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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sol de cinco e quinze

_Abre os olhos, Leonardo! Abre os olhos...
A lágrima que cai.
_Fala alguma coisa, homem de Deus!
A lágrima. E a palavra...

A casca da ferida que cai por terra e a poeira da queda que se assenta dominada, morrente, sem forças.

O segundo round, a nova chance, a resposta “ao que vem depois?!”, o renascimento, a catapulta que me impulsiona a voar alto e o rompimento definitivo com o passado, com o atraso que me prende a fantasmas antigos mas já sem forças, sem graça, sem vida nem medo.

O cheiro bom de futuro e o frio bom na barriga de quando estamos prestes a entrar e fazer bem feito.

A flor que desabrocha preguiçosa, o raio de sol moleque que me acorda sexta feira de manhã.

Todo o mundo que muda de cor ao passo que floresce nesse coração a esperança do dia melhor, a certeza de que o caminho é esse, a hora é agora, você é simplesmente bom e amar é, sem dúvida, o melhor exercício...

O egoísmo de fazer o que der na telha, sem medo; e o melhor: bem vindo à vida, essa é à moda do freguês. Um bom chá de manhã, às quatro, e a liberdade almejada por simplesmente ser do seu jeito, fazendo do seu jeito. Sem medo.

E um beijo de esperança ao mundo. Enquanto todos correm apressados para ganhar um segundo ou não, eu me afogo em mm mesmo, minha fonte, Leonardo e eu.

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