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segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Tic, tac, tic, tac, tic, tac...

Agora, um calor estranho toma conta de minha barriga, uma ânsia parece estacionada em minha garganta doída, como se essa ânsa estivesse pronta para explodir e inundar minha vida de agonia.

Mastigo algo mais...
Folheio outra revista...
Aperto o teclado do celular...

Mas não passa. Não passa... não passa! E não há como passar mesmo... sei bem que isso é ansiedade, e que ela só passa quando estou contigo. Se bem que sua indiferença me mata, me arrasa, me pára...

Vejo-me perdido num misto de sensações ruins e deprimentes, sensações humilhantes que são o alimento de minha alma há pelo menos já nem sei quanto tempo... quanto tempo? Um ano, dois meses, cinco minutos, quem sabe? Alguém sabe medir o tempo da alma? Eternidade tem segundo? Quem sabe? Ninguém sabe. Nem eu sei direito...

Mas queria muito que você soubesse, e que você me tirasse desse martírio, porque as almas, elas não existem para sofrerem sós... no máximo juntas. As almas nasceram para encontrar alento umas nas outras, no caso meu e seu, a sua na minha e a minha na sua. Só sua. E quando invado a janela de sua alma, naqueles instantes finitos mas para mim tão gostosos e vagarosos; quando invado o esconderijo de sua alma medrosa sinto e até vejo sua inquietação, sua satisfação com tão pouco, vejo todo o misto de sensações... Vejo seu apelo por mim e até seu desejo, repouso, sob algum perdido...

_Depresa, levante-se! Acabou seu tempo, acabou o tempo, acabou, acabou, o tempo, não há...

Buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuum!

_Não há mais tempo...

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