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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Auto-ajuda 2 - É preciso estar atento e forte*

O que vem depois, pergunto, após um passo inconstante de muitos que já se foram...
A inconstância, penso, não deve persistir uma vez que me incomodo, me desconforto, me isolo...
A inconstância, insisto, deve ser superada porque já não há tempo para lamúrias mas para luta, ação, mudança, vida...
A vida, na lamúria, torna-se sobrevivência, e a vida não é nada se não pra ser vivida. Vívida.
Por isso, sem lamúrias, só com vida.

Vida.
Viva!

[* antes "suruba com as cinzas da fênix", modificado em 07.02 por não ser o que realmente representa meu texto.]

Aquele abraço

O toque
A pele
O cheiro

Contato

O que há de errado com meu abraço, que já não é o mesmo e, mesmo, não deseja mais o alheio, o aconchego, o... [faltaram palavras]

Onde está aquele desejo verdadeiro de contato primeiro que vai além, certamente, dos contatos daqui? O que há, por Deus, comigo?

Choro

Voz de minha consciência:
_Não tenha medo de chorar, novo homem. O choro é digno, o choro é humano, o choro é salgado, é ardente, e o que há de mais cristalino ao seu dispor para mundo: você pelado, frágil, vulnerável, olhos vermelhos. O caminho da verdade pode ser salgado mesmo, pode ser doído, pode ser difícil, mas o caminho e esse, o caminho...

Dança no escuro

Era como se, praticamente, dialogasse com nada; vazio, sem respostas.
Durante alguns segundos desperdicei meia dúzia de conversas tolas, depois tentei uma aproximação mais profunda, mas aqueles olhos longe como o Equador me condenavam a uma solidão perpétua e duradoura, por mais que procurasse atingi-la com meus poucos segundos de conversa rasa.
Mas aí me veio o velho novo homem, do qual tento fugir todos os dias e cada vez mais termino me aproximando... Exatamente aquele que os outros não entendem, exatamente aqueles que os outros acham novo, exatamente aquele que me faz tão bem...
Esse me fez levantar da cadeira, jogar tudo na velha mochila e enveredar-me pelo caminho de casa. Não sem antes mais meia dúzia de palavras doces; isso é o que ainda resta daquele velho eterno novo homem, mas essa já é uma outra história.
O que interessa é que engoli a seco mas, dessa vez, não me reprimi mas, ao contrário, simplesmente senti meu corpo e NERVOS fazerem o que quisessem, meio louco... e livre!

E não doeu.

Roupa nova - eterna tentativa de mudança

Apaguei todos os velhos textos necessitados de inspiração e decidi esperá-la voltar.

Minto: apaguei todos os rascunhos necessitados de inspiração, porque todos os textos, como bem percebes nessas tristes linhas tristes, Nobre leitor, continuam intactos... Editados, vez ou outra, é certo, mas ainda guardados. INTACTOS é a palavra, sob todos os seus sentidos...

Decidi apagar o velho sim, talvez como quem procura, desesperado, desfazer-se de um passado ruim para beijar o futuro. Mas se pensas assim talvez te enganes redondo, porque o que quero, puro e simplesmente, é sair do passado, não necessariamente abandonando-o, como pôde (sic) parecer. Sair do passado, deixá-lo em seu devido lugar e viver aquilo que me é de direito verdadeiro: o agora.

Por isso me desfiz de velhos textos, digo, rascunhos, carentes de inspiração e passados, definitivamente.

Céu de brecha

Que deplorável a vida na cidade grande
Essa deplorável,
Sexta-feira à noite e eu me encontro morto
Fadonho
Indo embora para casa
Cansado

E o céu da cidade grande?
Cinza com vermelho
Como a luz entristecida de postes sós,
Cinza como a poeira,
Pelos carros que sobem,
Pelos (restos) dos prédios que vão (ou descem).

Um céu de brecha,
Do qual eu só espio um pedaço,
Pela brecha da janela,
Pelo buraco no etto do ônibus.
Pelos lados ou de relance,
Nunca de frente,
Nem mesmo no meio da rua.
Por Deus, por entre os carros, à sombra de velhas árvores, em meio aos prédios; seja de que lado for o que me resta são brechas de um céu triste e esquecido, como a minha alma demente, à espera de quem me admire, me contemple, se surpreenda com o mínimo que eu ainda tenha...

Existirá, por Deus, um céu azul e sem fios por entre nós?

Ah, esses céus e essas almas de brecha, essas vidas de pedaço e meódica... Será, Deus, que a vida tem mesmo de ser assim?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O sentido de tudo

Ninguém entende os meus passos, nem meus desequilíbrios
Ninguém me entende em nada, e, pelo contrário, muitos deixam de dizer-me as coisas e essas coisas vão se acumulando e acumulando e acumulando e... Bum!

Pensarão as pessoas que eu não sofro?
Pensarão elas que eu sou mau?
Um instante: PENSARÃO, ELAS?

Sim, porque não sou o maior dos filósofos mas, para não errar na vida, procuro pensar e respirar e reorganizar e pensar e pensar.

Sentido da vida?
Sentido de viver?

Isso quando ao redor as coisas são assim; coração desconfortável, pessoas e dias passando rápidos, pesados e tristes? Tudo que se deixa de dizer e o amor que não se vive, e depois não é amor e depois não há mais tempo e aí passou e pergunta-se: e aí?!

Quem observará meus próximos passos? Eles são mais firmes a cada dia, eu posso provar; e antes que termine lamentavelmente com o fim antes proposto, apago esse texto e reescrevo-o, como à minha história, que certa ou errada tem o mérito merecido de, ao menos, ter sido tentada ao melhor.

Só quero viver melhor... E quem me entenderá?!

Sopros cíclicos.

A inspiração logo vai embora e aí só ficam umas idéias, vagas, daquilo que poderia ser dito mas não é porque a inspiração se foi e só ficaram umas idéias... Palavras de recato.

Ando meio Maysa esses dias...

Demais - Tom Jobim e Aloysio de Oliveira

Todos acham que eu falo demais E que eu ando bebendo demais Que essa vida agitada não serve pra nada Andar por aí Bar em bar, bar em bar Dizem até que ando rindo demais E que eu conto anedotas demais Que eu não largo o cigarro E dirijo o meu carro Correndo, chegando, no mesmo lugar Ninguém sabe é que isso acontece porque vou passar toda a vida Esquecendo você E a razão por que vivo esses dias banais É porque ando triste, ando triste demais E é por isso que eu falo demais É por isso que eu bebo demais E a razão porque vivo essa vida Agitada demais É porque meu amor por você é imenso demais

Lágrimas de convicção

_Adeus, pessoas vãs...

Ne Me Quitte Pas
Composição: Jacques Brel

Ne me quitte pasIl faut oublierTout peut s'oublierQui s'enfuit déjàOublier le tempsDes malentendusEt le temps perduA savoir commentOublier ces heuresQui tuaient parfoisA coups de pourquoiLe coeur du bonheureNe me quitte pasNe me quitte pasNe me quitte pasMoi je t'offriraiDes perles et des pluieVenues de paysOù il ne pleut pasJe creuserai la terreJusqu'après ma mortPour couvrir ton corpsD'or et de lumièreJe ferai un domaineOù l'amour sera roiOù l'amour sera loiOù tu seras reineNe me quitte pasNe me quitte pasNe me quitte pasNe me quitte pasJe t'inventeraiDes mots insensésQue tu comprendrasJe te parleraiDe ces amants-làQui ont vu deux foisLeurs coeurs s'embraserJe te racontraiL'histoire de ce roiMort de n'avoir pasPu te rencontrerNe me quitte pasNe me quitte pasNe me quitte pasOn a vu souventRejaillir le feuDe l'ancien volcanQu'on croyait trop vieuxIl est paraît-ilDes terres brûléesDonnant plus de bléQu'un meilleur avrilEt quand vient le soirPour qu'un ciel flamboieLe rouge et le noirNe s'épousent-ils pasNe me quitte pasNe me quitte pasNe me quitte pasNe me quitte pasJe ne vais plus pleurerJe ne vais plus parlerJe me cacherai làA te regarderDanser et sourireEt à t'écouterChanter et puis rireLaisse-moi devenirL'ombre de ton ombreL'ombre de ta mainL'ombre de ton chienNe me quitte pasNe me quitte pasNe me quitte pasNe me quitte pas

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Delírio alcólico

Confesso que, ao primeiro passo, a vontade foi mandar-te uma mensagem apaixonada, falando de todo o meu saudosismo, toda minha covardia e meu desejo de perdão; uma mensagem jogada a seus pés, humilhado e sedento de renovação...

Mas é tanta coisa para tão pouco espaço nessas mensagens e tecnologias afins que não aproximam, já disse, mas esfriam e atiçam, apenas, que o quê...

E o quê eu ia escrever mesmo, meu Deus?

Uma mensagem, enfim, de perdão e consolo, que unisse passado e presente, como Naquela obra, mas o resto de lucidez que me guardava os passos travou meus músculos, acalmou meus pensamentos e me fez pensar melhor.

Pensar melhor, bêbado? Não, desculpe a piada, foi sem querer...

A companheira lucidez me fez, sim, frear as alucinações do álccol e colocou-me na vestimenta do homem que deveras seria não fossem a insensatez, covardia e todos os defeitos que por hora já sabes. A lucidez, por fim, me fez esse favor, apesar de tudo.

Mas será que me ouves agora?
Será que me compreendes dessa vez?
Será?
Oh céus que iluminam e escurecem meus sonhos e meus dias e meus amores e tudo;
Oh céus, será que ela me escuta?

Saudade de minha terra

Daqui de onde me reenvento, meu céu é mil vezes mais bonito. É um céu furado por milhares de estrelas que, mesmo ofuscadas pela luz entristecida de um poste velho, ainda assim brilham lindamente...

Acima de minha oca, tem uma que brilha mais, branca, simples e linda. Mas à frente também: constelações inteiras bem à frente de minha varanda, a 90º cabeça a cima. Umas coloridas, outras apenas claras; umas sintilantes, outras apenas poeira luminosa jogada no meu céu exclusivo.

Daqui de onde me reenvento, enfim, as estrelas e todos os astros todos me reconstroem e me perdoam os pecados, e me absorvem e condenam:condenado a viver, nobre vagabundo, e a tentar de novo, porque se nossa dança te toca as entranhas do espírito, então ainda estás apto a não apenas tentar novamente mas ao que mais quiseres. E quando isso não for mais aquilo, é chegada a hora da pá de cal!

E do céu que me condena e me absolve, surgem também aquelas núvens negras, desgraçadas, que nos roubam a beleza e... o que mais, Deus meu?

_O quê? E precisa de mais?!

Declaração (depois de horas de espera) [impaciência]

Escrevi um texto fraco e apaguei.
Tentei rebuscar as palavras, para explicar esse sentimento que eu entitulo amor, mas pode ser apenas paixão, fogo de palha, admiração, desespero...

O que é esse sentimento estranho?!
E o que são as horas que espero, em vão, pelo mínimo sinal de vida seu?

Uma visita
Mensagem de texto
Toque a cobrar
Ligação ao celular

Esse ser de esperança desgraçada, inclusive, condenado comigo a essa espera desesperada, é também companheiro e até conselheiro, imagine, às horas que enlouqueço por esperar por você: Desligue-me e vá viver a sua vida, apela, na esperança de que consigamos, enfim, cessar tamanha angústia...

Mas o sentimento estranho é mais, esse inexplicável ser é viciante; e o que mais me resta, se não esperar pela ligação que não se estabelece, o sinal que não se enxerga, o toque que não se sente?!

Vou apagar esse texto e limá-lo até a essência do que quero dizer: o que são eses séculos em que preciso discimular para não demonstrar meu sentimento, à espera de qualquer sinal que seja seu?

Conto de olhar (rapidinha)

E esses seus olhos que eu, já disse, me encanto e me derramo, e me perco e me levanto: pobre, apaixonado, demente, entregue a esse sentimento inexplicável de conceituar mas tão gostoso de sentir... na boca, na língua, no toque... lá, simplesmente lá!

Ah, esses olhos pelos quais eu me apaixonei perdido e esses lábios e você e tudo!

E a vida, e os pássaros? As flores, as borboletas, a música, tudo ao meu redor tão simples, tão lindo; tudo tão apaixonante e, me meio a tudo isso, seus olhos, seus lábios, você, e pronto: de que mais preciso?

Declaração [dedo podre]

Esperei por todos esses minutos, e interpretei os seus sinais e gestos, aqueles seus olhos e tudo, como propício para mim; entendi tudo como mensagem subliminar; seu cheiro como interesse, seus prolongares como vontade de me ter por perto; acreditei, enfim, em nós dois.

E aí me joguei!

De olhos fechados; decidido, esperançoso paciente e discimulado para com o resto do mundo, porque agora só me importa você. Joguei-me paciente por você, angustiado pelo segundo ao seu lado em que não podia demonstrar afeto algum, nada; e não sei se já disse, mas meus amores são meio doentios, e por isso, às vezes, autossuficientes, amor sozinho, delinquente, uma loucura, sabe?! Amor estranho...

Mas interpretei, enfim, tudo como sendo bom para nós dois e agora... agora, o que me resta se não partir sem a esperança de tê-la por um segundo que fosse apenas para mim?!

O que me resta é amar sozinho, eu mesmo já respondi; e debruçar-me, de longe, a tudo que não foi esse nosso amor puro... sozinho, até o próximo outono em que possa me apaixonar novamente ou rever-te, enfim...

O que me resta é amar sozinho?

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Delinquente

Fulana alma de meu coração, te chuparia as víceras e tudo mais que quisesses se retrinuísses uma migalha de meu amor mas, oh céus, o que é o preconceito, a moral e os bons costumes se não os freios que amarram nossos corpos e aprisionam nossas almas num eterno jogo de desejo e indiretas, fantasias, tudo, menos o ato!?
Amado ser de minha existência, amor borboleta que se acaba depressa, morre no próximo segundo; sentimento puro sebento apenas de desejo, amo-te como a ninguém nessa vida, porque meus amores esquisofrenicos são assim mesmo:inexplicáveis e exclusivos, mas amores.
E o que importa?
Amo-te e chuparia tuas bucetas todas para que nos levasse-nos aos céus e executar para sempre a força desse nosso sentimento puro, pelo menos até o próximo segundo, e antes que me enchesse de qualquer jogo duro e, por tanto, te desconjuro...
Virgem, o próximo trem! Adeus!

Palavra de consolo

Queria escrever que sou um garfanhoto que ama e depois vai embora, fica enquanto precisa, e depois some.
Também sou um pedaço de carne podre, vagando num pedaço de vida; sou o comedor de migalhas, o Policarpo Quaresma, a utopia, a contradição; sou um nada, um coitado, mal amado, tímido, vítima e bandido, contradição!
Sou um desequilibrado, a esquisofrenia, sou qualquer coisa que não se pode explicar, uma mentira, uma tentativa, a esperança; eu sou a vida!
Eu posso ser, seu, ser seu; ser; seu... infinitamente seu, e sob todas as formas de ser, sou, de todos, do mundo, porque de tudo eu sou a caixa de pandora, eu continuo a carne viva, continuo o poço, o esperançoso, a vida, continuo sendo: pra mim, para você; ser: para ser seu e meu; seu para satisfazer eu...

Oração de Sant'ana

Sant'ana concebida sem pecado original: rogai por nós, que recorremos a vós

Sant'ana de minha vida
Sant'ana padroeira
Sant'ana que meu coraão escolheu mas a cabeça teima em afastar e fugir, como que por medo, por orgulho, por fraqueza, por nada que justifique...

Sant'ana de meu amor, dona de meu coração, suplico paciência com esse nobre vagabundo, suplico uma gota de vida através de um gesto simples que seja... daqui a pouco amor, oh favorita; mas entrega-te ao amor e me darei a ti como a ninguém mais em minha curta existência. Serei para ti e me desfarei de tudo que tenho para que me reenvente, me reelabore, me faça, de fato, o novo homem e, por isso, finalmente feliz, ao seu lado, completamente, seu e para você, sem mais nada na vida se não a ti...

Sant'ana desprovida de pecado original: rogai por nós que recorremos a vós.

Versos perfeitos

Qual a métrica ideal até encontrar a composição genial?
O caminho a percorre até encontrar a trilha das flores?
De quais sentimentos se despir para tocar o outro pela emoção?
E quais palavras, finalmente, devem ser usadas para fazer Aquele que a todos vai agradar, a todos vai tocar verdadeiramente e amorosamente formidável, a ponto de acalmar o coração alheio, despir-lhe todo o receio, explodi-lo de admiração, simplesmente?

Vou mais fundo, do outro para mim: que sentimentos quereis que eu me dispa para fazer-me melhor e, aí, digno de qualquer sentimento seu, ainda que eu não concorde que seja assim mas, de que importa eu quando o amor é tão grande que sou capaz de amar só, desde que o tenha de meu lado?

O que interessa o resto?

O que interessa tudo?

em que importam as diferenças?

Diga-me: quais os elementos para meu soneto perfeito?

Romantismo incompleto

Pois se não sabes, digo a ti que morro hoje, e morro condenado, triste, uma grande mentira, tristeza profunda, farça, alegria de papelão: frágil e talvez já morto desde sempre, porque aos dias que realmente pude viver, terminei por ecepcionar aos outros e, aí, me afasto, fujitivo, com a capa de forte e todo poderoso para o quê?

Para o quê se, por dentro, estou mais morto do que antes?

Se bem que são tão escuras e improváveis as vielas que dão acesso ao dentro de mim que talvez ninguém consiga chegar e, aí, estamos seguros, eu e minhas mentiras, a felicidade de plástico e tudo que deverias saber...

Morro hoje, condenado a amar sozinho, amar estranho e muitas vezes egoísta, amar diferente e medroso, e assim sempre sozinho, sempre longe de você, à saudade, condenado a tudo que já disse dessa e das outras vezes... morro por amá-la e dizer aos pedaços, fugitivo e mentiroso, morro por não nos termos e morro por milhões de fraquesas minhas, humanas... humanas!

... Se você as perdoasse, seria prazer... será que amo sozinho?