sábado, 4 de setembro de 2010
#fantasmasdopassado
PARECE CASTIGO, OU O DESTINO TESTANDO ESSE #coraçãovagabundo, MAS A JORNADA PROSEGUE, e o que pesava ficou no caminho...
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Eu não sei mais quem sou nem sei o que quero. Apenas estou. Triste
O meu coração, sofrido, começou a bater mais forte ao ler aquelas suas primeiras palavras, depois de minhas palavras de desabafo, e tal qual minha respiração presa e ouvidos pressionados, uma sensação na barriga e a ansiedade de lê-lo logo, e assim talvez entender ou partir, no fim a conclusão que sempre esbarrei, inutilmente querendo fugir dela mas, enfim, eis ela em minha frente, escancarada, ou na tela, o que é pior, nesse inferno e céu de cada dia que tornou-se minha vida desde que me permiti ao amor e ao virtual por conta das distâncias, por conta dos afazeres, por conta de tudo enfim.
Pois que vontade de chorar, e que desgosto com o mundo. Quanto arrependimento por não ter dado certo, ao menos para mim, e, principalmente, que lamentável, para mim, esse meu amor que é tão grande e tão pobre de quaisquer outras coisas mas puro, acredite. Pois o que queria, juro, era sumir para bem longe, ou quem sabe ser outro homem, sem romantismos ou sonhos, o Super Homem que julguei não ser dia desses.
Queria ser forte, ou queria ser mágico e enfeitiçar você, ou queria ser um fuzileiro e esquartejá-lo inteiro, como à sua carta, que agora são só pedaços. Ou um louco completo eu queria ser, para me dopar dos mais doces remédios e deixar a fantasia tomar por totalidade a minha vida.
Ou não... não quero tantas coisas. Queria você e o ouvi dizer-me não - eis o meu câncer que, enveredado por minha carne e eu agora não é mais parte minha, e eis a mim com esse prato na mão e o câncer nele - esse amor por ti ensanguentado e sem serventia, na minha mão, e eu vergonha, sofrimento, decepção.
Triste.
Eu sou aquela mulher vaidosa que perdeu o seio; ou o outro que perdeu seus belos cabelos e sofre com o remédio que cura sua invalidez. Eu sou aquele que dorme ao leo e ninguém a ele vê, eu sou o cheiro ruim da cidade do Recife, sou o abafado que incomoda a todos, eu sou o nada, o que não interessa, a injustiça e tudo mais que não presta... E já não quero nada - agora eu quero ser reclusão e silêncio, até que esse nojo de eu mesmo passe, eu esqueça você e reencontre meu caminho.
Eu não sei mais quem sou nem sei o que quero. Apenas estou. Triste.
Pois que vontade de chorar, e que desgosto com o mundo. Quanto arrependimento por não ter dado certo, ao menos para mim, e, principalmente, que lamentável, para mim, esse meu amor que é tão grande e tão pobre de quaisquer outras coisas mas puro, acredite. Pois o que queria, juro, era sumir para bem longe, ou quem sabe ser outro homem, sem romantismos ou sonhos, o Super Homem que julguei não ser dia desses.
Queria ser forte, ou queria ser mágico e enfeitiçar você, ou queria ser um fuzileiro e esquartejá-lo inteiro, como à sua carta, que agora são só pedaços. Ou um louco completo eu queria ser, para me dopar dos mais doces remédios e deixar a fantasia tomar por totalidade a minha vida.
Ou não... não quero tantas coisas. Queria você e o ouvi dizer-me não - eis o meu câncer que, enveredado por minha carne e eu agora não é mais parte minha, e eis a mim com esse prato na mão e o câncer nele - esse amor por ti ensanguentado e sem serventia, na minha mão, e eu vergonha, sofrimento, decepção.
Triste.
Eu sou aquela mulher vaidosa que perdeu o seio; ou o outro que perdeu seus belos cabelos e sofre com o remédio que cura sua invalidez. Eu sou aquele que dorme ao leo e ninguém a ele vê, eu sou o cheiro ruim da cidade do Recife, sou o abafado que incomoda a todos, eu sou o nada, o que não interessa, a injustiça e tudo mais que não presta... E já não quero nada - agora eu quero ser reclusão e silêncio, até que esse nojo de eu mesmo passe, eu esqueça você e reencontre meu caminho.
Eu não sei mais quem sou nem sei o que quero. Apenas estou. Triste.
sábado, 28 de agosto de 2010
Comentário
RÁPIDO, daqueles pensamentos que temos e vão no mesmo instante, sem nem dar tempo de pegar...
"Sozinho. Rodeado de tecnologias e redes sociais e amigos - virtuais... Por quê não me contento? Por quê não me satisfaz?" #naoentendo
Cento e quarenta
Ainda estou pensando no que digo...
Devem ter sido centenas, talvez milhares... mas são apenas algumas centenas de dias em que moro só. E mesmo centenas, ainda há quem me pergunte como eu aguento - "como você aguenta?".
Ontem foram duas vezes, o cumulado da semana são dez ou doze, não sei ao certo porque parei de contar. Mas o contador de minhas amizades on line tudo conta e tudo me conta: foram quatorze vizitas semana passada, noventa acumuladas no mês, onze novas solicitações de amigos e nenhuma visualização aceita.
"Como você aguenta viver tão sozinho?"
Pois digo com a certeza de quem sabe cada pontada que a solidão me dá e em meu coração: eu aguento. É de minha natureza não adaptar-me à alegria superficial de uma amizade on line, um relacionamento que acaba se o sinal cair, o sistema ou modernidade do tipo - a minha natureza é humana e orgânica, eu até me contento em falar por um fio com quem está a algumas centenas de quilômetros, mas numa mesma cidade, aqui tão perto, eu quero gente de carne e osso, eu quero calor humano e não o calor de um motor - o da máquina.
Perdoem-me os amigos todos, eu sou só um saudosista e bobo que, solitário, gostaria de aquecer-se com calor orgânico - de gente. Eu não me adapto a essas conveniências todas da modernidade... Faltou dizer: não adiantam os 500 amigos, seja no messenger, orkut ou twitter que for - amizade virtual para falar ao vento; "oi, tem alguém ai" sic", para o quê? Se no fim continua-se sozinho?
Solidão on line? Obrigado, prefiro caminhar sozinho.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Super homem
Ao alto, e avante!
Tem dias que cansa ser forte. Antes disso, saiba que eu sou um super homem! Se todos me perguntam como aguento a tudo, só posso, de fato, ser um super homem...
Antes também, é possível ser forte por muitos dias seguidos, transformar-se de um simples humano eficiente a um Homem que faz todos os trabalhos de Hércules e ainda é compreensível, interessante, ouvinte e conselheiro da vida alheia, fazedor de piadas sobre tudo e ainda amoroso e amante ao menor sinal que venha do outro, sempre agradável, sempre certeiro, sempre eficaz, exato, sem maises nem menoses.
Mas há dias em que o super homem cansa. Mas se é super de verdade não se esgota de primeira: antes, lento e com o tempo, como o desgaste de uma parede ao tempo; ou como aquele sorvete preferido naquele dia de verão inesquecível, que era lindo e doce, mas frágil e com o passar dos segundos tornou-se aquele caldo, aquela sensação boa que era mas já passou. Foi, enfim, mas não se é mais.
É assim com o super homem, pois no dilema do super homem é calo e câncer exatamente esse foi que não é mais, porque nem sempre dá para ser super homem sempre, o homem do 'super homem' é humano e falível; e se os super homens de sempre não aguentam a ideia de não ser super sempre, antes que eu não seja mais um deles eu pare por aqui, doce, para não cometer mais equívocos ou catástrofes.
Eu largo os doze trabalhos devagar e sereno, e só de largá-los já vai haver um grande transtorno, seja para quem foi largado, seja para quem recebeu o largado, mas o egoísmo dos super homens não deveriam ligar-se a futilidades dessa natureza mas a uma perspectiva mais construtiva, talvez a de esperança e fé no futuro: paro agora para que o que não aguento não me esmague e, aí sim, acabe-se tudo, porque eu não sou super homem, eu sou só um homem, e como tal só posso fazer aquilo que posso, e quem tiver o Poder de resolver os problemas do mundo que se candidate, porque este super homem está jogando a toalha - umas doze toalhas, mais ou menos.
Pelo outro,
Pelo semelhante,
Pelo bem da humanidade ou qualquer outra que seja a desculpa para se chamar o super homem: eu só posso fazer até certo ponto, do qual já passei há tempos, e agora eu volto a esse certo ponto para que o tempo me mostre a hora de andar mais um pouco, a hora de fazer mais um pouco... Além do mais, este super homem estava a disposição de poucos outros, fazendo a poucos outros grandes tarefas, deixando de lado outros tantos 'outros' que também precisavam desse super homem e suas boas tarefas... Paro. Paro sim, porque o desafio de deixar de ser um super homem vai me fazer mais humano e mais leve, mas creia, fará também que eu continue um outro super... humano! De super carne e super sentimentos, que de verdade será prestativo, ouvinte, amigo, namorado e filho, e tudo mais que ele puder, porque o humano poder ser tudo, mas nem tudo pode ser do dia para a noite, nem tudo dá para sair perfeito... O tempo é nosso mais complexo brinquedo que na verdade brinca com a gente e quando menos se espera acabou-se o brincar, porque não há mais tempo... Pois largo essa super capa porque já não posso ser esse super homem, preciso apenas ser homem, apenas mais um ser humano, menos perfeição e mais aprendizados e caminhada... apenas caminhada e tempo.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Novo homem - Luto
Um bom dia para mudar. São sete e poucos minutos dessa noite fria de um dia estranho e triste, que não se arrastou, absolutamente não, a não ser nessas noites todas de sono minhas com a adorável e enlouquecedora solidão, essa companheira primeira que me acompanha desde o berço, o peito, a chupeta. Ela, certeza de que não me abandona, razão de meus planos e insanidade - falta de razão.
Pois eu ando tranquilo por esses horas normais e acredito, de novo, que essas são boas horas para mudar. Não se engane com essa minha cara, eu sou vários também em apenas um, camaleão e mutante, e essa cara que você vê é apenas cansasso, e ponto!
São boas horas para mudar sim, mas mudarei? Pois esqueçais esses amores e essa preguiça, me digo a mim mesmo dentro de mim, esquece também o que te incomoda e concentra no silêncio que o barulho toma; concentra na luz que só um cego consegue ver... limpa sua visão e também a alma de todos esses pesos e tenta...
São belos dias esses para esquecer e crescer. Um bom dia para mudar...
Pois eu ando tranquilo por esses horas normais e acredito, de novo, que essas são boas horas para mudar. Não se engane com essa minha cara, eu sou vários também em apenas um, camaleão e mutante, e essa cara que você vê é apenas cansasso, e ponto!
São boas horas para mudar sim, mas mudarei? Pois esqueçais esses amores e essa preguiça, me digo a mim mesmo dentro de mim, esquece também o que te incomoda e concentra no silêncio que o barulho toma; concentra na luz que só um cego consegue ver... limpa sua visão e também a alma de todos esses pesos e tenta...
São belos dias esses para esquecer e crescer. Um bom dia para mudar...
Saudade dói
Eu vejo essas fotos e os sorrisos teus, há também esses nós de gravatas rosas que eu ainda vou aprender a dar... por quê é tão pesado levar você em meu coração? Pois eu me arrasto, me destruo, não me dedico a nada lamentando essa distância; esse 'poderia ser' que não mais será; essas promessas todas que ficaram no ar daquele domingo em que você se foi dizendo estar nas núvens...
Pois é lá que você se esconde? Por quê você se esconde - era apenas isso que eu queria entender... Na impossibilidade disso, eu me remendo os cacos para tentar esquecer, tentar viver, tentar seguir e voltar de onde parei, ali, quando deixei tudo de lado para exclusivamente a você viver pra mim.
Essas suas fotos, seus sorrisos e todos esses fantasmas, Mãe de Deus, como dói.
Pois é lá que você se esconde? Por quê você se esconde - era apenas isso que eu queria entender... Na impossibilidade disso, eu me remendo os cacos para tentar esquecer, tentar viver, tentar seguir e voltar de onde parei, ali, quando deixei tudo de lado para exclusivamente a você viver pra mim.
Essas suas fotos, seus sorrisos e todos esses fantasmas, Mãe de Deus, como dói.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Tomara! [querida Luciana]
Tomara que a neblina das circunstâncias mais doídas não seja capaz de encobrir por muito tempo o nosso sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer para ver também um bocadinho de céu.
Tomara que os nossos enganos mais devastadores não nos roubem o entusiasmo para semear de novo. Que a lembrança dos pés feridos quando, valentes, descalçamos os sentimentos, não nos tire a coragem da confiança. Que sempre que doer muito, os cansaços da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor.
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de busca a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão da felicidade.
Tomara.
.Ana Jácomo
Tomara que os nossos enganos mais devastadores não nos roubem o entusiasmo para semear de novo. Que a lembrança dos pés feridos quando, valentes, descalçamos os sentimentos, não nos tire a coragem da confiança. Que sempre que doer muito, os cansaços da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor.
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de busca a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão da felicidade.
Tomara.
.Ana Jácomo
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Renovar
[lispector]
Imortal
Do FANTÁSTICO www.escritestranha.blogspot.com/
Imortal Para tirar você de dentro de mim,
precisa mais que tempo e distância;
não foi inventado ainda,
um jeito de te tirar daqui.
Para que eu te esqueça,
minha vontade não é própria;
eu, não tendo você aqui,
gosto mais ainda que antes.
Por isso, te falei um dia :
não sei mais do teu amor,
mas, o meu, sei muito bem
o quão eterno é.
Até depois que eu me for,
êle existirá.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Entenda-se
Um turbilhão de coisas estranhamente estranhas tomam esses meus dias e eu não sei explicar o que são, na verdade o cansasso me toma e tenho preguiça de pensar sobre tudo. É como aquela frase do "para o trem porque eu quero descer". Pois parem as horas porque eu preciso entendê-las. Todas.
Os dias, os trabalhos, esses amores, também essas vontades e tudo mais - tudo poderia ser mais simples e doce mas, vivendo de promessas, o que me resta se não esperá-las? Desistir delas?
O próprio fato de que o que me encomoda é "tudo", quando na verdade não são. O que me encomoda devem ser algumas coisas, que como disse, ando com preguiça de pensar sobre elas, mas ao mesmo tempo esa preguiça já me encomoda por demais e, o que falta, de boa, é tomar uma decisão.
Como já disse um dia que deixei o fardo no meio do caminho, mas ainda nem comecei. Há crédito sim, porque pelo menos quero começar a tentar. Deixar de lado todas essas coisas tolas que viciam meu coração mas não o satisfazem nem um pouco... Não, minha alma não quer mais migalhas nem voltas que não levam a nada. Minha alma quer vida, alegria, os amigos que existem sim e estão por aí e o que mais de bom se tem para melhorar meus dias e, enfim.
Como igualmente já disse, vou mudar algumas coisas de lugar para simbolizar a mudança maior que quero mas ainda não posso - pelo menos ela é tentada, já é alguma coisa. Mas para os próximos dias eu quero diferente de até então: xô insatisfação, tristezas e afins.
De boa, usando a expressão do último fora que levei, eu quero a felicidade das coisas boas dessa vida, e deixar aqui esse homem que me desagrada tanto e é chato e tudo mais.
Pé em Deus e fé na tábua. E que eu não leia auto-ajuda barata.
Os dias, os trabalhos, esses amores, também essas vontades e tudo mais - tudo poderia ser mais simples e doce mas, vivendo de promessas, o que me resta se não esperá-las? Desistir delas?
O próprio fato de que o que me encomoda é "tudo", quando na verdade não são. O que me encomoda devem ser algumas coisas, que como disse, ando com preguiça de pensar sobre elas, mas ao mesmo tempo esa preguiça já me encomoda por demais e, o que falta, de boa, é tomar uma decisão.
Como já disse um dia que deixei o fardo no meio do caminho, mas ainda nem comecei. Há crédito sim, porque pelo menos quero começar a tentar. Deixar de lado todas essas coisas tolas que viciam meu coração mas não o satisfazem nem um pouco... Não, minha alma não quer mais migalhas nem voltas que não levam a nada. Minha alma quer vida, alegria, os amigos que existem sim e estão por aí e o que mais de bom se tem para melhorar meus dias e, enfim.
Como igualmente já disse, vou mudar algumas coisas de lugar para simbolizar a mudança maior que quero mas ainda não posso - pelo menos ela é tentada, já é alguma coisa. Mas para os próximos dias eu quero diferente de até então: xô insatisfação, tristezas e afins.
De boa, usando a expressão do último fora que levei, eu quero a felicidade das coisas boas dessa vida, e deixar aqui esse homem que me desagrada tanto e é chato e tudo mais.
Pé em Deus e fé na tábua. E que eu não leia auto-ajuda barata.
O que sobrou de mim
Pista de cooper, 20h e poucos minutos de um dia aí. Eu paro e penso:
_Como é difícil me desligar de certas pessoas mas, que grande bobagem essa minha, esse meu sentimentalismo bobo e meu, são esses pesos em meus ombros sofridos, e preso a eles perco a tantas outras pessoas que a toda hora passam mas meus olhos ocupados não vêem...
_Como é difícil me desligar de certas pessoas mas, que grande bobagem essa minha, esse meu sentimentalismo bobo e meu, são esses pesos em meus ombros sofridos, e preso a eles perco a tantas outras pessoas que a toda hora passam mas meus olhos ocupados não vêem...
quarta-feira, 21 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Quais desses é você?
O dia estranho previu essas lágrimas que seriam primeiras as suas e depois as minhas - choveu derrepente, intenso mas rápido, e quando não se esperava, igualmente chorou-se: primeiro você, que eu julgava tão feliz; e mais tarde e por isso tudo eu chorei, mas sem você, apenas Deus e eu e essas paredes que você não conhece e, creio, agora sensato, não conhecerás mais... Porque na minha utópica filosofia de não sofrer, pede-se a coerência de desistir de não desistir de você, pelo simples fato de que é melhor isso porque você não vai mudar.
Doces lábios, pêlos e barriga, você é tudo que queria para minhas noites simples e possíveis... mas eu não sou o que mereces e eu mesmo devo esperar por quem realmente vá dar a mim tudo que ofereci a todos esses amores poucos mas não recebi em troca... Pois desisto porque nenhum de vocês mudará por mim e isso não é ruim, nem pra mim nem para vocês - cada qual tem o fardo que consegue carregar...Então que nos levantemos e sigamos. Com fé e coragem. Go...
Amar... Go?!
Doces lábios, pêlos e barriga, você é tudo que queria para minhas noites simples e possíveis... mas eu não sou o que mereces e eu mesmo devo esperar por quem realmente vá dar a mim tudo que ofereci a todos esses amores poucos mas não recebi em troca... Pois desisto porque nenhum de vocês mudará por mim e isso não é ruim, nem pra mim nem para vocês - cada qual tem o fardo que consegue carregar...Então que nos levantemos e sigamos. Com fé e coragem. Go...
Amar... Go?!
Santa Luzia
Há dias que já não me olho no espelho. Envergonha-me tanto o que o vidro reflete a mim que eu fico assustado e tenho terríveis pesadelos, ânsia de vômito, vergonha...
Se dizem que, cego, você reaprende a sentir o mundo (...) pois antes saísse dessa cegueira verdadeira que meus olhos insistem em me mostrar e, sem meus olhos, prestasse menos atenção nas conveniências todas e me deliciasse mais, integralmente, com o que realmente pode oferecer o tato, olfato ou qualquer um dos outros sentidos, menos a visão, essa cegueira em minha vista 'perfeita' que só a ela meus olhos hoje conseguem mostrar... doença... cegueira.
Não é a minha feiura o quê me assusta, muito mais assusta essa interrogação em minha testa e esses meus olhos vazios de 'aonde chegarás?', 'que bobagens terás que deixar para trás?', 'que sonhos deixarás de dormir?' e, pior: 'que sonhos deixarás de dormir em favor de quais outros sonhos?'...
Não é medo de mim, nem medo do que acredito nem medo de nada. É, apenas, medo de hoje. Medo de não sei bem o quê; e como me incomoda o que reflete no espelho... Prefiro não vê-lo para ver se não penso, para ver se me encontro, para ver se realmente sinto e, finalmente, para ver se durmo uma realidade que seja... diferente.
Se dizem que, cego, você reaprende a sentir o mundo (...) pois antes saísse dessa cegueira verdadeira que meus olhos insistem em me mostrar e, sem meus olhos, prestasse menos atenção nas conveniências todas e me deliciasse mais, integralmente, com o que realmente pode oferecer o tato, olfato ou qualquer um dos outros sentidos, menos a visão, essa cegueira em minha vista 'perfeita' que só a ela meus olhos hoje conseguem mostrar... doença... cegueira.
Não é a minha feiura o quê me assusta, muito mais assusta essa interrogação em minha testa e esses meus olhos vazios de 'aonde chegarás?', 'que bobagens terás que deixar para trás?', 'que sonhos deixarás de dormir?' e, pior: 'que sonhos deixarás de dormir em favor de quais outros sonhos?'...
Não é medo de mim, nem medo do que acredito nem medo de nada. É, apenas, medo de hoje. Medo de não sei bem o quê; e como me incomoda o que reflete no espelho... Prefiro não vê-lo para ver se não penso, para ver se me encontro, para ver se realmente sinto e, finalmente, para ver se durmo uma realidade que seja... diferente.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
O sentido da Vida
O sentido de minha vida, onde estará? Em sua carne? provavelmente não, e não me pergunte o porquê. Simplesmente saiba que, ainda que em ti, eu não me realizo por completo. Em sua ausência então, náufrago eu sou, perdido, abandonado; frustrado e condenado por aquele eterno naufrágio de tudo que fomos eu e você. Condenado a algo que não tem vida, mas ainda sim não é morte, porque se vivo ainda tem esperança, mas não está vivo - talvez vegete.
Pois terá minha vida, sentido, na maldade com certas coisas ao invés de sentido na compreensão e perdão às tuas faltas? É fato que não me prometesses nada, como igualmente é fato que não sei perder, que só distante essas coisas estranhas e doloridas vão passar, como igualmente pode ser na indiferença a ti e atento a qualquer migalha de sofrimento teu que eu provavelmente ficarei mais feliz... Fetiche ou vingança, você escolhe - o analista é você. E creia que será na indiferença plena a mim e meu coração curioso que eu vou achar o caminho doce e distante de tudo isso que, por hora, não me faz menor sentido.
Benditas horas essas que eu não sei te esperar.
Pois terá minha vida, sentido, na maldade com certas coisas ao invés de sentido na compreensão e perdão às tuas faltas? É fato que não me prometesses nada, como igualmente é fato que não sei perder, que só distante essas coisas estranhas e doloridas vão passar, como igualmente pode ser na indiferença a ti e atento a qualquer migalha de sofrimento teu que eu provavelmente ficarei mais feliz... Fetiche ou vingança, você escolhe - o analista é você. E creia que será na indiferença plena a mim e meu coração curioso que eu vou achar o caminho doce e distante de tudo isso que, por hora, não me faz menor sentido.
Benditas horas essas que eu não sei te esperar.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
CANÇÃO dos novos dias
Deixo meu coração. Absolutamente deixo-o nessa triste província. E também esses amores pelos quais ele, doentio, procura desesperado e sedento. Deixo também esse amor ao trabalho que até é digno mas, por um instante menos, trabalhe menos, porque essa alma ferida de saudade e utopias até tem forças para continuar mas... como?
Essa bendita alma quer paz por cinco minutos que seja, não pensar em nada, dormir tranquilo como no passado, uma gestação e eu aquele feto, fecundo. Essa boa alma quer minutos para reencontrar na fonte de tudo a essência que se confundiu com os sonhos rasos e de mentira que essa província má ofereceu a nós.
Não, esse nobre coração vagabundo de alma cansada não quer lembrar da solidão, nem daqueles amores do começo que te deixaram esperando... porque se tudo que se quer é perguntar 'até quando?' ou 'como você aguenta esperar?', que antes, esse nobre esqueça as perguntas e as bocas e relembre a simplicidade que foi o antes de tudo isso, não para viver de passado, mas para revigorar a esperança e torcer para que, nesse intervalo em que deixo, também as vontades, as perguntas e os amores se percam nesse intervalo solto e, aí, que só se sofra pelo que for novo, pelo que o futuro pode oferecer... Ao passado, um beijo de boa sorte e nunca mais...
Porque simbolista como sou, apenas isso - um novo ar, ainda que pouco e tão próximo - simbólico mas suficiente para cravar nessa carne essas mudanças todas e, enfim, quem sabe no mínimo não sofrer mais, ou ao menos sofrer pelo novo, não pelo que, há tempos, deixou a nós esperando sem avisar que não mais irá voltar...
sábado, 26 de junho de 2010
Sem título - a menina do papai
Sentada ao meio fio, ela olhou mas não viu qualquer perspectiva de presente ou de futuro; olhar de vazio, como sempre era assim, e apenas seu passado de menina ela via: o cabelo penteado ao meio, o sol na grama úmida e o pai, com sua máquina de aparar 'mato', o motor barulhento que a fazia gritar, "Mas não precisa gritar minha querida", dizia papai, que desligava a máquina para ouvi-la melhor.
_Mas não é contra a natureza da planta o senhor cortar ela papai?!
_A gente corta para ela ficar mais bonita... mais verde...
O olhar de obediência dizia que ela respeitava mas ainda assim não entendia. Talvez fosse o sol forte que fazia ela olhar com aquela cara... mas aquela não era a resposta que ambos queriam ouvir... Ele largou a máquina, sentou-se ao seu lado e disse:
_O que você acha? Vamos deixar, então, a grama crescer?
_Pode pai? O brilho no olhar agora era verdadeiro, não era o sol, era alegria, concluiu.
_Se você quiser, assim será.
Ela caminhou então, o pesinho 28 descalso, a grama fria e aquele vento leve; ela se pegou sorrindo, agora com pesinhos 35 e a brisa igualmente feliz, agora ela para e olha, e pensa:
_Essa grama sou eu, querendo crescer livre e pesada; é sobretudo o meu amor e tudo que eu sou... Se pedes que eu pare ou me cale, você é essa máquina infeliz e barulhenta, triste, cortando meus sonhos e meus desejos e o que eu sou - tornando-me só mais um alguém em meio a todos... E eu não sou igual a eles, nem eles são iguais entre si, mas por que o mundo insiste em se assustar com o que se realmente é? Por quê?
Só, ela olhou para trás, ele continuava parado, estático, morto?
_Pois eu morro, agora gritava, mas não deixo de ser assim, porque morte miserável é isso que você faz por mim...
_Cala a boca, ele disse...
_Eu me calo, para sempre...
O olho no olho
_...apenas para ti... e se prometi isso das outras vezes mas não cumpri, prometo novamente hoje, e depois de tudo que sofri, eu mostrarei a ti se não consigo... Nunca, escute bem...
Pota do dedo ao rosto
_Nunca mais arranco meu coração de meu peito para não mais sofrer...
Olhos marejados
_Antes disso arranco você de mim.
Deu as costas e foi. Não olhou para trás.
Para ouvir: Equalize
_Mas não é contra a natureza da planta o senhor cortar ela papai?!
_A gente corta para ela ficar mais bonita... mais verde...
O olhar de obediência dizia que ela respeitava mas ainda assim não entendia. Talvez fosse o sol forte que fazia ela olhar com aquela cara... mas aquela não era a resposta que ambos queriam ouvir... Ele largou a máquina, sentou-se ao seu lado e disse:
_O que você acha? Vamos deixar, então, a grama crescer?
_Pode pai? O brilho no olhar agora era verdadeiro, não era o sol, era alegria, concluiu.
_Se você quiser, assim será.
Ela caminhou então, o pesinho 28 descalso, a grama fria e aquele vento leve; ela se pegou sorrindo, agora com pesinhos 35 e a brisa igualmente feliz, agora ela para e olha, e pensa:
_Essa grama sou eu, querendo crescer livre e pesada; é sobretudo o meu amor e tudo que eu sou... Se pedes que eu pare ou me cale, você é essa máquina infeliz e barulhenta, triste, cortando meus sonhos e meus desejos e o que eu sou - tornando-me só mais um alguém em meio a todos... E eu não sou igual a eles, nem eles são iguais entre si, mas por que o mundo insiste em se assustar com o que se realmente é? Por quê?
Só, ela olhou para trás, ele continuava parado, estático, morto?
_Pois eu morro, agora gritava, mas não deixo de ser assim, porque morte miserável é isso que você faz por mim...
_Cala a boca, ele disse...
_Eu me calo, para sempre...
O olho no olho
_...apenas para ti... e se prometi isso das outras vezes mas não cumpri, prometo novamente hoje, e depois de tudo que sofri, eu mostrarei a ti se não consigo... Nunca, escute bem...
Pota do dedo ao rosto
_Nunca mais arranco meu coração de meu peito para não mais sofrer...
Olhos marejados
_Antes disso arranco você de mim.
Deu as costas e foi. Não olhou para trás.
Para ouvir: Equalize
quinta-feira, 24 de junho de 2010
O quase
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
(Autoria atribuída a Luís Fernando Veríssimo, mas que ele mesmo diz ser de Sarah Westphal Batista da Silva, em sua coluna do dia 31 de março de 2005 do jornal O Globo)
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
(Autoria atribuída a Luís Fernando Veríssimo, mas que ele mesmo diz ser de Sarah Westphal Batista da Silva, em sua coluna do dia 31 de março de 2005 do jornal O Globo)
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