Eu queria escrever sobre lágrimas, de como a lua está bonita, de minha dor, mas a inspiração, bendita, pensa milhares de coisas ao mesmo tempo e não consigo me concentrar em nada; as dores surgem de menos espero, as idéias vem e vão, bonitas, bárbaras, nostálgicas...
Essas obra sem título está firmada num momento único de necessidade de amor, de verdade, de solidão necessária, de saudade boa e, talvez de saudade doentia, desesperada, ansiosa e sem querer: ingênua. E de recusas e aquisições também. Esse momento é único, e a lágrima que brinca não sair é, por um momento, um pouco de tudo isso, e de mais que ainda não se disse: o amigo que se foi? O amor que não existe? A vida que passa em branco? As dores de barriga? A dor na alma. E a piedade do alheio? Tudo me faz chorar porque esse novo homem eterno menino está triste, frágil, choroso, decepcionado e seco de esperança. É sensível, e sempre foi.
E quanto à esperança que contradiz a fonte de esperança em mim, suplico que Deus tenha de piedade de minha alma e de meu corpo, e que afaste as dores para encontrar meu vigor e lutar por aquilo que é meu...
E chora. Claro! O novo homem tem tanta esperança embutida que chora, talvez à espera de realizações, talvez à espera de milagres. Ou à espera do Cristo mesmo, que hoje está sombrio, vingativo e distante.
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