É preciso ter coragem, e tudo mais, mas como, se só?!
Pois caminhe sozinho por essas estradas da vida, leve pedradas daqueles que não te endendem, sacie apenas com suas saliva e lágrimas, tenha poeira como companhia... e ainda assim qual será o segredo para não desistir de tudo e dar um fim?
É pesado esse fardo, e nem sempre dá para ser sempre forte; hoje eu já não estou forte.
domingo, 13 de junho de 2010
Transparente
Pois se quer saber eu vou encontrar forças para não me mostrar a mais ninguém. Igualmente vou controlar-me em tudo para não dizer mais do que devo nem oferecer mais do que queiram... Não vê que sou mutante porque sou sozinho no meio de uns tantos diferentes que insistem em ser iguais? Pois ao teu nome no msn ou orkut meu pensamento e todas as forças de meu corpome impulsionam até a barra de tarefas onde poderia te dizer qualquer coisa boba e começar de onde parou quando... quando.... quando nem eu lembro bem quando.
Pois anote, porque quando eu erro por diversas vezes eu me machuco. Sim, eu me machuco ao mandar-te trinta mensagens e obtenho uma resposta ríspida, ou um sorrisinho bobo, ou nada, como vem sendo nesses dias. Ouça: eu não sofro tanto, minha alma que é muito exagerada, mas agora eu já sei que charmoso mesmo é ser intenso, não exagerado. Por isso meus passos de agora em diante serão equilibrados e claros, harmoniosos como o bicho da seda, lento, paciente... mas ainda transparente. Mas triste: isso que te assusta nada mais sou que eu - cada pedaço sou eu, melhorado (achei), mas se não sou melhor que antes, saiba que ainda sim prefiro esse porque foi pensado e respeitado por mim mesmo.
O problema é essa sede, esse amor todo, essa vontade de amar e ser feliz, esse exagero todo em que a tudo em minha vida é aplicável - o exagero... mas saibam todos que eu não sei se vou mudar. Talvez eu aprenda mais alguma coisa com esses desencontros e não erros meus e passe para outra... É engraçado como a cada dia queria correr do passado mas, que grande bobagem, o passado também sou eu, aquele lá atrás sempre será eu, e renegá-lo e como me tirar uma das pernas - como seguir sem um pedaço de si?
Não, não sofro nem mudo, talvez melhore aos seus olhos, aos meus eu me adaptarei ou tentarei ser diferente ou sei lá eu - vou fazer diferente para que cuidem bem de meu coração vagabundo. Mas sigo, louco e curioso. Vagabundo.
Pois anote, porque quando eu erro por diversas vezes eu me machuco. Sim, eu me machuco ao mandar-te trinta mensagens e obtenho uma resposta ríspida, ou um sorrisinho bobo, ou nada, como vem sendo nesses dias. Ouça: eu não sofro tanto, minha alma que é muito exagerada, mas agora eu já sei que charmoso mesmo é ser intenso, não exagerado. Por isso meus passos de agora em diante serão equilibrados e claros, harmoniosos como o bicho da seda, lento, paciente... mas ainda transparente. Mas triste: isso que te assusta nada mais sou que eu - cada pedaço sou eu, melhorado (achei), mas se não sou melhor que antes, saiba que ainda sim prefiro esse porque foi pensado e respeitado por mim mesmo.
O problema é essa sede, esse amor todo, essa vontade de amar e ser feliz, esse exagero todo em que a tudo em minha vida é aplicável - o exagero... mas saibam todos que eu não sei se vou mudar. Talvez eu aprenda mais alguma coisa com esses desencontros e não erros meus e passe para outra... É engraçado como a cada dia queria correr do passado mas, que grande bobagem, o passado também sou eu, aquele lá atrás sempre será eu, e renegá-lo e como me tirar uma das pernas - como seguir sem um pedaço de si?
Não, não sofro nem mudo, talvez melhore aos seus olhos, aos meus eu me adaptarei ou tentarei ser diferente ou sei lá eu - vou fazer diferente para que cuidem bem de meu coração vagabundo. Mas sigo, louco e curioso. Vagabundo.
Nana
Tolo, foi o que ela disse depois de abrir meu coração a ela, justo ela, aquele gosto bom de passado mal vivido mas, quem se importa, se ainda há futuro? Não, ela não disse exatamente tolo, ou disse, mas minha cabeça estava tão cheia de sentimentos e adrenalina, e eram o que? Oito horas e poucos minutos de uma manhã mal começada? Eu não posso dizer se ela me chamou de tolo. Mas foi tolo que me veio à cabeça. Foi sim.
Na noite passada eu pensei nisso tudo, nos meus sentimentos que não são medos, são apenas abusos de tudo e a tudo, a alma prolixa de Clarice, mas eu pensei nisso tudo e pensei também em como seria bom entrar em uma das tantas igrejas para tapar esse vazio aqui com a Palavra do Senhor... seria cômodo: eu deveia virar logo pastor, porque aí, à hora a tentação, eu correria ao palco e diria milhões de améns até que meu tesão ou sede ou loucura passasse... anestesiava-me de qualquer droga lícita e viveria até os sessenta, também ão precisaria trabalhar... pensei. E achei melhor não.
Aí ela me chama de tolo, ou algo parecido, e diz que esse meu vazio e essa procura me deixarão louco; mas louco eu já sou, pensei, e mais: e se você ficar louca primeiro, arrisquei. Como?, respondeu. Eu reinterei - A mesma possibilidade que tenho de ficar louco você também tem. E arrebatei: quem pode dizer?!
Calamos.
Pois você era o homem que eu queria quando estava internada com meu filho, eu sozinha na Província de Arrecifes e você o único homem para me ajudar, blá blá blá, até ali eu sabia que era você...
E pronto. Aqui aqueles laços de passado que persistiam nesse presente e ainda davam aquela esperança de futuro foram desatados - eu amava a uma Nana transloucada, aquela que essa nova Neidjane matou cada dia um pouco mais, e aquela sim era ousada, bonita, má, era aquela que eu necessitava para preencher esses devaneios meus. E eu, exatamente, também não era mais o menino que ela queria que eu fosse, parado no tempo mas maduro, com a doçura de antes mas sem questionar, apenas olhar para frente e confiar... Sem perceber, eu segui a linha dela e ela saiu da dela para aprimorar ainda mais a minha. Que linha? A linha de vida. A dela era torta, agora é a minha, e ela, igualmente torta, mas na que era minha.
Ela disse ainda que eu usava de uma poesia superficial e parnasiana, cheia de metáforas, para esconder meus vazios e frustrações...
Ela me analisou como sou e, DANADA! Ela ainda me tem em suas mãos. Nossas almas, disse a ela, nossas almas são irmãs, minha querida amiga. E antes que entendessemos isso, nossos corpos e hormônios confundiram tudo. Mas isso não é ruim, conclui comigo mesmo, já sem escrever mais nenhuma palavra. Antes, no começo dessa conversa, em comum tinhamos também a tristeza em nossos corações, mas ao fim, não sei a ela, mas a mim sobrou um coração aliviado e tranquilo.
Você me faz bem, conclui. E agora tenho que sair. Nos vemos, sempre.
Ela deve ter dito alguma coisa que não vi porque fui trabalhar. Havia expediente na caverna.
Na noite passada eu pensei nisso tudo, nos meus sentimentos que não são medos, são apenas abusos de tudo e a tudo, a alma prolixa de Clarice, mas eu pensei nisso tudo e pensei também em como seria bom entrar em uma das tantas igrejas para tapar esse vazio aqui com a Palavra do Senhor... seria cômodo: eu deveia virar logo pastor, porque aí, à hora a tentação, eu correria ao palco e diria milhões de améns até que meu tesão ou sede ou loucura passasse... anestesiava-me de qualquer droga lícita e viveria até os sessenta, também ão precisaria trabalhar... pensei. E achei melhor não.
Aí ela me chama de tolo, ou algo parecido, e diz que esse meu vazio e essa procura me deixarão louco; mas louco eu já sou, pensei, e mais: e se você ficar louca primeiro, arrisquei. Como?, respondeu. Eu reinterei - A mesma possibilidade que tenho de ficar louco você também tem. E arrebatei: quem pode dizer?!
Calamos.
Pois você era o homem que eu queria quando estava internada com meu filho, eu sozinha na Província de Arrecifes e você o único homem para me ajudar, blá blá blá, até ali eu sabia que era você...
E pronto. Aqui aqueles laços de passado que persistiam nesse presente e ainda davam aquela esperança de futuro foram desatados - eu amava a uma Nana transloucada, aquela que essa nova Neidjane matou cada dia um pouco mais, e aquela sim era ousada, bonita, má, era aquela que eu necessitava para preencher esses devaneios meus. E eu, exatamente, também não era mais o menino que ela queria que eu fosse, parado no tempo mas maduro, com a doçura de antes mas sem questionar, apenas olhar para frente e confiar... Sem perceber, eu segui a linha dela e ela saiu da dela para aprimorar ainda mais a minha. Que linha? A linha de vida. A dela era torta, agora é a minha, e ela, igualmente torta, mas na que era minha.
Ela disse ainda que eu usava de uma poesia superficial e parnasiana, cheia de metáforas, para esconder meus vazios e frustrações...
Ela me analisou como sou e, DANADA! Ela ainda me tem em suas mãos. Nossas almas, disse a ela, nossas almas são irmãs, minha querida amiga. E antes que entendessemos isso, nossos corpos e hormônios confundiram tudo. Mas isso não é ruim, conclui comigo mesmo, já sem escrever mais nenhuma palavra. Antes, no começo dessa conversa, em comum tinhamos também a tristeza em nossos corações, mas ao fim, não sei a ela, mas a mim sobrou um coração aliviado e tranquilo.
Você me faz bem, conclui. E agora tenho que sair. Nos vemos, sempre.
Ela deve ter dito alguma coisa que não vi porque fui trabalhar. Havia expediente na caverna.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Aquele beijo
Sonho meu.
Pois aquele beijo não era um pouco mais nem era um pouco menos, nem bom nem ruim, era exatamente do tamanho de meu desejo; um pouco seco pela sede e temperaturas de 30 e poucos graus, de 40 deveria ser a febre que nos tomou naquele sonho, mas que beijo foi aquele - perfeito - como nos melhores sonhos e do jeito que tem que ser: quente, seco no começo, encaixado e pronto. Do tamanho do meu desejo, do tamanho de seu possivel, do jeito que precisava ser para acalmar essas cabeças e coração bobo, um sonho - fofo.
Mas que doce foram aqueles beijos. Doces!
Pois aquele beijo não era um pouco mais nem era um pouco menos, nem bom nem ruim, era exatamente do tamanho de meu desejo; um pouco seco pela sede e temperaturas de 30 e poucos graus, de 40 deveria ser a febre que nos tomou naquele sonho, mas que beijo foi aquele - perfeito - como nos melhores sonhos e do jeito que tem que ser: quente, seco no começo, encaixado e pronto. Do tamanho do meu desejo, do tamanho de seu possivel, do jeito que precisava ser para acalmar essas cabeças e coração bobo, um sonho - fofo.
Mas que doce foram aqueles beijos. Doces!
Puta louco
"Na rua do Hospício às 8h", dizia, e eu, meio que desentendido, fazia que sim com certo desdém mas, pontualmente, às 7h 30 estava eu, lá, louco, e a cabeça bem antes, desde quando disse "lá às 8h", desde sempre à espera disso, como uma puta na esquina da rua do Hospício com a Boa Vista, meio puta, meio louco, só, como sempre, na rua do Hospicio.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Te dou um doce
Pois ache o segredo da felicidade, ache o manual de instruções que manipule qualquer coração vagabundo e translocado, conte-me como é possível e ainda assim é provavel que eu diga não, que eu repudie, que eu me desespere e fuja, só não consigo desistir...
Que minhas ideias cheguem a uma ideia de suicídio, o fim disso às vezes parece ser a melhor saída mesmo, mas depois me vem uma sede de não sei o quê; ruim ou bom, me chega a paciência; me chegam também as migalhas e, por hora, bastam... pior não tê-las... Não, eu não desisto de alguma coisa que eu sei.. e olhe que não sei de o quê... é a exata brincadeira na qual entra meu coração e, de bandeija, eu; mas aí o coração sai da brincadeira e não me avisa e eu fico, e aí a consciência acredita e, ache o segredo da felicidade, ache... ache.
Pois me conte, quando chegar a hora. Quem sabe num momento qualquer desses meu coração desista e deixe a consciência fazer o papel dela, e a testosterona o dela, e igualmente os testículos e tudo mais nessa jovem velha carcaça ser tudo que é conforme quer a sagrada mãe natureza?! Quem sabe assim, à lei natural das coisas, finalmente dê para ser feliz?!
Que minhas ideias cheguem a uma ideia de suicídio, o fim disso às vezes parece ser a melhor saída mesmo, mas depois me vem uma sede de não sei o quê; ruim ou bom, me chega a paciência; me chegam também as migalhas e, por hora, bastam... pior não tê-las... Não, eu não desisto de alguma coisa que eu sei.. e olhe que não sei de o quê... é a exata brincadeira na qual entra meu coração e, de bandeija, eu; mas aí o coração sai da brincadeira e não me avisa e eu fico, e aí a consciência acredita e, ache o segredo da felicidade, ache... ache.
Pois me conte, quando chegar a hora. Quem sabe num momento qualquer desses meu coração desista e deixe a consciência fazer o papel dela, e a testosterona o dela, e igualmente os testículos e tudo mais nessa jovem velha carcaça ser tudo que é conforme quer a sagrada mãe natureza?! Quem sabe assim, à lei natural das coisas, finalmente dê para ser feliz?!
sábado, 5 de junho de 2010
JUSTÍSSIMO
De meu estagiário preferido, em sua página de orkut:
Diego Robeh-09:32--diz
"Se você não sabe lidar com o meu pior não merece o meu melhor"
"Justo", respondi
Diego Robeh-09:32--diz
"Se você não sabe lidar com o meu pior não merece o meu melhor"
"Justo", respondi
A semente de vida que brota de teu coração
Há alegria maior que a a coisa boa que é despertar amor no outro, sem querer ou querendo querer? Pois meu remédio e veneno é o amor; a coisa que mais me agrada nesse mundo é dar amor, gratuito àquelas pessoas que gosto, ou simplesmente por aquelas que, por hora, tenho apenas tesão - a essas depois terei amor... talvez... se não, pelo menos um sentimento de respeito.
E igualmente me agrada esse exercício instavelmente transitível que é o verbo amar. Essa descoberta eterna de como será dessa vez, afinal é o mesmo amor de sempre, mas em células novas, bocas novas, suores novos. Pois amanheço e depois durmo, agora sei, não exatamente por aquelas que juro amor eterno - a essas também -, mas sobretuto durmo para acordar no outro dia na esperança de achar alguém - encontrar alguém - que queira de bom grado o meu amor, e que até se irrite com a pessoa chata e louca que sou eu, mas que aceite meu amor, enfim, me tome como seu melhor caso clínico e, fim, FLUAMOS.
PORQUE não quero mais arrancar esse coração de meu peito: quero arrancar àqueles amores todos que já nem sei...
E igualmente me agrada esse exercício instavelmente transitível que é o verbo amar. Essa descoberta eterna de como será dessa vez, afinal é o mesmo amor de sempre, mas em células novas, bocas novas, suores novos. Pois amanheço e depois durmo, agora sei, não exatamente por aquelas que juro amor eterno - a essas também -, mas sobretuto durmo para acordar no outro dia na esperança de achar alguém - encontrar alguém - que queira de bom grado o meu amor, e que até se irrite com a pessoa chata e louca que sou eu, mas que aceite meu amor, enfim, me tome como seu melhor caso clínico e, fim, FLUAMOS.
PORQUE não quero mais arrancar esse coração de meu peito: quero arrancar àqueles amores todos que já nem sei...
A DOR com música cura
Apresento aos senhores e senhoras: LUKA
"Eu vou levando a vidaa/ E vou tentando disfarçar/ Mas vou deixas a porta do meu quarto aberta/ Caso você queira voltar..."
Composição: Luka
Os dias passam devagar/ A noite me diz que você não vai voltar/ Os móveis saem do lugar/ Eu corro o mundo e não consigo te alcançar... / Sem você meu rádio fica mudo / Minha TV fica sem cor/ Meu violão fica sem som/ Sem você meu corpo não reflete mais no espelho/ Minha casa cai/ Sem você eu perco o chão.../ Então me aceite como eu sou/ Não me peça pra mudar essas manias que você já perdoou/ Eu vou levando a vidaaah/ E vou tentando disfarçar/ Mas vou deixar a porta do meu quarto aberta/ Caso você queira voltaaaaaaahr/ Ah, Ah, Ah, Ah... Ah, Ah, Ah, Ah.../ Caso você queira voltar/ Ah, Ah, Ah, Ah... Ah, Ah, Ah, Ah.../ [repete...]/ Caso você queira voltar...
"Mas não me deixe aqui sozinha sem respostas que eu nem sei onde encontrar..."
Composição: Luka/Rick
Tire um pouco o peso das minhas costas/ Falta pouco tempo prá eu ir embora e eu nem sei se vou voltar...
Trilhe seu caminho, faça suas apostas/ Mas não me deixe aqui sozinha sem respostas que eu nem sei/ Onde encontrar... / Eu sou apenas uma criança indefesa/ Você parece uma caixinha de surpresas/ Se for assim meu bem... adeus! / Não tô te pedindo prá ficar/ E não vou te encher de promessas/ Eu te quero bem, mas no amor eu tenho pressa... / Vá se acostumando com a minha ausencia/ Faça logo as pazes com a sua consciência e veja se você errou... / Trilhe seu caminho, faça suas apostas/ Mas não me deixe aqui buscando as respostas que VOCÊ nunca encontrou... / Eu sou apenas uma criança indefesa/ Você parece uma caixinha de surpresas/ Se for assim meu bem... [segue...]
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Acorda
No meio desse devaneio todo de sentimentos e perdas e ganhos, olho para o lado e me vejo preguiçoso de escrever minhas dores - logo isso?! Eu que sempre precisei das palavras escritas, ainda que na tela ou no papel; eu que sempre precisei pôr para fora para organizar-me ao dentro...
Quem é esse homem que construo, que não faz aquilo que necessita para continuar vivo?!
Oh vida medilcre e triste... essas paixões que não compreendo, esse eu sempre abrindo mão de mim pelo outro - entenda, entenda, entenda... onde está o entenda-me?
Pois nesses dias de Recife cansados e cinzas, volta à cena a busca pelo novo homem, mas por uma outra busca. O que queremos é ser feliz? Pois que não paremos no primeiro amor que não deu certo, no segundo ou em qualquer outro... o senso comum faz mau uso do levanta-te e vive, mas meus doces e esperançosos devaneios; minha rasa melancolia, tristeza, intelectualidade e tudo mais que sou - raso - apela: vive, nobre vagabundo... vive!
Quem é esse homem que construo, que não faz aquilo que necessita para continuar vivo?!
Oh vida medilcre e triste... essas paixões que não compreendo, esse eu sempre abrindo mão de mim pelo outro - entenda, entenda, entenda... onde está o entenda-me?
Pois nesses dias de Recife cansados e cinzas, volta à cena a busca pelo novo homem, mas por uma outra busca. O que queremos é ser feliz? Pois que não paremos no primeiro amor que não deu certo, no segundo ou em qualquer outro... o senso comum faz mau uso do levanta-te e vive, mas meus doces e esperançosos devaneios; minha rasa melancolia, tristeza, intelectualidade e tudo mais que sou - raso - apela: vive, nobre vagabundo... vive!
O fim do drops
Chá quente, Recife de chuva e ar condicionado.
Exorcize.
Ainda me lembro, como hoje, daquela tarde quente de fevereiro que precedia carnaval - era quinta: eram 17h e poucos minutos quando mandei a mensagem, 18h e alguns segundos quando você disse que vinha e 19h quando estavamos em minha humilde moradia, na minha cama. Poucos minutos para as 19h quando você disse "não acontece nada!" e me deu um beijo. Um beijo que muito eu queria, e um beijo que me deixou preso àquele mesmo dia feliz em que me tranquei para o mundo e me dei, eu e meu coração, a esse drop malandro e louco e complicado e tudo mais que é o amor... e desde então não houve um minuto que não pensasse em nós, confuso e imaturo - menino que sou - para ver mais do que você poderia me dar, e essa droga que é o amor me embriagou para ver em seus pequenos gestos qualquer coisa que fosse amor também por mim... daí eu a insistir e até me humilhar; as lágrimas, a saudade... as noites claras de pensamento em nós, e tudo que fiz.
O amor é ruim? Não.
A esperança é. O silêncio é. Isso que você me deu talvez...
Pois nessa derradeira lembrança de você, eu remendo os cacos do que sobrou de minhas lágrimas, loucuras, tentativas, saudade e amor por você e deixo aqui, nesses pedaços de 2010 que são os primeiros dias de junho. Daqui para trás, porque em minha frente só o que pode vir. E que seja bom! E aí eu me pergunto - e se ainda me quiseres? E aí entendo que é a esperança nesse caso que é ruim; mas não será mais, porque não é maldade minha ou algo do tipo, mas antes, a admissão daquilo que sou: posso até querer amar a várias pessoas ao mesmo tempo, mas nesse momento preciso de um único amor para tirar esses fantasmas todos de meu libido e deixá-los apenas na memória de saudade e dias bons e felizes... e esse drop de amor de fevereiro é o primeiro a assim se fazer.
Exorcizo.
Ao amor, esse sim eu já sei como é: não sai nunca de mim, e nunca sairá. Logo, amarei eternamente esse dia de fevereiro e os dias depois e tudo mais desse drop de amor... porque as dores todas foram, talvez, culpa minha; mas o amor, esse é bonito, inocente e o que de mais belo pode sair de mim, logo não é erro: sou eu.
Adeus drops de amor...
Exorcize.
Ainda me lembro, como hoje, daquela tarde quente de fevereiro que precedia carnaval - era quinta: eram 17h e poucos minutos quando mandei a mensagem, 18h e alguns segundos quando você disse que vinha e 19h quando estavamos em minha humilde moradia, na minha cama. Poucos minutos para as 19h quando você disse "não acontece nada!" e me deu um beijo. Um beijo que muito eu queria, e um beijo que me deixou preso àquele mesmo dia feliz em que me tranquei para o mundo e me dei, eu e meu coração, a esse drop malandro e louco e complicado e tudo mais que é o amor... e desde então não houve um minuto que não pensasse em nós, confuso e imaturo - menino que sou - para ver mais do que você poderia me dar, e essa droga que é o amor me embriagou para ver em seus pequenos gestos qualquer coisa que fosse amor também por mim... daí eu a insistir e até me humilhar; as lágrimas, a saudade... as noites claras de pensamento em nós, e tudo que fiz.
O amor é ruim? Não.
A esperança é. O silêncio é. Isso que você me deu talvez...
Pois nessa derradeira lembrança de você, eu remendo os cacos do que sobrou de minhas lágrimas, loucuras, tentativas, saudade e amor por você e deixo aqui, nesses pedaços de 2010 que são os primeiros dias de junho. Daqui para trás, porque em minha frente só o que pode vir. E que seja bom! E aí eu me pergunto - e se ainda me quiseres? E aí entendo que é a esperança nesse caso que é ruim; mas não será mais, porque não é maldade minha ou algo do tipo, mas antes, a admissão daquilo que sou: posso até querer amar a várias pessoas ao mesmo tempo, mas nesse momento preciso de um único amor para tirar esses fantasmas todos de meu libido e deixá-los apenas na memória de saudade e dias bons e felizes... e esse drop de amor de fevereiro é o primeiro a assim se fazer.
Exorcizo.
Ao amor, esse sim eu já sei como é: não sai nunca de mim, e nunca sairá. Logo, amarei eternamente esse dia de fevereiro e os dias depois e tudo mais desse drop de amor... porque as dores todas foram, talvez, culpa minha; mas o amor, esse é bonito, inocente e o que de mais belo pode sair de mim, logo não é erro: sou eu.
Adeus drops de amor...
...e eu que achava que, assim, voltaria a cuidar de mim e acordar às 4h da manhã e correr 40minutos, e entrar pontualmente às 6h e voltar a fazer meus planos e planejamento, e dormir apenas 6 horas de sono diário e voltar, enfim, do ponto de onde parei. Conseguirei eu?
[F. Pessoa]
...porque há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Literatura de araque
Postado no sorriso da Mona, sempre a patroa! http://sorrisodamonaliza.blogspot.com/2010/05/literatura-de-araque.html
Sexta-feira, Maio 28, 2010
Literatura de araque
"Sei que às vezes escrevo bobagem. Perdoa. É que escrevo de coração, e coração você sabe, às vezes é bobo."
(Recomendo - http://twitter.com/litdearaque)
terça-feira, 25 de maio de 2010
MALAGUETA
...e quando eu achava que esse coração vagabundo não aguentaria mais amar por sofrer de amor, eis que me aparece uma pimenta
malagueta
em meus sonhos boca e tudo, e acerta o coração, e alegra a alma, e me faz amar denovo...
E eu sigo
feliz...
amante...
BOBO das coisas bobas e boas dessa vida.
malagueta
em meus sonhos boca e tudo, e acerta o coração, e alegra a alma, e me faz amar denovo...
E eu sigo
feliz...
amante...
BOBO das coisas bobas e boas dessa vida.
Aos amores que me fazem esperar
E nessas horas de espera, inconstante eu aprendo que a cada novo amor mais me liberto do celular, ainda que preso a ele e à espera de suas ligações benditas. Pois o primeiro amor é só uma saudade distante, mesmo que ao lado, que talvez eu nem queira e nem mesmo o número de celular eu guardei... O amor de hoje eu tenho os números e mensagens todos, eu tenho crédito e até tenho vontade, mas são tantos fantasmas no seu pedido de tempo que eu, com medo, fico mais fraco e triste a cada dia. Aí um amor do futuro me traz esperanças mas depois some e eu, romântico, fico à espera de um final feliz que uma curta mensagem ou ligação me traria se... se... mas não vem. Mas também não tem final feliz. Mas também hoje eu não quero os romantismos meus ou daquele final feliz. Eu quero forças para não ser radical e arrancar esse coração mas força para amar e partir para outra quando desperdiçam o meu amor que é tão simples mas eu dou em bons panos e muito limpos, amor e panos, tudo muito simples e modesto, mas honesto...
Só hoje...
Só hoje...
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Desde aquele dia da brincadeira sem graça no orkut
Em dias de 2006 que não lembro quando...
Não tenho vergonha de ser o que sou. Vergonha maior sinto do tipo de gente que tenho que enfrentar no dia-a-dia: pessoas hipócritas, que variam de opinião usando a desculpa de "metamorfose ambulante", que estão fechadas ao que o mundo tem a oferecer, que não conseguem romper a ilha de egoísmo que as prende a simplesmente conhecer o outro...Mas o que é a vida se não a colheita de coisas boas e ruins?
As pessoas são inevitáveis, mas me resta a opção de escolher... por isso, escolher é o que me alegra: descobrir com a convivência quem são as pessoas e o que de bom (ou não) esconde-se por trás das máscaras; e mais ainda: repudiar aquelas que disseminam o pior dos defeitos: o preconceito.
Você está preparado para mostrar o que há por trás de sua máscara?
Você está preparado para enchergar o que se esconde por trás de minhas máscaras?
Sou o que sou, errando e aprendendo. E o que é a vida, se não um amontoado de descobertas às vezes tortas, às vezes deliciosas?! Ai de mim que sou assim...
terça-feira, 18 de maio de 2010
Fernando Pessoa há 77 anos em mim
O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão...
São as formas sem forma
Que passam sem que a dor
As possa conhecer
Ou as sonhar o amor.
São como se a tristeza
Fosse árvore e, uma a uma,
Caíssem suas folhas
Entre o vestígio e a bruma.
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão...
São as formas sem forma
Que passam sem que a dor
As possa conhecer
Ou as sonhar o amor.
São como se a tristeza
Fosse árvore e, uma a uma,
Caíssem suas folhas
Entre o vestígio e a bruma.
Fernando Pessoa, 5-9-1933
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Chamado
...fiquei imaginando como seria quando seu nome aparecesse no visor de meu telefone, e talvez eu não fosse atender se chamasse, você; e torci para ter forças e não atender, mas aí você ligou e virou tudo aqui dentro, meu coração na garganta e o sangue quente, eu fiquei destruído e o telefone, você chamando a mim, e, inseguramente, arrisquei te atender mas, aí, alguma coisa que não sei dizer o quê me deu forças para que hoje eu não quisesse ver você ou atender. Sim, é gostoso tudo isso mas hoje eu descobri que estou tão cansado que, derrepente, não é culpa sua mas você ajuda, por isso, então, eu fui para aquele mundo dos sonhos que é tão prefeito e tão nosso..
Então lá eu encontrei você não me ligando mas olhando nos meus olhos e me dizendo o que é bom para mim é o que é bom para qualquer relação - a verdade das coisas, e daí a segurança, CONFIANÇA.
Era hora de ir embora.
Então lá eu encontrei você não me ligando mas olhando nos meus olhos e me dizendo o que é bom para mim é o que é bom para qualquer relação - a verdade das coisas, e daí a segurança, CONFIANÇA.
Posso fechar os olhos que você me guia?
A verdade, na boa intenção e sem lágrima ou choros... E eu adoraria você ainda mais por isso, mesmo que pra mim você me dissesse não... Mas aí meu despertador tocou.Era hora de ir embora.
sábado, 15 de maio de 2010
Falta
Do SENSACIONAL IILOGICO - http://iilogicowall.blogspot.com/2010/03/falta.html em domingo, 7 de março de 2010
Falta
Não. Não é saudade.
É falta.
É necessidade básica.
De ter ao lado, de esticar a mão.
De deitar no colo. De sentir que tudo vai bem.
Ou que ficará logo, logo.
É uma raiva contida pela possibilidade e pela impossibilidade.
De ser um dia possível e de ser hoje impossível.
É a incompreendida alegria distante de mim.
É parado e quieto com palavras para dizer.
É estar só, e no entanto, ter tão presente que a ausência preenche, toma tudo, revela-se dona.
É precisar o querer. É querer não precisar.
É precisa a falta. Falta.
E só.
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