Daqui de onde me reenvento, meu céu é mil vezes mais bonito. É um céu furado por milhares de estrelas que, mesmo ofuscadas pela luz entristecida de um poste velho, ainda assim brilham lindamente...
Acima de minha oca, tem uma que brilha mais, branca, simples e linda. Mas à frente também: constelações inteiras bem à frente de minha varanda, a 90º cabeça a cima. Umas coloridas, outras apenas claras; umas sintilantes, outras apenas poeira luminosa jogada no meu céu exclusivo.
Daqui de onde me reenvento, enfim, as estrelas e todos os astros todos me reconstroem e me perdoam os pecados, e me absorvem e condenam:condenado a viver, nobre vagabundo, e a tentar de novo, porque se nossa dança te toca as entranhas do espírito, então ainda estás apto a não apenas tentar novamente mas ao que mais quiseres. E quando isso não for mais aquilo, é chegada a hora da pá de cal!
E do céu que me condena e me absolve, surgem também aquelas núvens negras, desgraçadas, que nos roubam a beleza e... o que mais, Deus meu?
_O quê? E precisa de mais?!
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
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