_Sabe o que sou, menininha? Pergunta ele, em seu cavalo magro, um pouco cansado, depois de atravessar aquele lugar. Cheio de poeira e incrivelmente abatido, ele estava, inexplicavelmente, feliz.
_Espero que tragas boas novas, sorriu a menina, cordialmente.
Eles caminham juntos, a rua deserta e triste. Ele põe a delicada menina no lombo do cavalo, aperta sua mãozinha delicada e diz:
_Que bom seria se a cada passo que eu desse, voltasse o tempo e repisasse da maneira correta. Mas a vida, inexplicavelmente viva, não me dá esse luxo. Não nos dá esse luxo. Você me entende?, aponta para a menina, que só balança a cabeça e ri. A vida não nos dá esse luxo, minha querida. No máximo, a vida nos dá bons amigos para recolher os nossos erros e nos alertar do que fizemos.
Ela sorri e os dois seguem em frente, agora mais felizes.
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