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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Tomara! [querida Luciana]

Tomara que a neblina das circunstâncias mais doídas não seja capaz de encobrir por muito tempo o nosso sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer para ver também um bocadinho de céu.

Tomara que os nossos enganos mais devastadores não nos roubem o entusiasmo para semear de novo. Que a lembrança dos pés feridos quando, valentes, descalçamos os sentimentos, não nos tire a coragem da confiança. Que sempre que doer muito, os cansaços da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor.

Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de busca a ideia da alegria.

Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão da felicidade.

Tomara.



.Ana Jácomo

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Renovar


"Desejava ainda mais: renascer sempre, cortar tudo o que aprendera, o que vira, e inaugurar-se num terreno novo onde todo pequeno ato tivesse um significado, onde o ar fosse respirado como da primeira vez".


[lispector]

Imortal

Imortal


Para tirar você de dentro de mim,
precisa mais que tempo e distância;
não foi inventado ainda,
um jeito de te tirar daqui.
Para que eu te esqueça,
minha vontade não é própria;
eu, não tendo você aqui,
gosto mais ainda que antes.
Por isso, te falei um dia :
não sei mais do teu amor,
mas, o meu, sei muito bem
o quão eterno é.
Até depois que eu me for,
êle existirá.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Entenda-se

Um turbilhão de coisas estranhamente estranhas tomam esses meus dias e eu não sei explicar o que são, na verdade o cansasso me toma e tenho preguiça de pensar sobre tudo. É como aquela frase do "para o trem porque eu quero descer". Pois parem as horas porque eu preciso entendê-las. Todas.
Os dias, os trabalhos, esses amores, também essas vontades e tudo mais - tudo poderia ser mais simples e doce mas, vivendo de promessas, o que me resta se não esperá-las? Desistir delas?
O próprio fato de que o que me encomoda é "tudo", quando na verdade não são. O que me encomoda devem ser algumas coisas, que como disse, ando com preguiça de pensar sobre elas, mas ao mesmo tempo esa preguiça já me encomoda por demais e, o que falta, de boa, é tomar uma decisão.
Como já disse um dia que deixei o fardo no meio do caminho, mas ainda nem comecei. Há crédito sim, porque pelo menos quero começar a tentar. Deixar de lado todas essas coisas tolas que viciam meu coração mas não o satisfazem nem um pouco... Não, minha alma não quer mais migalhas nem voltas que não levam a nada. Minha alma quer vida, alegria, os amigos que existem sim e estão por aí e o que mais de bom se tem para melhorar meus dias e, enfim.
Como igualmente já disse, vou mudar algumas coisas de lugar para simbolizar a mudança maior que quero mas ainda não posso - pelo menos ela é tentada, já é alguma coisa. Mas para os próximos dias eu quero diferente de até então: xô insatisfação, tristezas e afins.
De boa, usando a expressão do último fora que levei, eu quero a felicidade das coisas boas dessa vida, e deixar aqui esse homem que me desagrada tanto e é chato e tudo mais.
Pé em Deus e fé na tábua. E que eu não leia auto-ajuda barata.

O que sobrou de mim

Pista de cooper, 20h e poucos minutos de um dia aí. Eu paro e penso:

_Como é difícil me desligar de certas pessoas mas, que grande bobagem essa minha, esse meu sentimentalismo bobo e meu, são esses pesos em meus ombros sofridos, e preso a eles perco a tantas outras pessoas que a toda hora passam mas meus olhos ocupados não vêem...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tentativa

Um beijo no passado para deixá-lo no lugar que deve estar, e com isso ganhar espaço para os amores do futuro; mas esse passado, bendito, que insiste em me perseguir e todos esses amores... como?!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pimenta

Porque me deixou acreditar que eu não era importante, e me deixou confuso e sem resposta... ai eu, cansado e calejado, optei por desistir: antes a maior dor do mundo de uma vez do que essa dor média em doses pequenas e diárias.
Talvez eu sobreviva.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quais desses é você?

O dia estranho previu essas lágrimas que seriam primeiras as suas e depois as minhas - choveu derrepente, intenso mas rápido, e quando não se esperava, igualmente chorou-se: primeiro você, que eu julgava tão feliz; e mais tarde e por isso tudo eu chorei, mas sem você, apenas Deus e eu e essas paredes que você não conhece e, creio, agora sensato, não conhecerás mais... Porque na minha utópica filosofia de não sofrer, pede-se a coerência de desistir de não desistir de você, pelo simples fato de que é melhor isso porque você não vai mudar.
Doces lábios, pêlos e barriga, você é tudo que queria para minhas noites simples e possíveis... mas eu não sou o que mereces e eu mesmo devo esperar por quem realmente vá dar a mim tudo que ofereci a todos esses amores poucos mas não recebi em troca... Pois desisto porque nenhum de vocês mudará por mim e isso não é ruim, nem pra mim nem para vocês - cada qual tem o fardo que consegue carregar...Então que nos levantemos e sigamos. Com fé e coragem. Go...
Amar... Go?!

Santa Luzia

Há dias que já não me olho no espelho. Envergonha-me tanto o que o vidro reflete a mim que eu fico assustado e tenho terríveis pesadelos, ânsia de vômito, vergonha...
Se dizem que, cego, você reaprende a sentir o mundo (...) pois antes saísse dessa cegueira verdadeira que meus olhos insistem em me mostrar e, sem meus olhos, prestasse menos atenção nas conveniências todas e me deliciasse mais, integralmente, com o que realmente pode oferecer o tato, olfato ou qualquer um dos outros sentidos, menos a visão, essa cegueira em minha vista 'perfeita' que só a ela meus olhos hoje conseguem mostrar... doença... cegueira.
Não é a minha feiura o quê me assusta, muito mais assusta essa interrogação em minha testa e esses meus olhos vazios de 'aonde chegarás?', 'que bobagens terás que deixar para trás?', 'que sonhos deixarás de dormir?' e, pior: 'que sonhos deixarás de dormir em favor de quais outros sonhos?'...
Não é medo de mim, nem medo do que acredito nem medo de nada. É, apenas, medo de hoje. Medo de não sei bem o quê; e como me incomoda o que reflete no espelho... Prefiro não vê-lo para ver se não penso, para ver se me encontro, para ver se realmente sinto e, finalmente, para ver se durmo uma realidade que seja... diferente.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O sentido da Vida

O sentido de minha vida, onde estará? Em sua carne? provavelmente não, e não me pergunte o porquê. Simplesmente saiba que, ainda que em ti, eu não me realizo por completo. Em sua ausência então, náufrago eu sou, perdido, abandonado; frustrado e condenado por aquele eterno naufrágio de tudo que fomos eu e você. Condenado a algo que não tem vida, mas ainda sim não é morte, porque se vivo ainda tem esperança, mas não está vivo - talvez vegete.
Pois terá minha vida, sentido, na maldade com certas coisas ao invés de sentido na compreensão e perdão às tuas faltas? É fato que não me prometesses nada, como igualmente é fato que não sei perder, que só distante essas coisas estranhas e doloridas vão passar, como igualmente pode ser na indiferença a ti e atento a qualquer migalha de sofrimento teu que eu provavelmente ficarei mais feliz... Fetiche ou vingança, você escolhe - o analista é você. E creia que será na indiferença plena a mim e meu coração curioso que eu vou achar o caminho doce e distante de tudo isso que, por hora, não me faz menor sentido.
Benditas horas essas que eu não sei te esperar.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

CANÇÃO dos novos dias

Deixo meu coração. Absolutamente deixo-o nessa triste província. E também esses amores pelos quais ele, doentio, procura desesperado e sedento. Deixo também esse amor ao trabalho que até é digno mas, por um instante menos, trabalhe menos, porque essa alma ferida de saudade e utopias até tem forças para continuar mas... como?
Essa bendita alma quer paz por cinco minutos que seja, não pensar em nada, dormir tranquilo como no passado, uma gestação e eu aquele feto, fecundo. Essa boa alma quer minutos para reencontrar na fonte de tudo a essência que se confundiu com os sonhos rasos e de mentira que essa província má ofereceu a nós.
Não, esse nobre coração vagabundo de alma cansada não quer lembrar da solidão, nem daqueles amores do começo que te deixaram esperando... porque se tudo que se quer é perguntar 'até quando?' ou 'como você aguenta esperar?', que antes, esse nobre esqueça as perguntas e as bocas e relembre a simplicidade que foi o antes de tudo isso, não para viver de passado, mas para revigorar a esperança e torcer para que, nesse intervalo em que deixo, também as vontades, as perguntas e os amores se percam nesse intervalo solto e, aí, que só se sofra pelo que for novo, pelo que o futuro pode oferecer... Ao passado, um beijo de boa sorte e nunca mais...
Porque simbolista como sou, apenas isso - um novo ar, ainda que pouco e tão próximo - simbólico mas suficiente para cravar nessa carne essas mudanças todas e, enfim, quem sabe no mínimo não sofrer mais, ou ao menos sofrer pelo novo, não pelo que, há tempos, deixou a nós esperando sem avisar que não mais irá voltar...

sábado, 26 de junho de 2010

Sem título - a menina do papai

Sentada ao meio fio, ela olhou mas não viu qualquer perspectiva de presente ou de futuro; olhar de vazio, como sempre era assim, e apenas seu passado de menina ela via: o cabelo penteado ao meio, o sol na grama úmida e o pai, com sua máquina de aparar 'mato', o motor barulhento que a fazia gritar, "Mas não precisa gritar minha querida", dizia papai, que desligava a máquina para ouvi-la melhor.
_Mas não é contra a natureza da planta o senhor cortar ela papai?!
_A gente corta para ela ficar mais bonita... mais verde... 
O olhar de obediência dizia que ela respeitava mas ainda assim não entendia. Talvez fosse o sol forte que fazia ela olhar com aquela cara... mas aquela não era a resposta que ambos queriam ouvir... Ele largou a máquina, sentou-se ao seu lado e disse:
_O que você acha? Vamos deixar, então, a grama crescer?
_Pode pai? O brilho no olhar agora era verdadeiro, não era o sol, era alegria, concluiu.
_Se você quiser, assim será.  
Ela caminhou então, o pesinho 28 descalso, a grama fria e aquele vento leve; ela se pegou sorrindo, agora com pesinhos 35 e a brisa igualmente feliz, agora ela para e olha, e pensa:
_Essa grama sou eu, querendo crescer livre e pesada; é sobretudo o meu amor e tudo que eu sou... Se pedes que eu pare ou me cale, você é essa máquina infeliz e barulhenta, triste, cortando meus sonhos e meus desejos e o que eu sou - tornando-me só mais um alguém em meio a todos... E eu não sou igual a eles, nem eles são iguais entre si, mas por que o mundo insiste em se assustar com o que se realmente é? Por quê?
Só, ela olhou para trás, ele continuava parado, estático, morto?
_Pois eu morro, agora gritava, mas não deixo de ser assim, porque morte miserável é isso que você faz por mim...
_Cala a boca, ele disse...
_Eu me calo, para sempre...
O olho no olho
_...apenas para ti... e se prometi isso das outras vezes mas não cumpri, prometo novamente hoje, e depois de tudo que sofri, eu mostrarei a ti se não consigo... Nunca, escute bem...
Pota do dedo ao rosto
_Nunca mais arranco meu coração de meu peito para não mais sofrer...
Olhos marejados
_Antes disso arranco você de mim.


Deu as costas e foi. Não olhou para trás.
Para ouvir: Equalize

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O quase

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

(Autoria atribuída a Luís Fernando Veríssimo, mas que ele mesmo diz ser de Sarah Westphal Batista da Silva, em sua coluna do dia 31 de março de 2005 do jornal O Globo)

terça-feira, 22 de junho de 2010

NOVO HOMEM como quem deixou os velhos cacos pelo caminho...

O simbolismo.
A poesia.
A brevidade dessas horas que separam esses amores todos de meu beijo, corpo e desejo.
É tudo tão grande e, ao mesmo tempo, é tudo muito simples e raso até... Não interessa a ninguém...
Pois eu me sinto outro homem, e são apenas poucas horas e algumas centenas de distância, mas sou outro sim, e essa simbologia toda só vai servir para, quando eu voltar, tentar não insistir, não esperar, não me consumir mais, não, absolutamente não a tudo isso que eu vinha fazendo até agora e muito mais me consumia do que me bastava.
O novo homem é de pedaços de não, que agora se voltam para fazê-lo mais forte, mais forte, mais forte e mais forte, repito, para ver se aredito.
E repito, mais forte.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Saudade

_Que gosto tem?, perguntei a mim mesmo, depois de quarenta e poucas horas isolado do mundo.
_De que importa?!, respondi. É salgada acima de tudo...
Então me calei enquanto o outro jogava fora os celulares.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Exposto

É assim que estou, é assim que você me deixou, e é assim que decidi me deixar para você naquele domingo abafado em que jogamos conversa fora. É também medo de tudo isso o que tenho, assim como seu susto e, por consequência, também deves ter medo. Mas o medo meu é que apontes para o que está exposto e me digas a verdade - e não, eu ainda não estou preparado para ouvir todas essas verdades que me envergonham e entristecem a alma. Ao mesmo tempo que, dicotômico, eu sei que tudo que preciso é da pessoa certa para me apontar essas verdades agora em exposição - achei que era você, mas você tem outras prioridades e, um pouco eu já sei, não é direito meu cobrar de você o que não tens para me dar.
Pois, ainda exposto como estou, vou, e te deixo livre, eu não quero mas preciso te deixar livre para tentar não te assustar mais do que já o fiz e, nessa eterna tentativa de arrumar o passado, eu tento consertar o que o medo de estar exposto causou em nós. E peço que me desculpe.
Eu tenho medo, queria um gesto seu de que vale esperar você e não queria perder você, mas pela enésima vez, como perder aquilo que não se tem?
Sobre o que está exposto, nem tudo eu consigo entender, mas há algo claro e límpido que agora eu sei que não sei: esperar. Eu não sei onde ou porquê há tanta paciência em umas coisas e nessas, de coração, não há a mínima que seja. Mas eu aprendo, eu erro milhares de vezes e, a cada nova vez, o erro da vez passada me fará lembrar que dói, e aí eu começarei a não fazer e mudarei, enfim... a explicação mais simples para tudo que quis dizer-te antes.
Exposto, eu permaneço, me preparo para ouvir outras verdades e vou.

PRESENTE pra você

Eu escolhi a você para mostrar o que sou e deixar que toque em minhas feridas, quem sabe assim elas curam, todas, e ficam só aquelas cicatrizes? Mas talvez você não queira, talvez eu esteja com medo e por isso ponho os pés pelas mãos, mas foi a partir dessa possibilidade de sim que veio de você que eu abandonei aquela armadura velha e pesada e deixei que o sol e você brincassem com minhas feridas... Pois antes que o fraco Leonardo volte a bancar o forte e altivo, saiba que queria te oferecer a felicidade de ser amado por mim - e não é pretenção minha, porque não é muita coisa mas é honesto e puro - , sou eu o que gostaria de te dar de presente, mesmo que simbólico ou em segredo, eu sou meu presente a ti, e não aceita se não quiseres, mas foi um presente tão bom e bonito aquele que você me deu - esperança, possibilidade, sim - , que eu só queria retribuir a gentileza com o que há de melhor em mim: eu, complicado e misterioso... e queria, quem sabe, plantar um eu no teu coração e apaixonar você por eu... Mas nem sempre dá para ter o que se quer, logo, só me resta agradecer a você, e... sigamos... hoje é dia de alegria!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Brinquedo

Você não é, nem eu, ainda que sejamos um para o outro. Se for, então brinquemos!
De minha parte te quero para o prazer de viver contigo e te fazer um jantar, tomar alguma coisa e depois alguns beijos e depois alguma coisa no meio da noite para sentir que não durmo só, o apertar de tua mão estranha e mais nada. Ou tudo que eu não sei porque não me conheço e, por isso, não sei o que pode vir.

Há uma música que diz: "Tentativas vãs de descrever o que me calou/ Me robou palavras e chão e ar/ Me robou de mim...", em nada tem haver comigo e você, exceto esse treco e o seu nome, "Perdida e Salva": é como estou, perdido mas salvo - perdido por saber que esse mal tão meu não vai mudar, mas salvo porque esse sou eu, esse é o meu amor, não é mais nem menos, é simplesmente esse... 

E se te amedronta, que Deus que é pai e mãe de tudo me dê a luz e a força para que eu me afaste de você.

Pois você seria mais que um brinquedo meu e eu seu, mesmo que brincasse com você, mas eu não brinco, no máximo te uso, como podes usar a mim... Agora mesmo eu tento entender minhas loucuras, o ciúme por achar que você fala com todos menos comigo, que você está invisível nessas mídias eletrônicas dos infernos - a conspiração do mal para destruir minha felicidade. Louco... eu sou. Mas como entender essa vontade de falar com você em todas essas mídias eletrônicas que me deixam tão perto de você mas, como(?!), se você não responde? E o celular então, que eu gostaria de acabar meus crédtitos todos para falar com você, e para o quê, se para você já não sou aquele fantasma, bom ou ruim, aquele fantasma que você imaginava antes de ver, a um pedaço que seja, mas que sim, viu esse que eu sou de verdade. Isso. Assustadoramente isso.
Eu não brinco com você. Não brinco. Mas eu entrego os pontos. Diria "entrego" antes de me apaixonar por você mas, como (?!), não é apenas paixão, é quase uma filosofia que eu queria cantar contigo, mas agora não, porque esse pedaço de mim deve ter assustado você e o que eu queria era não te envolver nessa minha loucura que assusta... Queria, sim, que você se arriscasse e vivesse isso, mas você tem medo, e se há algo que me resta, isso eu chamo de respeito...
Perdido porque esse meu veneno eu sei que é aquilo que me mata e incomoda tanto, mas salvo também porque é nele que eu vou acreditar a cada dia até encontrar quem beba filosofia comigo. Mas talvez não seja você... se for, me avise, que eu jogo fora esses fantasmas e recebo apenas a você. E aí brincaremos mais um pouco de ser feliz.

Carne

Não peça para que eu mude. Você entende que um pedido assim é demais para mim? E a resposta é não: não que eu não possa mudar, pelo contrário... já, até, devo tê-lo dito, antes, que o ser humano muda por natureza, logo não tenho como ir de desencontro à minha e sua natureza; mas entenda, mudar obrigado, sabe, mudar forçado ou em qualquer circunstância que não seja a natural é atropelar... a minha natureza?
Pois bem explico como devo mudar, e nisso me apego com unhas e dentes para ver se não me jogo da próxima janela da vida. Ai você me entende e deixa, como muitos outros me deixaram e ainda me deixarão... Disso eu sei, minha mutação é única e é essa, e de minha mutação, garanto, ninguém mais sofre na face desta provincía ou de qualquer outra.
E tome nota: você vai gostar de mim, meu caro amigo, e vamos nos querer bem. Aí eu confiarei em ti e mostrarei a ti um pouco de minha loucura, aquilo que meu coração quiser na hora (não há métodos certos, desculpe...). Então você vai se assustar e fugirá de mim: invisível nessas mensagens instantâneas, sms ou ligação nenhuma para esse bendito celular que nos junta e isola mais, e, ao ter que responder-me e sem saída para isso, darás a mais simples das respostas. E em cada vírgula, acento ou falta de um para que eu caia de decepção, também em suas palavras e até nas vírgulas, já disse (?!), eu tentarei, em vão, encontrar a conspiração que está dentro de tua cabeça, mas tolo encontrarei sim milhões de fantasmas que já estão na minha cabeça, e se ainda não estão passarão a estar, a serem fantasmas meus, a serem todos mais um pedaço de minha loucura.
Tolo, disse ela, e deves dizer você também, e todos os outros bons amigos que passaram por aqui. Mas não tem problema. Um dia eu acordo com auto estima alta e presto atenção a cada milésimo desse dia para, no outro em que a auto estima for baixa, ao menos eu repetir os paços e quem sabem, enfim, me dopar com essa auto estima e não sentir mais dor.
Ah, só não expliquei como se dá a mudança - simples e pura... Como o dia de hoje, dias de arrependimento por ter errado com você e com todas as outras e outros virão, e eu vou cada vez mais desistindo de ser assim, aí pelos erros meus eu mudarei, deixarei um pouco de mim a cada passo que dou para ver se nos reencontramos num futuro e, aí, eu te direi 'olha como agora eu sou', na esperança de que agora sim esteja ao teu gosto. E torço para que você sim, perfeito, não tenha mudado, e assim me receba, e vivamos, enfim.

Eis o futuro

[é egoísmo mesmo...] É isso, e não é pouco! Mais que um beijo ao que pesa nas minhas costas e esse adeus, dói tanto deixar esses amores aqui, esses tudo que já não são úteis... mas que daqui para frente venha, ao menos e apenas aquilo que me interessa.