O sentido de minha vida, onde estará? Em sua carne? provavelmente não, e não me pergunte o porquê. Simplesmente saiba que, ainda que em ti, eu não me realizo por completo. Em sua ausência então, náufrago eu sou, perdido, abandonado; frustrado e condenado por aquele eterno naufrágio de tudo que fomos eu e você. Condenado a algo que não tem vida, mas ainda sim não é morte, porque se vivo ainda tem esperança, mas não está vivo - talvez vegete.
Pois terá minha vida, sentido, na maldade com certas coisas ao invés de sentido na compreensão e perdão às tuas faltas? É fato que não me prometesses nada, como igualmente é fato que não sei perder, que só distante essas coisas estranhas e doloridas vão passar, como igualmente pode ser na indiferença a ti e atento a qualquer migalha de sofrimento teu que eu provavelmente ficarei mais feliz... Fetiche ou vingança, você escolhe - o analista é você. E creia que será na indiferença plena a mim e meu coração curioso que eu vou achar o caminho doce e distante de tudo isso que, por hora, não me faz menor sentido.
Benditas horas essas que eu não sei te esperar.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
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