BlogBlogs.Com.Br

Pesquisar este blog

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ESPERA - tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic...

Espero porque sou paciente [ou finjo ser paciente, não importa]. Também espero porque não tenho coragem, espero porque não tenho certeza, espero porque tenho esperança e espero por mais um milhão de coisas que latejam em minha cabeça e me acalmam, e me reviram, e me transformam, e me acalmam... por isso espero.
E enquanto espero, eu perco tempo?

..tac, tic tac, tic tac, tic tac...

Não importa. Eu espero.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Por quÊ?

Porque amar sozinho é a pior coisa desse e de todos os mundos, mas eu amo. E ponto!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Amor

Porque acima de nossas cabeças há um céu bonito e azul, e sob nossos pés, abaixo do concreto ou cimento ou pixe, há terra fértil, possibilidade, alimento, vida...



E amor porque há um coração que espera, desesperadamente, pelo momento em que, em meus braços, suas dores serão lembranças de fora, longínquas; e você será eu, e vice-versa, e seremos felizes, enfim, porque o amor não é pecado.
Viver não é pecado.

Quando estiver tudo pronto, segure a minha mão.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

PARA UMA MENINA COM UMA FLOR (no lugar de Jardim)


" Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai, eu lhe prometo amor eterno, salvo se você bater pino, o que, aliás, você não vai nunca porque você acorda tarde, tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com leite condensado.


E porque você é uma menina com uma flor e chorou na estação de Roma porque nossas malas seguiram sozinhas para Paris e você ficou morrendo de pena delas partindo assim no meio de todas aquelas malas estrangeiras. E porque você sonha que eu estou passando você para trás, transfere sua d.d.c. para o meu cotidiano, e implica comigo o dia inteiro como se eu tivesse culpa de você ser assim tão subliminar. E porque quando você começou a gostar de mim procurava saber por todos os modos com que camisa esporte eu ia sair para fazer mimetismo de amor, se vestindo parecido. E porque você tem um rosto que está sempre um nicho, mesmo quando põe o cabelo para cima, parecendo uma santa moderna, e anda lento, e fala em 33 rotações mas sem ficar chata. E porque você é uma menina com uma flor, eu lhe predigo muitos anos de felicidade, pelo menos até eu ficar velho: mas só quando eu der uma paradinha marota para olhar para trás, aí você pode se mandar, eu compreendo.

E porque você é uma menina com uma flor e tem um andar de pajem medieval; e porque você quando canta nem um mosquito ouve a sua voz, e você desafina lindo e logo conserta, e às vezes acorda no meio da noite e fica cantando feito uma maluca. E porque você tem um ursinho chamado Nounouse e fala mal de mim para ele, e ele escuta e não concorda porque ele é muito meu chapa, e quando você se sente perdida e sozinha no mundo você se deita agarrada com ele e chora feito uma boba fazendo um bico deste tamanho. E porque você é uma menina que não pisca nunca e seus olhos foram feitos na primeira noite da Criação, e você é capaz de ficar me olhando horas.

E porque você é uma menina que tem medo de ver a Cara-na-Vidraça, e quando eu olho você muito tempo você vai ficando nervosa até eu dizer que estou brincando. E porque você é uma menina com uma flor e cativou meu coração e adora purê de batata, eu lhe peço que me sagre seu Constante e Fiel Cavalheiro.

E sendo você uma menina com uma flor, eu lhe peço também que nunca mais me deixe sozinho, como nesse último mês em Paris; fica tudo uma rua silenciosa e escura que não vai dar em lugar nenhum; os móveis ficam parados me olhando com pena; é um vazio tão grande que as mulheres nem ousam me amar porque dariam tudo para ter um poeta penando assim por elas, a mão no queixo, a perna cruzada triste e aquele olhar que não vê. E porque você é a única menina com uma flor que eu conheço, eu escrevi uma canção tão bonita para você, "Minha namorada", a fim de que, quando eu morrer, você, se por acaso não morrer também, fique deitadinha abraçada com Nounouse cantando sem voz aquele pedaço que eu digo que você tem de ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois.

E já que você é uma menina com uma flor e eu estou vendo você subir agora - tão purinha entre as marias-sem-vergonha - a ladeira que traz ao nosso chalé, aqui nessas montanhas recortadas pela mão de Guignard; e o meu coração, como quando você me disse que me amava, põe-se a bater cada vez mais depressa.

E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos - eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aléia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfrentando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações - porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor. "

Vinicius de Morais




[Com a licença do Mestre para cumprir aquilo que os dias tristes e enfadonhos não me permitem fazer: eis aí o texto em construção - JARDIM.]

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

aulas_de_fotografia_PÉ_COM_PÉ


aulas_de_fotografia_SIMETRIA_E_TEXTURA









aulas_de_fotografia_A_LIBELULA







[é assim se q escreve?!]

aulas_de_fotografia_A_GARRAFA





suspiro

e esses seus susurros são como um canto em meu pé de ouvido, um orgasmo ouvir dizer que me adora, que eu "isso", que eu sou "aquilo", que eu fui a "presença" do dia, blá blá blá, blá blá blá. Mas cansa. E eu estou cansado. Pensam os psicólogos, autores de auto ajuda, mutantes a afins: qual o segredo para manter o relacionamento vivo, qual a receita para blá blá blá, blá blá blá... mas o amor tem algum segredo? Se tiver, eu digo qual o segredo: não duvidar do que eu digo, não me prometer aquilo que não vai cumprir e fechar os olhos de verdade, apertando com força minha mão. Posso ser medroso mas não costumo fugir de meus compromissos. Você cumpri com que frequência os seus? Se me quer de verdade, não fuja; posso ter fugido outras vezes, mas, por favor, já não temos tempo...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A hora do fim

Num pequeno papel, colado na mesa de cabeceira.

"Talvez depois você queira falar, mas aí pode ser que eu já não esteja, porque é sempre assim: a gente só enxerga a importância quando perde".

Meus olhos cegaram.

VÃO

vão
Há um vão entre mim e tudo que quero de amar.
Suas palavras fazem o traço para o passar.
Meus medos vão e tocam o outro lado.
Terra sua.
Você é de um pedaço aqui, dentro de mim.
Sou seu deitado em ti.
Homem agora enfim em si.
Sua causa, eu vou.


[[Retirado de http://iilogicowall.blogspot.com/
Marcos Bernarde]]

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A Última Ceia

Tudo ainda era muito constrangedor e tinha gostinho de mentira. Mas era só o começo e eles tinham a boa intenção de melhorar; exatamente todos queriam, agora, algo novo.
Por isso, naquela manhã de domingo, todos se paparicavam, diziam palavras doces, e ele, especialmente, cozinhou caprichosamente para sua família.
Na hora do almoço, pouco foi dito à mesa. Tirando um segundo ou outro de constrangimento, o momento era mesmo de contemplação.

Mais algumas horas e estariam, novamente, separados, por entre caminhos opostos ao caminho que pedia o coração, mas com tudo em seu lugar, tudo que era realmente importante, o resto seria mais fácil, agradável quem sabe...

Na hora da despedida, um abraço forte e a vontade de chorar, sempre ela, sempre o medo de parecer fraco, sempre a vergonha de chorar na frente do outro e novamente aquele teatro, aquelas mentirinhas de filho forte, pai austero... O coração apertado, mas deveria ser normal, porque intuição é coisa de mulher, e isso não é intuição, isso é coração apertado. Ele predia o choro e lembrava da carta que escrevera... Pedira para não sofrer mais, para cada coisa voltar a seu lugar. Lembrou também do alerta que perdiam tempo e logo poderia ser tarde. Lembrou, novamente, do coração apertado e detectou o suor frio e as mão trêmulas. Pensou em como, de fato, não se conhecera. Lembrou, também, do tempero fraco do almoço, nada de anormal e, mesmo assim, como fizera falta um momento como aquele. Lembrou dos amigos do trabalho, dos quais poucos de despediu na sexta-feira. E de Luciana, que cobrou um abraço pela manhã. Ainda está estressado? Ela perguntou. Talvez seja a gastrite, lembrou que respondeu... Pensou em como seria ruim não mais vê-los, sobretudo aquele novo amigo que tanto admirara, amava para falar a verdade, e lembrou-se de como é difícil a conjulgação do verbo amar. Lembrou dos pais, tão longe mas agora todos em paz, e, por um momento, fechou os olhos e depois amedrontou-se com a possibilidade da morte, com a qualidade daquela estrada, com a possiblidade de [ou impossibilidade de não] viver o suficiente para fazer o que sempre quis... mas será que dará tempo de fazer tudo que quero?...

Chovia.

Procurou não pensar em nada mas o ônibus ia rápido, as curvas escuras, close your eyes and dream, dizia a música... Não houve tempo. Uma carreta, o coração apertado e as benditas leis da gravidade... Abriu o olho e depois fechou. Um corte na cabeça, a dor de cabeça, e outras cabeças e ponto. Seria, assim, o fim? Lembrar de tudo horas antes de morrer e não segundo antes de morrer?

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Brasília 2000 e 10


Folhetim romântico

Com o coração renovado, apesar de tudo, sentia-se pronto para tentar denovo e sabia que, agora, era diferente, algo dizia, e agora ele acreditava em intuição... masculina!
Só não imaginou que a encontraria tão cedo.
Cruzou a portaria, atrasado, e subiu as escadas. Ela descia graciosamente. Esbarraram-se, ele realmente tinha pressa.
Desculpe-me.
Relaxa, não tem aula. Vamo tomar uma?

[pausa]

A primeira vez que recebera esse convite foi há pouco mais de ano e meio, via sms; chovia, por isso não foram. Ou foi a decupagem, e aí não foram.

Vamos?!
Hum?! Interrompeu ela.

[pausa na pausa]

Pessoas queriam subir, outras queria descer, ela também.
Desceram.
Ele poderia sentir o rosto vermelho se assim o visse de longe, ou não, enfim, os pensamentos tortos, nervosos... Ela fez que não viu, e estava linda, como sempre, mas sem o cansaço nos olhos de antigamente.
Ela falava de como as coisas pareciam um filme, depois perguntou pelo apartamento. Lembrou do antigo amigo que voltara, para ele muito mais um inimigo. Ela parecia querer falar de outra coisa, ele estava confuso.
Então puxou-a pelo braço, lembou que o vilão voltara mas eles ainda podiam ser os mocinhos.
Beijou-a.

[pausa para os sinos]
Chovia... e parecia não ter fim.

sábado, 22 de agosto de 2009

Vai e vem

Eu escrevi um pouco mas depois apaguei porque o que gostaria de dizer, na verdade, é que as boas intenções sempre são boas quando com boa intenção, de maneira que alguns menos intensionados não podem estragar a boa vontade alheia...
Em síntese: adorei ver você.

Dentro e fora

...na verdade gostaria de tê-lo escrito em meus melhores contos, mas como não conto, me restam sonhos e rimas pobres, e migalhas de um humano que me queira. Não pense que é fácil me entergar apenas àqueles que estão na merda, porque não o são. Ao passo que aquele solto coração se segurava oa meu e me contava seus medos, e se apaixonada sem querer, e me apaixonava sem menos querer ainda, o medo de perder me fez querer, e como vilão que sou, mutante sozinho de poderes de lobo na pele de já sabes quem, encostei aquela cabeça de vento em meu aconchego e senti sua respiração vadia, que sentiu meu arrepio, que sentiu sua repulsa, e o meu desejo através de um beijo antes mesmo de qualquer outro movimento.
Um beijo que eu desejei a pouco mas, em menos ainda, estava em minha saliva e em mim em si, carne a dentro, mas também dentro de mim, porque com as almas é assim. E, por mais que em minha cama, deixo-o [coração] por não sei o que: saciei o desejo, mas você assegura à minha razão?
Às 17h e poucos desta doce segunda, seu eterno amigo...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Em construção




texto em construção: jardim.

Chapéu vermelho

[No papel de pão, porque já não se produzem mais papéis de pão como antigamente.]

Alguns rabiscos.
Na verdade, gostaria de tê-lo escrito em meus
melhores contos, mas como não conto, me restam sonhos e rimas
pobres, além de migalhas de humano e quem menos me queira. E não
pense que é fácil me entregar apenas àqueles que estão na merda,
porque não o são, e não é, enfim.


Ao passo que aquele solto coração segurava ao meu, e me contava seus medos, e se apaixonava sem querer, e me apaixonava sem menos ainda querer, o medo de perder, a loucura, alguma coisa que por hora não se explica me fez querer, e como o vilão que sou, mutante sozinho de poderes de lobo em pele de já sabes quem, enconstei aquela cabeça de vento em meu aconchego e senti sua respiração vadia, que senti meu arrepio, que sentiu sua repulsa e o meu desejo, num beijo, antes mesmo de qualquer outro movimento, deu o complemento em fim... Um beijo que eu desejei a pouco mas, em menos ainda, estava em minha saliva e mim em si, corpo a dentro, mas também em dentro de mim, porque com as almas as coisas impossíveis são simples assim.

E por mais que em minha cama, deixo por não sei o quê: já saciei o desejo, mas você assegura ao peito e à minha razão?


Às 17 e poucos minutos desta doce segunda, seu eterno amigo.

Malassombro

Depois de uma dor intensa, ele se recompôs mas não levantou-se. Passaram-se o quê, trinta minutos nesse estado? Eram onze e poucos minutos da noite, aquele caroço latejando em sua nuca e, agora, ele realmente entendia o significado do medo, verdadeiramente sentia-se como aqueles que diziam ver um filme diante de si antes do fim.
Arrastou-se até o travesseiro, um suor frio que tomava seu corpo e uma respiração difícil, quase inexistente, porém ali, presente, o sufuciente apenas. Arrastando-se e, como o condenado que já não sente mais a garganta cortada pela lâmina fria das justiças humanas há menos de segundo, ele acalmou-se e, pacientemente, começou a pensar como tal, caso fosse a hora da morte.
No fundo, ele sabia que não era, mas o momento talvez pedisse mesmo uma reflexão sobre o mundo, sobre ele e sobre tudo.
A lágrima que escorre à direita do rosto triste, possivelmente, não é mais de medo mas do tudo que ele mal refletira em poucos segundos e não gostara: era muito, e ao mesmo, tempo muito pouco.

Muitos contatos. O carro era dos sonhos.
Alguns bons amores, 12 livros e 14 relações sexuais
veladamente contadas por ele e só para ele. Para o
mundo, infinitas... mentiras.


Bem, já era mais de meia noite e o cansaço definitivamente o tinha beijado.
Vivo, acordou às 6h e, vendo-se ainda vivo, pensou em quem sentiria sua falta. Então, arrumou-se e foi para o trabalho.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Errata Luciana

...onde se lê "Don't woman...", que entenda-se: inglês em construção...