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quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Dependência psíquica lícita

Sobrevivo a mais um dia... e depois de um dia de mundos e fundos, depois de ir e vir, tropeçar, cair e subir, depois de me chocar e decepcionar, me decepcionar, encontro-me exausto jogado nas ruas, encontro-me anestesiado, apesar de não ter certeza de o quê me entorpece... sei que o coração tá machucado, cansado desse fado que é amar sem ser amado.

Socorro!

Preciso desesperadamente de minha dose sem restrições médicas de loucura aguda... preciso de loucura, preciso de loucura!

Agora, todos me olham com seus olhos mortos e cansados, mas o que posso fazer, é a crise de abstinência, repito, antes de me expulsarem do coletivo enfadonho.

Morram todos numa batida violenta,
grito, abalado com o meio fio... morram todos, repito baixinho, o coração pesado e os olhos tristes também, cansados também, desiludidos do mundo. Ainda posso acreditar no ser humano, pergunto, enquanto os carros passam e a vida também. Caminho pra onde, penso, por onde?

Ando sem rumo, talvez depois me aprume, mas como? Ando mais um pouco, gosto de morte na boca, não morte de morrer, mas morte de não mais estar vivo... já me sinto louco quando ouço, longe, um som torto...

É ela, irônica, num carro, chamando por meu nome.

Kiss-me baby,
Kiss-me
Não me suicidei por um triz
Ai de mim que sou assim

É tudo que ouço em meio àquela dor de cabeça.

Como um mutante
No fundo sempre sozinho
Seguindo o meu caminho
Ai de mim que sou romântic...

Viro as costas e sigo em frente, mais confuso do que nunca, mais esperançoso do que antes.

Que fim dar a esse texto, meu Deus, penso, e automaticamente respondo:

Como um mutante, no fundo sempre sozinho, seguindo o meu caminho, ai de mi que sou romântico! Kiss-me Baby
Kiss-me
pena que você não me quis, não me suicidei por um triz, ai de mim que sou assim.

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