.


Socorro!


Estou me perdendo muito rápido dentro de mim mesmo; preciso achar o que finalmente faz de mim alguém feliz. Esse que eu achar será realmente eu, porque esse me satisfará apesar dos trânsitos no coração e no asfalto: incertos e traiçoeiros...

O avô e o menino

Três horas e pouca, não é manhã de domingo. Da janela embaraçada do ônibus, vejo o menino.

Vejo um velhinho.

Vejo muito amor.

Verdadeiro calor.


As mãos cansadas puxam a cordinha.

Os pés exaustos do dia freiam bruscamente.

Vai pra frente não somente o velhinho, mas também todos os presentes.

Todos!


Desce na frente o velhinho.

E por trás desce o menino.

Desce também o meu sono, meu vício, minhas tristezas e desatinos.

Tudo em mim se volta para olhar pela janela o encontro de carinho.



A mão cansada de tanto carregar os fados agora abraçam delicaos uma mão tão cheia de futuro...

Os olhares se cruzam, cúmplices.


E no meio do calor da selva de concreto;

Em meio ao barulho que enlouquece, os buracos fundos, à sujeira e às pessoas;

Em meio ao mundo duas almas se encontram, se seguram, se completam:

Com um simples olhar.



Um apertado encontro de mãos

A segurança de estar junto, já que antes só separados pela catraca.

E agora juntos

Seguros...


E o abraço para matar de inveja alguém que há tempos vaga perdido na selva da solidão.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Quem pode explicar

O céu está azul e tranquilo, como naqueles filmes perfeitos ou nas mais agradáveis cenas de novela. Há quanto tempo não acho tempo para assistir novela?!

As poucas núvens no céu parecem brincar com a criatividade dos mais inspirados, as fomas singelas, engraçadas, exóticas: é um elefante, parece a areia da praia... é uma floresta vista de cima, é um pedacinho de algodão.

O sol forte de sete e meia me impulsiona a sair do abrigo e me aquecer em meio ao tempo. O tempo...

Mas a inspiração me falta e por isso me volto a minha toca.