Perdi a linha, penso, além dos laços, de amigos, de aprendizados e apirinas.
Concentro o pensamento num centro e não me concentro, procuro a inspiração de outroras e não acho, pretendo mergulhar fundo mas sem ar, juro, não mergulho.
Observo o mundo ao meu redor, as paredes e as pessoas, os carros e a água que desce por todos os lados, escorre pelos cantos da calçada, pela bica, pelas minhas costas e por fora, sempre fora.
Procuro, depois, desesperadamente algum tipo de contentamento mas não vejo, não chego, não tenho. Simplesmente não sinto, mas ardem os olhos e doem as pernas. Dói também a alma, e desespero mais a procura da batida perfeita que não acho, e acho que, no fundo, não houve... foi apenas mentira, foram apenas palavras.
Breves palavras.
Falsas palavras?
Ainda assim continuo em busca do fio. Ando à procura da linha, despedaço os laços e jogo fora todos os retalhos. Pelado, a alma crua, e viva e sensitiva para encontrar a vida. O fio. A linha.
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