Na praia, observa o horizonte do meio dia ao verão dos trópicos enquanto digere mais uma gota do cigarro... não é de seu feitio consumir tabaco, mas o nervosismo o levara ao ato. Calmamente, uma gota e outra: o suor que brinca com os pêlos de seu peito, a lágrima que percorre seu lindo rosto de garoto. O rosto, calmamente... Derrepente, vê-se acompanhado, mas não reclama. Apenas contempla o horizonte e a outra baforada de substâncias. Calmamete? Talvez não mais calmamente...
Desculpe-me, diz-lhe a voz meio envergnhada, talvez um pouco sedenta de desejo.
Não devo desculpas a você, responde firme, um pouco magoado, mas honesto, verdadeiro.
Não sei o que deu nela, ela sempre faz isso, mas nunca agiu assim, continua. Olham-se e não etendem o que acabou de ser dito. Esses malditos óculos escuros, pensa...
Digo... ela é ciumenta, mas não a esse ponto, entende?, tenta, sem grande sucesso. Que vergonha, que vergonha, repete, enquanto leva as mãos ao rosto. Ele permanece parado, focado, sufocado?
O sol do meio dia transforma o horizonte, traspondo um movimento sensual a tudo que se encontra a sua frente, quase como numa dança de belos quadris. Um manjar dos deuses. Ou seria aos deuses? O suor continua a escorrer por seu tronco nu, e a gota de lágrima ainda brinca com sua pele branca, escondida do sol pelos benditos óculos escuros.
O outro levanta-se, chorando, e vai embora, enquanto ele permanece solitário. Firme, mas magoado. É o fim. É o fim?, perguntam-se, sem saber. Como saber?
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Quando for mesmo o fim, ele não terá como ter dúvida, não haverá como perguntar se é ou não. Se é que me entende. Risos.
ResponderExcluirSaudades, menino. Minha vida continua um caos. Sabe do pior? Acho que não to mais em nenhuma turma com vocês. Minha matrícula foi uma novela.
Espero que esteja tudo muito bem com você.
Beijo grande.