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quarta-feira, 30 de junho de 2010

CANÇÃO dos novos dias

Deixo meu coração. Absolutamente deixo-o nessa triste província. E também esses amores pelos quais ele, doentio, procura desesperado e sedento. Deixo também esse amor ao trabalho que até é digno mas, por um instante menos, trabalhe menos, porque essa alma ferida de saudade e utopias até tem forças para continuar mas... como?
Essa bendita alma quer paz por cinco minutos que seja, não pensar em nada, dormir tranquilo como no passado, uma gestação e eu aquele feto, fecundo. Essa boa alma quer minutos para reencontrar na fonte de tudo a essência que se confundiu com os sonhos rasos e de mentira que essa província má ofereceu a nós.
Não, esse nobre coração vagabundo de alma cansada não quer lembrar da solidão, nem daqueles amores do começo que te deixaram esperando... porque se tudo que se quer é perguntar 'até quando?' ou 'como você aguenta esperar?', que antes, esse nobre esqueça as perguntas e as bocas e relembre a simplicidade que foi o antes de tudo isso, não para viver de passado, mas para revigorar a esperança e torcer para que, nesse intervalo em que deixo, também as vontades, as perguntas e os amores se percam nesse intervalo solto e, aí, que só se sofra pelo que for novo, pelo que o futuro pode oferecer... Ao passado, um beijo de boa sorte e nunca mais...
Porque simbolista como sou, apenas isso - um novo ar, ainda que pouco e tão próximo - simbólico mas suficiente para cravar nessa carne essas mudanças todas e, enfim, quem sabe no mínimo não sofrer mais, ou ao menos sofrer pelo novo, não pelo que, há tempos, deixou a nós esperando sem avisar que não mais irá voltar...

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