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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Declaração [dedo podre]

Esperei por todos esses minutos, e interpretei os seus sinais e gestos, aqueles seus olhos e tudo, como propício para mim; entendi tudo como mensagem subliminar; seu cheiro como interesse, seus prolongares como vontade de me ter por perto; acreditei, enfim, em nós dois.

E aí me joguei!

De olhos fechados; decidido, esperançoso paciente e discimulado para com o resto do mundo, porque agora só me importa você. Joguei-me paciente por você, angustiado pelo segundo ao seu lado em que não podia demonstrar afeto algum, nada; e não sei se já disse, mas meus amores são meio doentios, e por isso, às vezes, autossuficientes, amor sozinho, delinquente, uma loucura, sabe?! Amor estranho...

Mas interpretei, enfim, tudo como sendo bom para nós dois e agora... agora, o que me resta se não partir sem a esperança de tê-la por um segundo que fosse apenas para mim?!

O que me resta é amar sozinho, eu mesmo já respondi; e debruçar-me, de longe, a tudo que não foi esse nosso amor puro... sozinho, até o próximo outono em que possa me apaixonar novamente ou rever-te, enfim...

O que me resta é amar sozinho?

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