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Caneta preta no papel perfumado. A pressa para deixar o bilhete por baixo da porta que se abre pontualmente às sete e meia, às vezes oito horas. O suspiro profundo em busca das palavras perfeitas, o capricho na letra, o pensamento...
...Esse é só mais um texto em sua homenagem. Às vezes peço que seja o último mas, no fundo, gosto que seja outro, de muitos outros...
Mas hoje acho que é único, porque veio do momento, sabe, depois de pensar em futuro e passado, depois de pensar em nós, depois de se embebedar em promessas e se banhar em solidão... Meu bem, o que deixei de fazer e o que ainda me resta para não te perder de vez? E aquele encontro nas férias que tínhamos sugerido marcar no último dia?
Ai de mim que sou romântico, porque me apego às promessas como ao oxigênio com relação às plantas... entendeu? Plantas, oxigênio, fotossíntese... Acho que já disse isso, droga! E essa carta é para poesia, não para desabafo... Para confissões e bobagens minhas...
Pensa. Ainda em busca da inspiração, do verso perfeito...
O que é o tempo e qual o sentido da vida quando não estamos juntos? O que oferecer em troca do amor que nos dão sem que peçamos amor?! Porque el simplesmente surge e aí o que se há de fazer, não é mesmo...
Amada amada, honestamente não sei o que dizer... sei que não amo porque meu coração encontra-se tão longe... Quilômetros de distância... Mas estar ao seu lado é tão bom que acho que estou prestes a descobrir um novo amor, novo mas normal, como sempre e...
Infelizmente, faltou a inspiração ideal para esses versos mas sobrou a honestidade perfeita para expressar aquilo que sinto de verdade. Sem rodeios: Ama-me.
Um beijo...
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