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terça-feira, 3 de junho de 2008

Instantâneo

Um passo e outro, desviando da chuva e das poças, todas; e na frente as pessoas queridas em meio às desconhecidas. Um segundo e o problema se resume a um: o que dizem, o que acham de mim, o que sinto agora, o que será de mim...

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Aquilo que flutua pesado na superfície fina que cobre o meu corpo e capta o mundo;
Meus poros e a pele seca e enrugada do sol do meio dia, de angústia, de melancolia;
O mistério de sentir o mundo estranho e não achar explicação;
O absurdo de querer crer em coisas que talvez seja melhor não crer.

A confusão desse coração solitário e eternamente machucado, carente e esperançoso de que o amor nos tome e vivamos felizes para sempre...

O que vem depois, pergunto, perplexo ao me deparar com a vida e o mais confuso de seus temperos: a crise. Seguida do medo e inveja e incerteza e solidão.
Deu-se o caldo desse caldeirão borbulhante de coisas inexplicavelmente dolorosas mas saborosas. Minto: coisas incômodas mas deliciosas.
E tudo que se segue mais a esperança, e também o celular, que vibra no bolso e que soa agora como a garantia de dias melhores para sempre; e depois o engano pela ligação ser qualquer uma menos a que se gostaria de ter, e aí os limites da loucura que te estressam e te fazem balançar na base...

Tudo conspirando para que nada fique certo e você naquele segundo de crise, sem palavras, esperançoso também pelo próximo momento?!?!

O que vem depois?
O que vem depois?

A lágrima salgada?
O suor pegajoso que brinca em minhas costas?
O frio na barriga?
A mão que treme inconsolavelmente?

A crise...

O limite da loucura é a lágrima doce e nua, já despida de qualquer preocupação, temor ou tudo.
A lágrima doce...

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