BlogBlogs.Com.Br

Pesquisar este blog

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O sopro - as esperanças de domingo na mata de Brennand

Corro depressa e o vento brinca com minha barba de três semanas.

Que gostosa a sensação de liberdade e tudo, que agora se segue: minhas pernas finas correndo em direção a não sei onde, cheiro bom de terra molhada e planta, ninguém a não ser eu e os seres da mata, um sonzinho bom e o pensamento, arrependido pela coragem que não tive de dizer o que sinto:

_ Gostaria tanto de voar, mas meu vôo é breve; é rasteiro, é pequeno, é... O meu vôo é um sopro, é contorno em volta de sombras que não existem, que não vão nem chegam, porque simplesmente não são, pura e simplesmente não são.

Paro.
Continuo:

_Gostaria de mergulhar rasante na sua vida, na vida dela e do outro também, mas minha coragem, amor, minha coragem é medrosa, minha força é fraca, minha forma de amar é separada, solitária, distante, gelada, apesar de renegar todos esses fados, todos eles, amor...

Respiro.

_Me perdoe amor se passar pela sua vida como um sopro que passou e pronto...
"É só isso"?
Não amor... Poderia ser mais, quem sabe quando eu aprender a voar...

Um dia eu aprendo, amor...

Nenhum comentário:

Postar um comentário