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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Palavras de repúdio

[depois de um não; o coração acelerado, mãos e coração frio, algumas lágrimas no rosto e vergonha de ter dito o que não de deveria se dizer, amor velado é mais indolor. As luzes da noite estão tranquilas, as ruas estão sozinhas e abandonadas, são duas horas e pouco da madrugada, mas não faz frio; o frio vem de dentro para fora. O celular em mãos, escorregadio...]

_Dizer que amo para as pessoas que não me amam planta em mim uma semente de nojo comigo mesmo, e subordinação ao contrário; porque quando amo não tenho vergonha de nada, mas daí a receber indiferença? Isso é demais para minha alma infeliz e tempestuosa... Aí sim eu enlouqueço mais e desorganizo-me mais e, o principal, eu mato esse amor, nem que para isso eu tenha que matar a mim mesmo, e me mato mesmo! Porque para acabar com amores assim, tão intensos e enraizados em mim, somente arracando do peito esse coração doente de amor...

Silêncio.

_Eram mentira aqueles olhos negros por trás do vidro, que me perguntavam se aquele era o limite ou eu ainda aguentaria mais? Era de mentira a entonação ao chamar meu nome? Era o quê a curiosidade de olhar para mim quando a sala inteira e eu não estavamos olhando? Eram falsas as afirmações de que bastou eu estar para valer a pena? E tudo mais que nem dá mais tempo, nem espaço... tudo aquilo e o que mais eu ainda tenha acreditado de ti, foi tudo ilusão de meu coração? Ou só mais uma mera decepção das tantas?

Sem resposta.

Desligou o celular.

Eram três da manhã.

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