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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

No quarto escuro

Escuta-se as passadas dos segundos, o pulsar do coração e o barulho da cama ao lado, que range estranhamente, meio desconfortável, insistente, insuportável e sofrível. Escuta-se, cheira-se, enxerga-se tamanha perca de tempo.

Mas não é dos barulhos nem dos segundos, apenas, que gostaria de expressar filosofia, mas da solidão dessas vinte e poucas horas que se arrastam trancadas nessa casa estranha, acompanhados dela e da TV; maçantes, constrangedoras, desesperadamente decepcionantes perante a luz da vida.

E a impotência de perder preciosos momentos da vida pela promessa de futuro quando acumulamos ao longo dos anos, acumulamos... acumulamos o quê mesmo?

Perco tempo vivendo de fugas e mentiras, além das promessas e esperanças, e para quê se tudo isso em nada conta como prazer em viver?!

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