BlogBlogs.Com.Br

Pesquisar este blog

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Das delicias e dessabores que é ter alguém

E nessas horas em que se entende tudo errado me dá aquela vontade de chorar e o pesar na balança se vale ou não, continuar. E depois me vem o medo de perder e, finalmente, a certeza de que eu gosto e não queria fazer ninguém sofrer.. São tantas palavras que eu engulo tranquilo pelo bem de minha gastrite e sua alegria, e aí no meu menor descuido, essa sensação ruim de que eu me enganei não foi isso que eu quis dizer esquece isso vamos ficar bem me toma e eu fico assim, sem você, até que nos encontremos novamente e fique tudo bem. E aí se dê novamente a próxima aventura que 'ser' essa delícia e dessabor que é ter alguém.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Falta de educação.

Como educador que sou, me emocionei. E me pergunto: até quando, povo do Brasil, vamos ter que conviver ou vamos submeter o professor, esse sublime guerreiro, a isso que é a educação no Brasil?

Pois a A professora Amanda Gurgel resume de forma efusiva e emocionante o quadro da Educação no Brasil, principalmente as condições precárias de trabalho no Rio Grande do Norte. Heroína verdadeira.

terça-feira, 17 de maio de 2011

O amor tem dessas coisas (parte 2)

Começar a gostar de alguém e ver diversas coisas boas nessa pessoa e, com o tempo, descobrir que nem tudo é doce mas, se há amor, não se precisa de mais nada. E se a cada dia, a cada nova descoberta ruim, pensar-se em ir embora mas depois desistir, não importa se é medo da solidão ou qualquer coisa do tipo, é amor antes de tudo. Puro e límpido. Porque o amor é uma parede bem grande que depois vira uma casa e melhora e melhora e melhora cada dia mais, até o dia em que o tempo, malfeitor dos dias, vá, do outro lado dessa construção, destruindo aos poucos até vencer de vez e destruir essa casa toda, e aí acabe o amor.
Antes, prefiro, certamente, que a traiçoeira morte venha e me tome, ou tome ao outro, ou tome aos dois porque deve ser doloroso um ver ao outro morrer. Pensando bem, para quê pensar no fim? Vivamos o dia de hoje...
Vivamos o amor CONTINUAMENTE. Porque o amor tem dessas coisas que, habitualmente, chamamos de felicidade.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O amor tem dessas coisas

Ao perguntar 'o que você quer que eu faça para provar que te amo?', meu maior medo é que se responda 'apaga o teu blog.', como se meu passado fosse uma ameaça ou minhas palavras e atitudes insuficientes para fazer o amor de minha vida feliz.
Eu me sinto um lixo.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sobre Bionic, fracasso e outras declarações

Os lamentos de um fã que gostaria muito de assistir um novo clipe ou mesmo um show, comprar o DVD desse show e assisti-lo em finais de semana com chuva

Fotos: divulgação/ www.christinaaguilera.com

Chistina Aguilera na bela capa do bom ábum de música pop Bionic, lançado em maio/junho de 2010.

Os fãs da cantora americana Christina Aguilera estão, de certo modo, em festa pelos anúncios informais dados pela própria artista sobre um novo CD que estaria sendo gravado. Mas Aguilera não é uma artista fácil de ser admirada. Além de ser apontada como "metida" e bastante emotiva por críticos da indústria pop, Aguilera é, de fato, uma artista sem uma identidade definida - a cada novo trabalho a musa apresenta uma nova Christina e, por isso, poderíamos classificá-la apenas como uma cantora que está em busca de novas sonoridades. Isso, contudo, não a torna inovadora; mas é louvável não permanecer estática, parada no tempo.

Porém, até onde essa busca por sonoridades pode ser considerada sede artística, infelizmente, está posto a prova. Bionic, o último (e bom) álbum lançado por ela a menos de um ano é tudo que o mercado de música pop atual desejaria de uma artista - Aguilera apresenta-se despreocupada e renovada em músicas boas para arrasar na pista sem deixar de lado as baladas românticas – é de longe o álbum mais divertido da cantora. E biônica, Aguilera foi também muitas mulheres em uma só: foi nova e atrevida (Not Myself Tonigth), ‘safadona’ (WooHoo e Sex for Breakfast), vadia (Vanity) e feminista (I Hate Boys e My Girls), sem deixar de ser mãe (na linda All I Need) e apaixonada (You Lost Me); sonhadora (Little Dreamer) e transparente, na medida do possível (I Am).

As várias Christinas: nova, atrevida, ‘safadona’, vadia, feminista, mãe, apaixonada, sonhadora e transparente. Quem é Christina Aguilera?

Christina tentou ser todas as mulheres que conseguisse ser e ainda assim não foi ninguém: lançou apenas quatro singles e dois clipes, além de cancelar os shows e limitar-se a aparições em programas de tv.

Em dias de mercado menos preocupado com conceitos e mais interessado em estética e performances, a dona Aguilera foi criticada por muitos, comparada com Lady Gaga (foto) e, no meio de trabalhos para cinema, música e vida pessoal, a biônica Aguilera experimentou o primeiro fracasso comercial de seus quase 15 anos de cantora, deixando claro, por volta de setembro de 2010, que os trabalhos para Bionic estavam encerrados, e seu foco dali em diante seria inteiro para o filme Burlesque. Seus promotores, porém, juravam de pés juntos que a turnê cancelada por causa do filme (ou do divórcio) voltaria com tudo em 2011, bem como os trabalhos do álbum.

Aguilera em Not Myself Tonight e Gaga em Bad Romance: diversas comparações num universo onde tudo se copia por natureza.
Já estamos quase que no meio de 2011 e até agora não há sinais de uma turnê ou trabalho qualquer que seja com alguma faixa do álbum Bionic.. E aquilo que mais me desagrada é justamente o fato dos trabalhos terem acabado assim - ninguém mais questiona à própria artista se haverá a cancelada turnê, ou se outros trabalhos virão através de clipes do álbum... nada. E quem é fã que permaneça à espera.

Não sou o último a saber que a indústria da música pop é excêntrica por natureza; muito menos sou ingênuo de dizer que não sabia que Aguilera era assim, uma incógnita, uma artista para lá de passional que transmite para sua arte aquilo que está sentido. E se nos dias de hoje ela não se sente mais tão renovada como em Not Myself Tonight, tão dona de si como em Prima Donna ou mesmo tão maravilhosa como em Vanity, é melhor que não imprima um grau tão grande de personalidade ao próximo álbum. Há um ano atrás Bionic era tudo que havia de bom na vida de uma Christina Aguilera provocante e segura de si, muito sexy e casada. Alguns meses depois vieram as quedas nas vendas e um divórcio. E daí o fim dos trabalhos com o álbum. Hoje Bionic não é nada na vida de Aguilera? Ok, ela é humana, merece descanso, mas os fãs também são ‘gente’, no maior sentido dessa palavra, e essa gentalha aqui espera por clipes bem produzidos, turnês, ainda que minimalistas e mais atenção por parte de seus ídolos. Se não aguenta o ritmo da indústria, então que também não use os artifícios e a própria cultura da indústria para atrair e catvar os fãs. Infelizmente, Bionic vai ficar no imaginário dos fãs como um trabalho que "poderia ser...", enquanto para os críticos e pessoas que olham de fora, como um trabalho aí que fracassou e a artista partiu para outra; mas nós bem sabemos que ele não fracassaria se a Dona Aguilera não tivesse parado no meio do caminho, afinal, não esqueçamos também que, além de tudo, há os milhões das gravadoras que tudo conseguem na indústria da cultura pop. E fã nenhum faria questão por primeiros lugares quando se tem uma turnê e clipes bacanas para assistir.

Fica aqui, enfim, o meu protesto pelo fim dos trabalhos com Bionic, pela turnê que viria em 2011 e até agora nada, e pelo anúncio de um novo CD. Não que não o queira, mas ainda gosto muito de Bionic para deixá-lo no fundo da gaveta e passar a ouvir um outro. Pergunto-me se o próximo CD não der certo o que irá acontecer... vamos passar por tudo novamente até um outro lançamento que finalmente agrade aos críticos e aí sim passem a existir os shows, clipes e trabalhos, enfim? Só vivendo para saber...

Para quem gostou das fotos do álbum, veja todo o encarte clicando aqui.
P.S.: Não costumo usar esse blog para discutir esse tipo de temática, por isso peço desculpa aos seguidores que tenham estranhado; é só uma maneira de treinar jornalismo argumentativo.. logo mais vem (tentativa de) poesia por ai.
P.S.2: Algum fã que esteja também revoltado e queira traduzir essa bagaça para o inglês e mandar para a moça faça-o, porque reunir-se por bobagem todo mundo se reune, mas para pedir uma turnê, por exemplo... muito contente ficarei!

#Segueemfrente

É mais que necessário agora arrancar do coração esses passados bons, porque você tem o futuro, UM FUTURO TE ESPERANDO.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Os comunicadores e o desserviço ao Jornalismo

Na manhã desta segunda-feira, 14, a timeline de meu twitter repercutia a reportagem do Fantástico sobre prostituição infantil no Nordeste, sendo que a equipe usou o carnaval do Recife para gravar alguns dos flagrantes. Um tema tão polêmico que é natural o debate no twitter, mas para minha perplexidade, li comentários de colegas de jornalismo do tipo "Na próxima semana Fantástico mostra que adolescentes bebem cerveja no carnaval" ou "Depois de descobrir prostituição em B Viagem e Ponta Negra, o Fantástico encontra banheiros químicos no carnaval de Olinda". Nada contra fazer piada de uma situação que foi apresentada como nova mas é comum a quem mora aqui, na verdade quando a mídia vem denunciar uma situação geralmente ela já é comum ao cidadão. A minha perplexidade vem do fato dos ditos comunicadores - formadores de opinião?! - tratarem temas dessa importância - o abuso sexual de menores e a prostituição em geral - como algo que não precisa de tanto alarde assim ou "para quê tanta importância para isso que é tão comum aqui?!". Eu não tenho a menor dúvida de que esses temas podem ser comum a nós que saimos à noite pelo Recife, seja em um ônibus lotado ou em nossos carros com ar condicionado, mas daí a tratar o momento em que a prostituição e o abuso sexual de menores são colocados na mídia como algo comum, quando se deveria cobrar do Estado e Municípios, além do Ministério Público, resposta definitiva a esse mal da sociedade, esses colegas comunicadores fazem um desserviço ao jornalismo, à comunicação e à transformação da sociedade.
É direito fazer piada, é direito não se indignar com esses temas, talvez seja mais fácil não dá-los importância quando se está em seu quarto com ar condicionado ou em sua classe média confortável. É direito até justificar que a prostituição é profissão no Brasil, logo não há problema em tanto, quando, na verdade, é irresponsável fechar os olhos porque a mídia, porque o jornalismo no Brasil não é o idel, poquer A TV Globo, que mostrou a matéria, é a incoerência que é...
É de indignar não as piadas mas a maneira como esses comunicadores deixam de promover o debate e a cobrança a quem deve - o Estado e os Poderes - , e pior ainda é ver certos falsos moralistas virem falar, mais tarde ou nas salas das faculdades, de Direitos Humanos e Comunicação de Verdade. Fazendo piadinhas porque a Globo mostrou a prostituição que esses comunicadores já conhecem, esses comunicadorezinhos pisam mais nos Direitos Humanos que a própria TV Globo; esses comunicadorezinhos perpetuam mais ainda as injustiças sociais e, com piadinhas, esses comunicadorezinhos condenam as novas gerações a continuar se prostituindo; condenam os negros a serem sempre empregados em telenovelas; condenam o Brasil a ser esse eterno terreiro da corrupção; condena tudo a continuar como está desde que eles - os comunicadorezinhos, estejam em suas salas com ar condicionado, sem maiores problemas que jogar teorias ao ar.

Veja a reportagem aqui.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Canto ao Adeus

É isso... a gente acredita que, mesmo difícil, o outro é necessário em nossa vida, já que gostamos dele. Aí a gente adia a partida e dá doses e mais doses de paciência e tolerância a quem nos faz sofrer - esse outro que não entendemos mais gostamos; e nessa eterna esperança de que o outro se adapte a mim e, assim, sejamos felizes, a gente tenta. Triste jornada, só não mais dolorosa que o corte definitivo no laço meu com o outro; o fim de relação, o corte definitivo - a morte da esperança... É fato: se não faz bem e não me resta mais saúde, melhor encerrar e seguir, firme: poros e olhos abertos aos outros que passam, incógnitos, quando nossa vista está toda voltada a quem, agora, ficou lá atrás - na ponta do laço...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ao Léo...

terça-feira, 19 de outubro de 2010: http://ladyselenia.blogspot.com/ - "Todas as Coisas Mais Lindas"


Ao Léo...





Aqueles olhos por trás da câmera

Aquela mente por trás das palavras

Os melhores sentimentos estão sempre Ao Leo..

Leves, Divertidos, Espontâneos e geralmente Caóticos

Um caos magnético e inspirador..





Bjus e algumas palavras de amor ao meu amigo..

Parabéns

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Renovar


"Desejava ainda mais: renascer sempre, cortar tudo o que aprendera, o que vira, e inaugurar-se num terreno novo onde todo pequeno ato tivesse um significado, onde o ar fosse respirado como da primeira vez".
[lispector]

#opoderdapalavra - para o bem ou para o mal

Há dias venho escrevendo em meu celular, velho companheiro de inseguranças e crises. E tenho dedicado minhas horas a outras coisas, algumas causas perdidas, outras causas possíveis. Mas hoje me deu uma vontade louca de escrever para desabafar, talvez, essa encruzilhada que estou e sou.
Pois quando me dizes "chefe nova" meu coração apaixonado pelo trabalho aperta e minha razão apela, "isso aqui não é seu nem é deles; isso aqui não tem dono..."... e como deixar aquilo que você aprendeu a amar e acreditar? Pois a minha insegurança e meu desapego, meu sonho novo, o meu futuro que eu não queria ter medo nem essa ansiedade que me toma, nada, absolutamente, deveria me abalar desse modo quando eu não sei quem sou mas sei que posso... eu posso.
Pois esse rápido texto é para dizer que eu estou com medo do futuro, eu já estou com saudade de muitos e eu continuo decepcionado sim com uns ou outros chefes que eu já considero ex; e eu estou ansioso também, mas a tudo isso que eu já sei que sinto, eu vou converter, ao menos a metade, em fé em mim para quando acordar amanhã fazer o que precisa ser feito e esperar que a vida, essa tecelã mãe e inimiga, mostre, enfim, o que será amanhã.
Mas hoje eu estou com medo e vontade de chorar, pela primeira vez na vida; e frágil como estou, nunca me senti tão adulto, pela primeira vez.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Papel de pão

..."Terminei te esperando, meio em vão, meio a tapa na cara daquela verdade que você me fez desacreditar e ela cuspiu forte em minha face, agora, seca e vitoriosa... você não veio... não veio.
Mas o meu veneno não me faz mas mal, porque o amor só é sofrimento para quem assim o queira, e eu tenho certos pesos do passado aos quais quero deixar aqui.
Obrigado, de qualquer modo, continuo amando você, mesmo sem entender. Um dia as coisas se explicam."


Para ouvir - http://www.youtube.com/watch?v=jgX3A7fXTHQ

CONSUMIDOR FELIZ

Taxando-me de vítima de um dia ruim, concluo, sentado nesse chão frio mas humildemente limpo, provavelmente por uma senhora pobre e terceirizada por esta estação de não sei a que frequência; concluo que não sou vítima de um dia ruim, mas de tempos ruins, culpa que começo a achar que não é dos dias, mas exclusivamente minha.
Essas noites mal dormidas, essa desorganização, essa preguiça e esses amores mal resolvidos, absolutamente esse abuso do mundo que me toma e me arrasta pelos dias, tudo isso me incomoda tanto e faz-me reclamar, mas culpa minha, admito, que prefiro o comodismo do reclamar e sentar ao canto, descansando desse cansaço crônico que, agora, começo a achar que também é culpa minha.
Pois essa é sua encruzilhada, nobre vagabundo, mutante e vilãozinho sozinho, e é digno de louvor saber que entendes, ou pelo menos começas a entender e agora ages; ação; CAMINHADA. 
Age, porque como bem dissesses em outros textos, a gente se prende a esse pouco com medo de perder o velho enquanto o novo e O POSSÍVEL passam em nossa frente, e volta, por todos os lados, e nós bobos, atrapalhados, com os olhos ocupados com o quê, me responda meu nobre pensador, seus olhos esperam por o quê, voltados para trás?
Para razão de quê?

Pra você

Em homenagem àquele seu "fica por aqui pra a gente conversar depois...", meu coração vagabundo soltou rojões e serpentinas, mas minha razão, ao contrário, jogou-me um balde de água fria, gelada como aquelas terras em mês de agosto; água fria como a indiferença tua naqueles momentos de outrora; e também a razão me jogou as lembranças de minhas lágrimas, meu medo de não mais te ter, todas as crises todas que me tomaram desde que não mais eu vi você, bobo, apaixonado a sua espera; parado naquele domingo que você não veio...
À esperança de que nesse domingo virias transformada na decepção de 'não, você não vem...', e à tantos outros domingos que espero, romântico; domingos de perder as contas; espera, enfim, que me veio à cabeça e tirou minha alegria de conversar contigo depois... conversar para querer-te mais? Não aguento... a essas confusões todas, uma música - [perdida e salva...]

Pois bem, não sei se quem fala agora é minha razão ou meu coração, o fato é que, ironicamente nesse domingo de agosto eu preciso não mais esperar você para ver se volto de onde parei ou sigo, mas sem esperar de ti nem reclamar, enfim... será que seria apenas mais um "como tá tu?", se esperasse para conversar contigo? Justamente mais um, como tantos outros que me somas quando estamos juntos nesse mundinho #virtual?
Pois morto de arrependimento e saudade eu tudo de fiz para não ver você, e de que importa ter passado a noite contigo em meus sonhos se realmente não somos... ou tudo isso é muito pouco... confuso... nós para o quê?

sábado, 4 de setembro de 2010

#fantasmasdopassado

PARECE CASTIGO, OU O DESTINO TESTANDO ESSE #coraçãovagabundo, MAS A JORNADA PROSEGUE, e o que pesava ficou no caminho...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Eu não sei mais quem sou nem sei o que quero. Apenas estou. Triste

O meu coração, sofrido, começou a bater mais forte ao ler aquelas suas primeiras palavras, depois de minhas palavras de desabafo, e tal qual minha respiração presa e ouvidos pressionados, uma sensação na barriga e a ansiedade de lê-lo logo, e assim talvez entender ou partir, no fim a conclusão que sempre esbarrei, inutilmente querendo fugir dela mas, enfim, eis ela em minha frente, escancarada, ou na tela, o que é pior, nesse inferno e céu de cada dia que tornou-se minha vida desde que me permiti ao amor e ao virtual por conta das distâncias, por conta dos afazeres, por conta de tudo enfim.
Pois que vontade de chorar, e que desgosto com o mundo. Quanto arrependimento por não ter dado certo, ao menos para mim, e, principalmente, que lamentável, para mim, esse meu amor que é tão grande e tão pobre de quaisquer outras coisas mas puro, acredite. Pois o que queria, juro, era sumir para bem longe, ou quem sabe ser outro homem, sem romantismos ou sonhos, o Super Homem que julguei não ser dia desses.
Queria ser forte, ou queria ser mágico e enfeitiçar você, ou queria ser um fuzileiro e esquartejá-lo inteiro, como à sua carta, que agora são só pedaços. Ou um louco completo eu queria ser, para me dopar dos mais doces remédios e deixar a fantasia tomar por totalidade a minha vida.
Ou não... não quero tantas coisas. Queria você e o ouvi dizer-me não - eis o meu câncer que, enveredado por minha carne e eu agora não é mais parte minha, e eis a mim com esse prato na mão e o câncer nele - esse amor por ti ensanguentado e sem serventia, na minha mão, e eu vergonha, sofrimento, decepção.
Triste.
Eu sou aquela mulher vaidosa que perdeu o seio; ou o outro que perdeu seus belos cabelos e sofre com o remédio que cura sua invalidez. Eu sou aquele que dorme ao leo e ninguém a ele vê, eu sou o cheiro ruim da cidade do Recife, sou o abafado que incomoda a todos, eu sou o nada, o que não interessa, a injustiça e tudo mais que não presta... E já não quero nada - agora eu quero ser reclusão e silêncio, até que esse nojo de eu mesmo passe, eu esqueça você e reencontre meu caminho.
Eu não sei mais quem sou nem sei o que quero. Apenas estou. Triste.

sábado, 28 de agosto de 2010

Comentário

RÁPIDO, daqueles pensamentos que temos e vão no mesmo instante, sem nem dar tempo de pegar...

"Sozinho. Rodeado de tecnologias e redes sociais e amigos - virtuais... Por quê não me contento? Por quê não me satisfaz?" #naoentendo

Cento e quarenta

Ainda estou pensando no que digo...

Devem ter sido centenas, talvez milhares... mas são apenas algumas centenas de dias em que moro só. E mesmo centenas, ainda há quem me pergunte como eu aguento - "como você aguenta?".
Ontem foram duas vezes, o cumulado da semana são dez ou doze, não sei ao certo porque parei de contar. Mas o contador de minhas amizades on line tudo conta e tudo me conta: foram quatorze vizitas semana passada, noventa acumuladas no mês, onze novas solicitações de amigos e nenhuma visualização aceita.
"Como você aguenta viver tão sozinho?"
Pois digo com a certeza de quem sabe cada pontada que a solidão me dá e em meu coração: eu aguento. É de minha natureza não adaptar-me à alegria superficial de uma amizade on line, um relacionamento que acaba se o sinal cair, o sistema ou modernidade do tipo - a minha natureza é humana e orgânica, eu até me contento em falar por um fio com quem está a algumas centenas de quilômetros, mas numa mesma cidade, aqui tão perto, eu quero gente de carne e osso, eu quero calor humano e não o calor de um motor - o da máquina.

Perdoem-me os amigos todos, eu sou só um saudosista e bobo que, solitário, gostaria de aquecer-se com calor orgânico - de gente. Eu não me adapto a essas conveniências todas da modernidade... Faltou dizer: não adiantam os 500 amigos, seja no messenger, orkut ou twitter que for - amizade virtual para falar ao vento; "oi, tem alguém ai" sic", para o quê? Se no fim continua-se sozinho?
Solidão on line? Obrigado, prefiro caminhar sozinho.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Super homem

Ao alto, e avante!

Tem dias que cansa ser forte. Antes disso, saiba que eu sou um super homem! Se todos me perguntam como aguento a tudo, só posso, de fato, ser um super homem...
Antes também, é possível ser forte por muitos dias seguidos, transformar-se de um simples humano eficiente a um Homem que faz todos os trabalhos de Hércules e ainda é compreensível, interessante, ouvinte e conselheiro da vida alheia, fazedor de piadas sobre tudo e ainda amoroso e amante ao menor sinal que venha do outro, sempre agradável, sempre certeiro, sempre eficaz, exato, sem maises nem menoses.
Mas há dias em que o super homem cansa. Mas se é super de verdade não se esgota de primeira: antes, lento e com o tempo, como o desgaste de uma parede ao tempo; ou como aquele sorvete preferido naquele dia de verão inesquecível, que era lindo e doce, mas frágil e com o passar dos segundos tornou-se aquele caldo, aquela sensação boa que era mas já passou. Foi, enfim, mas não se é mais.
É assim com o super homem, pois no dilema do super homem é calo e câncer exatamente esse foi que não é mais, porque nem sempre dá para ser super homem sempre, o homem do 'super homem' é humano e falível; e se os super homens de sempre não aguentam a ideia de não ser super sempre, antes que eu não seja mais um deles eu pare por aqui, doce, para não cometer mais equívocos ou catástrofes.
Eu largo os doze trabalhos devagar e sereno, e só de largá-los já vai haver um grande transtorno, seja para quem foi largado, seja para quem recebeu o largado, mas o egoísmo dos super homens não deveriam ligar-se a futilidades dessa natureza mas a uma perspectiva mais construtiva, talvez a de esperança e fé no futuro: paro agora para que o que não aguento não me esmague e, aí sim, acabe-se tudo, porque eu não sou super homem, eu sou só um homem, e como tal só posso fazer aquilo que posso, e quem tiver o Poder de resolver os problemas do mundo que se candidate, porque este super homem está jogando a toalha - umas doze toalhas, mais ou menos.
Pelo outro,
Pelo semelhante,
Pelo bem da humanidade ou qualquer outra que seja a desculpa para se chamar o super homem: eu só posso fazer até certo ponto, do qual já passei há tempos, e agora eu volto a esse certo ponto para que o tempo me mostre a hora de andar mais um pouco, a hora de fazer mais um pouco... Além do mais, este super homem estava a disposição de poucos outros, fazendo a poucos outros grandes tarefas, deixando de lado outros tantos 'outros' que também precisavam desse super homem e suas boas tarefas... Paro. Paro sim, porque o desafio de deixar de ser um super homem vai me fazer mais humano e mais leve, mas creia, fará também que eu continue um outro super... humano! De super carne e super sentimentos, que de verdade será prestativo, ouvinte, amigo, namorado e filho, e tudo mais que ele puder, porque o humano poder ser tudo, mas nem tudo pode ser do dia para a noite, nem tudo dá para sair perfeito... O tempo é nosso mais complexo brinquedo que na verdade brinca com a gente e quando menos se espera acabou-se o brincar, porque não há mais tempo... Pois largo essa super capa porque já não posso ser esse super homem, preciso apenas ser homem, apenas mais um ser humano, menos perfeição e mais aprendizados e caminhada... apenas caminhada e tempo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Novo homem - Luto

Um bom dia para mudar. São sete e poucos minutos dessa noite fria de um dia estranho e triste, que não se arrastou, absolutamente não, a não ser nessas noites todas de sono minhas com a adorável e enlouquecedora solidão, essa companheira primeira que me acompanha desde o berço, o peito, a chupeta. Ela, certeza de que não me abandona, razão de meus planos e insanidade - falta de razão.
Pois eu ando tranquilo por esses horas normais e acredito, de novo, que essas são boas horas para mudar. Não se engane com essa minha cara, eu sou vários também em apenas um, camaleão e mutante, e essa cara que você vê é apenas cansasso, e ponto!
São boas horas para mudar sim, mas mudarei? Pois esqueçais esses amores e essa preguiça, me digo a mim mesmo dentro de mim, esquece também o que te incomoda e concentra no silêncio que o barulho toma; concentra na luz que só um cego consegue ver... limpa sua visão e também a alma de todos esses pesos e tenta...

São belos dias esses para esquecer e crescer. Um bom dia para mudar...