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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

#opoderdapalavra - para o bem ou para o mal

Há dias venho escrevendo em meu celular, velho companheiro de inseguranças e crises. E tenho dedicado minhas horas a outras coisas, algumas causas perdidas, outras causas possíveis. Mas hoje me deu uma vontade louca de escrever para desabafar, talvez, essa encruzilhada que estou e sou.
Pois quando me dizes "chefe nova" meu coração apaixonado pelo trabalho aperta e minha razão apela, "isso aqui não é seu nem é deles; isso aqui não tem dono..."... e como deixar aquilo que você aprendeu a amar e acreditar? Pois a minha insegurança e meu desapego, meu sonho novo, o meu futuro que eu não queria ter medo nem essa ansiedade que me toma, nada, absolutamente, deveria me abalar desse modo quando eu não sei quem sou mas sei que posso... eu posso.
Pois esse rápido texto é para dizer que eu estou com medo do futuro, eu já estou com saudade de muitos e eu continuo decepcionado sim com uns ou outros chefes que eu já considero ex; e eu estou ansioso também, mas a tudo isso que eu já sei que sinto, eu vou converter, ao menos a metade, em fé em mim para quando acordar amanhã fazer o que precisa ser feito e esperar que a vida, essa tecelã mãe e inimiga, mostre, enfim, o que será amanhã.
Mas hoje eu estou com medo e vontade de chorar, pela primeira vez na vida; e frágil como estou, nunca me senti tão adulto, pela primeira vez.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Papel de pão

..."Terminei te esperando, meio em vão, meio a tapa na cara daquela verdade que você me fez desacreditar e ela cuspiu forte em minha face, agora, seca e vitoriosa... você não veio... não veio.
Mas o meu veneno não me faz mas mal, porque o amor só é sofrimento para quem assim o queira, e eu tenho certos pesos do passado aos quais quero deixar aqui.
Obrigado, de qualquer modo, continuo amando você, mesmo sem entender. Um dia as coisas se explicam."


Para ouvir - http://www.youtube.com/watch?v=jgX3A7fXTHQ

CONSUMIDOR FELIZ

Taxando-me de vítima de um dia ruim, concluo, sentado nesse chão frio mas humildemente limpo, provavelmente por uma senhora pobre e terceirizada por esta estação de não sei a que frequência; concluo que não sou vítima de um dia ruim, mas de tempos ruins, culpa que começo a achar que não é dos dias, mas exclusivamente minha.
Essas noites mal dormidas, essa desorganização, essa preguiça e esses amores mal resolvidos, absolutamente esse abuso do mundo que me toma e me arrasta pelos dias, tudo isso me incomoda tanto e faz-me reclamar, mas culpa minha, admito, que prefiro o comodismo do reclamar e sentar ao canto, descansando desse cansaço crônico que, agora, começo a achar que também é culpa minha.
Pois essa é sua encruzilhada, nobre vagabundo, mutante e vilãozinho sozinho, e é digno de louvor saber que entendes, ou pelo menos começas a entender e agora ages; ação; CAMINHADA. 
Age, porque como bem dissesses em outros textos, a gente se prende a esse pouco com medo de perder o velho enquanto o novo e O POSSÍVEL passam em nossa frente, e volta, por todos os lados, e nós bobos, atrapalhados, com os olhos ocupados com o quê, me responda meu nobre pensador, seus olhos esperam por o quê, voltados para trás?
Para razão de quê?

Pra você

Em homenagem àquele seu "fica por aqui pra a gente conversar depois...", meu coração vagabundo soltou rojões e serpentinas, mas minha razão, ao contrário, jogou-me um balde de água fria, gelada como aquelas terras em mês de agosto; água fria como a indiferença tua naqueles momentos de outrora; e também a razão me jogou as lembranças de minhas lágrimas, meu medo de não mais te ter, todas as crises todas que me tomaram desde que não mais eu vi você, bobo, apaixonado a sua espera; parado naquele domingo que você não veio...
À esperança de que nesse domingo virias transformada na decepção de 'não, você não vem...', e à tantos outros domingos que espero, romântico; domingos de perder as contas; espera, enfim, que me veio à cabeça e tirou minha alegria de conversar contigo depois... conversar para querer-te mais? Não aguento... a essas confusões todas, uma música - [perdida e salva...]

Pois bem, não sei se quem fala agora é minha razão ou meu coração, o fato é que, ironicamente nesse domingo de agosto eu preciso não mais esperar você para ver se volto de onde parei ou sigo, mas sem esperar de ti nem reclamar, enfim... será que seria apenas mais um "como tá tu?", se esperasse para conversar contigo? Justamente mais um, como tantos outros que me somas quando estamos juntos nesse mundinho #virtual?
Pois morto de arrependimento e saudade eu tudo de fiz para não ver você, e de que importa ter passado a noite contigo em meus sonhos se realmente não somos... ou tudo isso é muito pouco... confuso... nós para o quê?

sábado, 4 de setembro de 2010

#fantasmasdopassado

PARECE CASTIGO, OU O DESTINO TESTANDO ESSE #coraçãovagabundo, MAS A JORNADA PROSEGUE, e o que pesava ficou no caminho...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Eu não sei mais quem sou nem sei o que quero. Apenas estou. Triste

O meu coração, sofrido, começou a bater mais forte ao ler aquelas suas primeiras palavras, depois de minhas palavras de desabafo, e tal qual minha respiração presa e ouvidos pressionados, uma sensação na barriga e a ansiedade de lê-lo logo, e assim talvez entender ou partir, no fim a conclusão que sempre esbarrei, inutilmente querendo fugir dela mas, enfim, eis ela em minha frente, escancarada, ou na tela, o que é pior, nesse inferno e céu de cada dia que tornou-se minha vida desde que me permiti ao amor e ao virtual por conta das distâncias, por conta dos afazeres, por conta de tudo enfim.
Pois que vontade de chorar, e que desgosto com o mundo. Quanto arrependimento por não ter dado certo, ao menos para mim, e, principalmente, que lamentável, para mim, esse meu amor que é tão grande e tão pobre de quaisquer outras coisas mas puro, acredite. Pois o que queria, juro, era sumir para bem longe, ou quem sabe ser outro homem, sem romantismos ou sonhos, o Super Homem que julguei não ser dia desses.
Queria ser forte, ou queria ser mágico e enfeitiçar você, ou queria ser um fuzileiro e esquartejá-lo inteiro, como à sua carta, que agora são só pedaços. Ou um louco completo eu queria ser, para me dopar dos mais doces remédios e deixar a fantasia tomar por totalidade a minha vida.
Ou não... não quero tantas coisas. Queria você e o ouvi dizer-me não - eis o meu câncer que, enveredado por minha carne e eu agora não é mais parte minha, e eis a mim com esse prato na mão e o câncer nele - esse amor por ti ensanguentado e sem serventia, na minha mão, e eu vergonha, sofrimento, decepção.
Triste.
Eu sou aquela mulher vaidosa que perdeu o seio; ou o outro que perdeu seus belos cabelos e sofre com o remédio que cura sua invalidez. Eu sou aquele que dorme ao leo e ninguém a ele vê, eu sou o cheiro ruim da cidade do Recife, sou o abafado que incomoda a todos, eu sou o nada, o que não interessa, a injustiça e tudo mais que não presta... E já não quero nada - agora eu quero ser reclusão e silêncio, até que esse nojo de eu mesmo passe, eu esqueça você e reencontre meu caminho.
Eu não sei mais quem sou nem sei o que quero. Apenas estou. Triste.

sábado, 28 de agosto de 2010

Comentário

RÁPIDO, daqueles pensamentos que temos e vão no mesmo instante, sem nem dar tempo de pegar...

"Sozinho. Rodeado de tecnologias e redes sociais e amigos - virtuais... Por quê não me contento? Por quê não me satisfaz?" #naoentendo

Cento e quarenta

Ainda estou pensando no que digo...

Devem ter sido centenas, talvez milhares... mas são apenas algumas centenas de dias em que moro só. E mesmo centenas, ainda há quem me pergunte como eu aguento - "como você aguenta?".
Ontem foram duas vezes, o cumulado da semana são dez ou doze, não sei ao certo porque parei de contar. Mas o contador de minhas amizades on line tudo conta e tudo me conta: foram quatorze vizitas semana passada, noventa acumuladas no mês, onze novas solicitações de amigos e nenhuma visualização aceita.
"Como você aguenta viver tão sozinho?"
Pois digo com a certeza de quem sabe cada pontada que a solidão me dá e em meu coração: eu aguento. É de minha natureza não adaptar-me à alegria superficial de uma amizade on line, um relacionamento que acaba se o sinal cair, o sistema ou modernidade do tipo - a minha natureza é humana e orgânica, eu até me contento em falar por um fio com quem está a algumas centenas de quilômetros, mas numa mesma cidade, aqui tão perto, eu quero gente de carne e osso, eu quero calor humano e não o calor de um motor - o da máquina.

Perdoem-me os amigos todos, eu sou só um saudosista e bobo que, solitário, gostaria de aquecer-se com calor orgânico - de gente. Eu não me adapto a essas conveniências todas da modernidade... Faltou dizer: não adiantam os 500 amigos, seja no messenger, orkut ou twitter que for - amizade virtual para falar ao vento; "oi, tem alguém ai" sic", para o quê? Se no fim continua-se sozinho?
Solidão on line? Obrigado, prefiro caminhar sozinho.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Super homem

Ao alto, e avante!

Tem dias que cansa ser forte. Antes disso, saiba que eu sou um super homem! Se todos me perguntam como aguento a tudo, só posso, de fato, ser um super homem...
Antes também, é possível ser forte por muitos dias seguidos, transformar-se de um simples humano eficiente a um Homem que faz todos os trabalhos de Hércules e ainda é compreensível, interessante, ouvinte e conselheiro da vida alheia, fazedor de piadas sobre tudo e ainda amoroso e amante ao menor sinal que venha do outro, sempre agradável, sempre certeiro, sempre eficaz, exato, sem maises nem menoses.
Mas há dias em que o super homem cansa. Mas se é super de verdade não se esgota de primeira: antes, lento e com o tempo, como o desgaste de uma parede ao tempo; ou como aquele sorvete preferido naquele dia de verão inesquecível, que era lindo e doce, mas frágil e com o passar dos segundos tornou-se aquele caldo, aquela sensação boa que era mas já passou. Foi, enfim, mas não se é mais.
É assim com o super homem, pois no dilema do super homem é calo e câncer exatamente esse foi que não é mais, porque nem sempre dá para ser super homem sempre, o homem do 'super homem' é humano e falível; e se os super homens de sempre não aguentam a ideia de não ser super sempre, antes que eu não seja mais um deles eu pare por aqui, doce, para não cometer mais equívocos ou catástrofes.
Eu largo os doze trabalhos devagar e sereno, e só de largá-los já vai haver um grande transtorno, seja para quem foi largado, seja para quem recebeu o largado, mas o egoísmo dos super homens não deveriam ligar-se a futilidades dessa natureza mas a uma perspectiva mais construtiva, talvez a de esperança e fé no futuro: paro agora para que o que não aguento não me esmague e, aí sim, acabe-se tudo, porque eu não sou super homem, eu sou só um homem, e como tal só posso fazer aquilo que posso, e quem tiver o Poder de resolver os problemas do mundo que se candidate, porque este super homem está jogando a toalha - umas doze toalhas, mais ou menos.
Pelo outro,
Pelo semelhante,
Pelo bem da humanidade ou qualquer outra que seja a desculpa para se chamar o super homem: eu só posso fazer até certo ponto, do qual já passei há tempos, e agora eu volto a esse certo ponto para que o tempo me mostre a hora de andar mais um pouco, a hora de fazer mais um pouco... Além do mais, este super homem estava a disposição de poucos outros, fazendo a poucos outros grandes tarefas, deixando de lado outros tantos 'outros' que também precisavam desse super homem e suas boas tarefas... Paro. Paro sim, porque o desafio de deixar de ser um super homem vai me fazer mais humano e mais leve, mas creia, fará também que eu continue um outro super... humano! De super carne e super sentimentos, que de verdade será prestativo, ouvinte, amigo, namorado e filho, e tudo mais que ele puder, porque o humano poder ser tudo, mas nem tudo pode ser do dia para a noite, nem tudo dá para sair perfeito... O tempo é nosso mais complexo brinquedo que na verdade brinca com a gente e quando menos se espera acabou-se o brincar, porque não há mais tempo... Pois largo essa super capa porque já não posso ser esse super homem, preciso apenas ser homem, apenas mais um ser humano, menos perfeição e mais aprendizados e caminhada... apenas caminhada e tempo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Novo homem - Luto

Um bom dia para mudar. São sete e poucos minutos dessa noite fria de um dia estranho e triste, que não se arrastou, absolutamente não, a não ser nessas noites todas de sono minhas com a adorável e enlouquecedora solidão, essa companheira primeira que me acompanha desde o berço, o peito, a chupeta. Ela, certeza de que não me abandona, razão de meus planos e insanidade - falta de razão.
Pois eu ando tranquilo por esses horas normais e acredito, de novo, que essas são boas horas para mudar. Não se engane com essa minha cara, eu sou vários também em apenas um, camaleão e mutante, e essa cara que você vê é apenas cansasso, e ponto!
São boas horas para mudar sim, mas mudarei? Pois esqueçais esses amores e essa preguiça, me digo a mim mesmo dentro de mim, esquece também o que te incomoda e concentra no silêncio que o barulho toma; concentra na luz que só um cego consegue ver... limpa sua visão e também a alma de todos esses pesos e tenta...

São belos dias esses para esquecer e crescer. Um bom dia para mudar...

Saudade dói

Eu vejo essas fotos e os sorrisos teus, há também esses nós de gravatas rosas que eu ainda vou aprender a dar... por quê é tão pesado levar você em meu coração? Pois eu me arrasto, me destruo, não me dedico a nada lamentando essa distância; esse 'poderia ser' que não mais será; essas promessas todas que ficaram no ar daquele domingo em que você se foi dizendo estar nas núvens...
Pois é lá que você se esconde? Por quê você se esconde - era apenas isso que eu queria entender... Na impossibilidade disso, eu me remendo os cacos para tentar esquecer, tentar viver, tentar seguir e voltar de onde parei, ali, quando deixei tudo de lado para exclusivamente a você viver pra mim.
Essas suas fotos, seus sorrisos e todos esses fantasmas, Mãe de Deus, como dói.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Tomara! [querida Luciana]

Tomara que a neblina das circunstâncias mais doídas não seja capaz de encobrir por muito tempo o nosso sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer para ver também um bocadinho de céu.

Tomara que os nossos enganos mais devastadores não nos roubem o entusiasmo para semear de novo. Que a lembrança dos pés feridos quando, valentes, descalçamos os sentimentos, não nos tire a coragem da confiança. Que sempre que doer muito, os cansaços da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor.

Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de busca a ideia da alegria.

Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão da felicidade.

Tomara.



.Ana Jácomo

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Renovar


"Desejava ainda mais: renascer sempre, cortar tudo o que aprendera, o que vira, e inaugurar-se num terreno novo onde todo pequeno ato tivesse um significado, onde o ar fosse respirado como da primeira vez".


[lispector]

Imortal

Imortal


Para tirar você de dentro de mim,
precisa mais que tempo e distância;
não foi inventado ainda,
um jeito de te tirar daqui.
Para que eu te esqueça,
minha vontade não é própria;
eu, não tendo você aqui,
gosto mais ainda que antes.
Por isso, te falei um dia :
não sei mais do teu amor,
mas, o meu, sei muito bem
o quão eterno é.
Até depois que eu me for,
êle existirá.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Entenda-se

Um turbilhão de coisas estranhamente estranhas tomam esses meus dias e eu não sei explicar o que são, na verdade o cansasso me toma e tenho preguiça de pensar sobre tudo. É como aquela frase do "para o trem porque eu quero descer". Pois parem as horas porque eu preciso entendê-las. Todas.
Os dias, os trabalhos, esses amores, também essas vontades e tudo mais - tudo poderia ser mais simples e doce mas, vivendo de promessas, o que me resta se não esperá-las? Desistir delas?
O próprio fato de que o que me encomoda é "tudo", quando na verdade não são. O que me encomoda devem ser algumas coisas, que como disse, ando com preguiça de pensar sobre elas, mas ao mesmo tempo esa preguiça já me encomoda por demais e, o que falta, de boa, é tomar uma decisão.
Como já disse um dia que deixei o fardo no meio do caminho, mas ainda nem comecei. Há crédito sim, porque pelo menos quero começar a tentar. Deixar de lado todas essas coisas tolas que viciam meu coração mas não o satisfazem nem um pouco... Não, minha alma não quer mais migalhas nem voltas que não levam a nada. Minha alma quer vida, alegria, os amigos que existem sim e estão por aí e o que mais de bom se tem para melhorar meus dias e, enfim.
Como igualmente já disse, vou mudar algumas coisas de lugar para simbolizar a mudança maior que quero mas ainda não posso - pelo menos ela é tentada, já é alguma coisa. Mas para os próximos dias eu quero diferente de até então: xô insatisfação, tristezas e afins.
De boa, usando a expressão do último fora que levei, eu quero a felicidade das coisas boas dessa vida, e deixar aqui esse homem que me desagrada tanto e é chato e tudo mais.
Pé em Deus e fé na tábua. E que eu não leia auto-ajuda barata.

O que sobrou de mim

Pista de cooper, 20h e poucos minutos de um dia aí. Eu paro e penso:

_Como é difícil me desligar de certas pessoas mas, que grande bobagem essa minha, esse meu sentimentalismo bobo e meu, são esses pesos em meus ombros sofridos, e preso a eles perco a tantas outras pessoas que a toda hora passam mas meus olhos ocupados não vêem...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tentativa

Um beijo no passado para deixá-lo no lugar que deve estar, e com isso ganhar espaço para os amores do futuro; mas esse passado, bendito, que insiste em me perseguir e todos esses amores... como?!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pimenta

Porque me deixou acreditar que eu não era importante, e me deixou confuso e sem resposta... ai eu, cansado e calejado, optei por desistir: antes a maior dor do mundo de uma vez do que essa dor média em doses pequenas e diárias.
Talvez eu sobreviva.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quais desses é você?

O dia estranho previu essas lágrimas que seriam primeiras as suas e depois as minhas - choveu derrepente, intenso mas rápido, e quando não se esperava, igualmente chorou-se: primeiro você, que eu julgava tão feliz; e mais tarde e por isso tudo eu chorei, mas sem você, apenas Deus e eu e essas paredes que você não conhece e, creio, agora sensato, não conhecerás mais... Porque na minha utópica filosofia de não sofrer, pede-se a coerência de desistir de não desistir de você, pelo simples fato de que é melhor isso porque você não vai mudar.
Doces lábios, pêlos e barriga, você é tudo que queria para minhas noites simples e possíveis... mas eu não sou o que mereces e eu mesmo devo esperar por quem realmente vá dar a mim tudo que ofereci a todos esses amores poucos mas não recebi em troca... Pois desisto porque nenhum de vocês mudará por mim e isso não é ruim, nem pra mim nem para vocês - cada qual tem o fardo que consegue carregar...Então que nos levantemos e sigamos. Com fé e coragem. Go...
Amar... Go?!

Santa Luzia

Há dias que já não me olho no espelho. Envergonha-me tanto o que o vidro reflete a mim que eu fico assustado e tenho terríveis pesadelos, ânsia de vômito, vergonha...
Se dizem que, cego, você reaprende a sentir o mundo (...) pois antes saísse dessa cegueira verdadeira que meus olhos insistem em me mostrar e, sem meus olhos, prestasse menos atenção nas conveniências todas e me deliciasse mais, integralmente, com o que realmente pode oferecer o tato, olfato ou qualquer um dos outros sentidos, menos a visão, essa cegueira em minha vista 'perfeita' que só a ela meus olhos hoje conseguem mostrar... doença... cegueira.
Não é a minha feiura o quê me assusta, muito mais assusta essa interrogação em minha testa e esses meus olhos vazios de 'aonde chegarás?', 'que bobagens terás que deixar para trás?', 'que sonhos deixarás de dormir?' e, pior: 'que sonhos deixarás de dormir em favor de quais outros sonhos?'...
Não é medo de mim, nem medo do que acredito nem medo de nada. É, apenas, medo de hoje. Medo de não sei bem o quê; e como me incomoda o que reflete no espelho... Prefiro não vê-lo para ver se não penso, para ver se me encontro, para ver se realmente sinto e, finalmente, para ver se durmo uma realidade que seja... diferente.