...e eu senti saudades dela... e também ciúmes de todos, e vontade de chorar, e de cortar meus pulsos e ver o sangue jorrar e tudo que de ruim mais pudesse me acontecer. Senti orgulhjo de todo meu drama, abracei o papél de vítima, sim, sou vítima de sua tirania, de sua indiferença, de meu amor não correspondido ou misturado a tantos outros sentimentos que não necessariamente amor. Eu quis morrer naquele momento, eu já estava morto de ciúmes. Eu quis chorar de raiva, de mim e dos outros, eu quis fugir para onde ninguém pudesse me achar, nem mesmo eu, eu senti raiva daqueles que até nem tiveram culpa de nada. Eu fui egoísta e senti ciúmes, simplesmente, por isso aposto que é amor.
Eu quis chorar, e você nem vai saber, porque você já não sabe de mim; há tempos você não sabe de mim, por isso desejo cada dia mais fugir para longe, longe, longe...
A inspiração que faltava para alguns versos tortos me veio agora, ao fervor do sangue... "na face lisa de meus olhos tristes, o que serão deles quando não mais nos vermos pessoalmente, ao fim dessa primavera? Nos veremos ainda, algum dia, ou agora só em outro plano, numa eternidade distante para mim ou para você? O que serão de meus olhos sofridos e dramáticos quando não mais vê-la, amada, se bem que já não nos vemos, e aí talvez já estejamos preparados. Aliás, preparado, porque de seus olhos lindos há tempos não vejo nada, a não ser umas passagens rasteiras de quarta em quarta-feira, quando assim nos encontramos. O que será de tua face lisa até o fim de tudo, menina?
Pois que morras, para que não sejas de mais ninguém a não ser de Deus, e se morreres, juro, morro junto, morro de verdade, para quem sabe mais um encontro, porque na vida, de verdade, já não me resta nada a não ser esse tal de amor".
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Emancipação
A pá de cal no passado, o adeus à subvida, a felicidade, a nova chance, o futuro, o daqui pra frente eu. Daqui pra frente o novo que eu tanto esperei, a chance de recomeçar, o futuro me chamando para brincar, o sopro de vida... TUDO! A nova vida sem ressentimentos, ódio ou rancor, apenas o recomeço, dessa vez do meu jeito, e a quem ficou para trás, meu sincero desejo de felicidade. Aos outros, com licença que eu vou viver... sejam felizes! Todos! Aos que me magoaram, já não há mais feridas. Aos que não me entendem, lamento, e me perdoem, se esse for o caso. Aos que me amam bem vindos, todos... Os que não me amam também. Esse é o novo homem que eu sempre quis mas nunca cumpri. Esse sou eu livre para guiar minha vida de meu jeito, acompanhado de, apenas, boas coisas do passado. Agora, não mais um poço, mas uma fonte inesgotável de esperança e fé, em mim, no futuro e em tudo. Bem vindos, enfim: esse sou o eu de sempre... renovado.
Durante a semana, 7 e pouco da manhã
Na rua, a caminho do trabalho, penso: "as minhas noites mal dormidas eu escondo com um bom colírio mais os óculos escuros. Mas como esconder o resto de tudo?"
Construindo
Saudades do passado, onde tudo era mais fácil?
Não, saudades das coisas fáceis do passado, ingênuas, infantis. Saudade da tranquilidade e tudo...
Não, saudades das coisas fáceis do passado, ingênuas, infantis. Saudade da tranquilidade e tudo...
Satisfação
Eu queria falar delas, que me falam ao messenger mas, pessoalmente não; que me flertam carente mas, em verdade não, pessoalmente não. Queria até falar de meus sonhos, meus medos, da louca e da nova casa, nova. Eu queria falar de meus dias, e queria falar de todos eles, mas me falta a inspiração e tempo, e a cabeça só pensa no novo tempo; a cabeça só pensa, enfim, em quando tudo aquilo terminaria para recomeçar aquilo outro. Aguardo. Já esperei tanto que um minuto a mais é pouco...
Zumbi de província
Prenda-se ao desagradável pela falta que você não pode acumular para não perder o semestre, ou pelo precioso ponto de uma prova inútil que, sem ele, o semestre não fecha e você reprova [em tudo, inclusive na vida]. Prenda-se ao marasmo de pessoas cansadas e mal humoradas, prenda-se e comungue com elas dessa coisa deplorável que é o viver cotidianamente nessa lamentável província onde tudo rasteja, triste e sujo, rasteja. E prenda-se a essas pessoinhas cheias de boas [más] intenções, prenda-se, enfim, a esse conviver mais ou menos e torne-se mais um nessa mutidão de tristes sobreviventes.
Enfim: prenda-se e torne-se isso.
Enfim: prenda-se e torne-se isso.
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